Uma mulher que está em estado depressivo procurou por um psiquiatra da Secretaria Municipal de Saúde em busca de um tratamento e apenas recebeu uma proposta de aposentadoria. De acordo com ela, nem mesmo houve uma possibilidade de relatar o seu problema.

Pelo menos foi essa a reclamação feita na terça-feira, dia 24, a uma emissora de rádio local, por uma mulher que se identificou pelo nome Marli, moradora do Jardim São José, reclamando que está sofrendo com problema de depressão.

Marli relatou que inicialmente passou por um clínico geral na Unidade Básica de Saúde (UBS) e que foi encaminhada para um psiquiatra no Postão, tendo a consulta sido agen­dada para o início da manhã da segunda-feira, dia 23.

“Só que esse psiquiatra eu acho que ele está no lugar errado porque eu entrei, ele não me deixou falar, ele já foi falando assim para mim: ó, você quer aposentar? Eu vou te dar um papel para você ir ao INSS aposentar. Ele não deixou eu contar o meu problema, não me passou nenhum remédio”, reclamou.

“Eu trabalho e precisava de um atestado porque não estou em condições de trabalhar. Eu perguntei: mas o senhor não vai me dar nenhum atestado? Não, o seu atestado é isso daqui. É essa folha que você vai levar na firma. Não pôs a data, não pôs nada”, acrescentou.

Contou também que depois de uma amiga que lhe acompanhava para não andar sozinha em razão de seu problema o médico colocou a data errada. Datou o atestado com a data do dia 21, um sábado, enquanto a consulta foi na segunda-feira, dia 23.

“Eu sai pior do que estava porque estou precisando de remédio. Eu não tenho condições. Como que um psiquiatra vai atender uma pessoa dessa forma? Estou achando que ele está precisando de um psiquiatra porque não é assim as coisas não”, finalizou.