10 de junho | 2007

MP já teria excluído nome de Zuliani da investigação de possível “metadinha”

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 O Ministério Público da comarca de Olímpia, através do promotor dos Direitos Constitucionais do Cidadão, Gilberto Ramos de Oliveira Júnior (foto), já teria excluído o nome do ex-presidente da câmara municipal, vereador Eugênio José Zuliani, das investigações que estão sendo realizadas através de inquérito civil instaurado para apurar possível "racha", nos meios políticos locais a famosa metadinha, que teria ocorrido no final do ano de 2005, segundo denúncia formulada pelo prefeito Luiz Fernando Carneiro.

Pelos menos isso é o que pode ser depreendido das informações divulgadas no início da tarde desta sexta-feira (08), através do programa Olímpia 11 Horas, que vai ao ar diariamente pela Rádio Difusora, no período entre 11h30 e 13h30.

De acordo com a informação, o promotor já teria dito que o nome do ex-presidente não teria sido citado em nenhum momento pelos funcionários, portanto, já fora das investigações que estão sendo feitas pelo Ministério Público. Por outro lado, também foi informado que ainda não pensou em quebra de sigilo bancário porque haveria muita coisa a ser apurada.

A denúncia dá conta que os funcionários da câmara teriam recebido uma gratificação e que teriam lhes sido solicitado que contribuísse para ajudar uma funcionária terceirizada, isso no final do ano de 2005.

A base da informação, segundo a emissora, seria os depoimentos tomados por Oliveira Júnior na tarde da terça-feira (05), quando ouviu 10 dos funcionários do legislativo.

Segundo a Rádio Difusora, o promotor confirmou ter ouvido 10 funcionários da câmara na terça-feira (05), que confirmaram que contribuíram para o 14.º salário de uma funcionária terceirizada, Renata da Cruz, que trabalhava contratada por uma empresa para fazer a limpeza da câmara.

Porém, a emissora justificou que o promotor não grava entrevistas alegando ser necessário guardar um "certo recato na função que exerce", mas que comentou o caso informando que instaurou um inquérito civil para apurar a veracidade da denúncia feita pelo vereador Antônio Delomodarme (Niquinha) e pelo prefeito Luiz Fernando Carneiro.O promotor agora, segundo ainda a emissora, quer saber qual será a justificativa de Valter Joaquim Bitencourt, principal acusado, que deve ser ouvido na próxima semana.

Ouvida

A funcionária Renata da Cruz, contratada através de uma empresa terceirizada para promover a limpeza diária da câmara, também foi ouvida na terça-feira. Ela teria confirmado que recebeu vários repasses do vereador Bitencourt e que teria recebido, no total, algo em torno de R$ 1,2 mil. Já os funcionários confirmaram que fizeram o repasse do dinheiro naquilo que puderam, na média entre R$ 30 e R$ 600 (valor este repassado por apenas uma funcionária). No entanto, a maioria teria repassado o valor de R$ 100. Porém, segundo a emissora, o promotor teria preferido não falar em valores para não comprometer as investigações.

Consta que Oliveira Junior quer saber se o que foi arrecadado está na faixa entre R$ 1,2 mil e R$ 1,4 mil ou se foi arrecado mais. Quer saber também se o repasse foi feito de fato na íntegra para Renata da Cruz.

O promotor, de acordo com a informação divulgada pela emissora, informou que cada um dos funcionários contou a história de uma maneira e este seria um dos motivos de achar cedo para emitir um juízo, porque, se entender que houve coação, será alvo de uma ação civil pública futuramente.

Também houve, por parte apenas de um dos funcionários, a citação do nome do ex-chefe de gabinete Jurandir Martins (Durrula), mas segundo o promotor teria informado, apenas o repasse no valor de R$ 30 para ele. Os demais afirmaram ter entregado os valores diretamente a Bitencourt.

 

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