14 de maio | 2018

Niquinha vota para arquivar CEI do Salata que ele mesmo instalou

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Mesmo sem ainda estar concluída, o vereador Antônio Delomodarme, Niquinha (foto), votou favorável ao arquivamento de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), que ele mesmo brigou pela instalação na Câmara Municipal de Olímpia, contra o também vereador Luiz Antônio Moreira Salata, por conta de um telefone celular que estaria desaparecido, sem que a mesma tivesse sido concluída e relatada pelo vereador Hélio Lisse Junior, que era o relator do caso.

O arquivamento foi decretado pelo presidente da Câmara Municipal Luiz Gustavo Pimenta, na noite de segunda-feira desta semana, dia 7, após a votação em plenário, na qual votaram contra, além de Niquinha, os vereadores: Flávio Augusto Olmos, Luiz Antônio Ribeiro (Luiz do Ovo, Marco Antônio Parolim de Carvalho (Marcão Coca) e o próprio Luiz Antônio Moreira Salata, que estava diretamente ligado ao assunto.

A votação ocorreu porque houve um pedido do relator Hélio Lisse para que houvesse uma prorrogação de prazo por mais 90 dias, visando apurar o desaparecimento de um telefone celular do Legislativo, que teria sido adquirido em meados de 2016, por Salata, quando era o presidente da mesa diretora.

A CEI foi instalada em dezembro de 2017, dias depois de Niquinha ter registrado um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Olímpia, no qual acusava Salata de eventual apropriação indébita e peculato, crimes previstos nos Códigos Penal Brasileiro e de Ética da Câmara.

Os vereadores que votaram contra a prorrogação do prazo alegam que o mesmo já havia sido prorrogado também por 90 dias e que “o relator não relatou nada”, afirmou Niquinha para justificar sua decisão.

Porém, o motivo do pedido de nova prorrogação, segundo a reportagem desta Folha apurou, é que faltavam informações consideradas importantes para constar do relatório final, como por exemplo, do IMEI, sigla ingressa que significa International Mobile Equipment Identity.

“Não havia condições para relatório final. Faltavam documentos de suma importância. Quebra do IMEI não estava nos autos e através dela poderíamos saber se o telefone tinha sido usado no período que foi denunciado pelo vereador Niquinha. Exarei um despacho apontando as falhas e requeri dilação de prazo”, explica o vereador Hélio Lisse Júnior. “Cumpri meu papel”, acrescentou.

 

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