19 de abril | 2009

O preço dos usados cerca de 25% mais baixo dificulta negociações

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Principalmente para quem pretende trocar um modelo usado por um zero quilômetro ou mesmo apenas por um mais novo, a queda de preços de até 25% detectada pela reportagem está dificultando as negociações. Até mesmo as financeiras chegam a colocar obstáculos e muitas vezes o negócio acaba sendo dificultado. Pelo menos são estas as conclusões às quais se pode chegar ao analisar as informações passadas pelos entrevistados nos últimos dias.

De acordo com Antonio Costa, funcionário da Shoppingcar, a aprovação dos financiamentos está cada vez mais difícil, complicando para fechar os negócios. Mas os preços também são obstáculos a serem transpostos, isto, em qualquer modelo ou marca. “Tivemos que reduzir os preços. Estamos vendendo com preço 20% menor e estamos perdendo no lucro”, disse.

É uma situação que até preocupa o segmento, que vê dificuldades para o próprio cliente repassar seus usados com a finalidade de adquirir um mais novo, que seja. “Esperamos que melhore a partir do segundo semestre para frente”, acrescentou.

O proprietário da M&M Veículos, Osvaldo Minari, explica que a variação do preço depende muito do tipo de carro, como por exemplo, se movido a álcool ou a gasolina.
De acordo com ele, um carro vendido em outubro por R$ 25 mil, por exemplo, está valendo em torno de R$ 20 mil. “Teve uma queda acentuada nesse mercado”, reforçou.

Outro problema apontado por Minari é que as revendas autorizadas não estariam aceitando carro semi-novo em seus negócios. A base de troca também depende do modelo do carro. Segundo ele, aquecido mesmo só o mercado dos modelos zero quilômetro.

Na compra de qualquer modelo à vista, ele está pagando até R$ 3 mil abaixo do valor de mercado. Mas a expectativa é de voltar à normalidade em pouco tempo. “Acredito que vai ainda mais uns 30 a 60 dias e depois retorna ao normal”, comentou.

Segundo o funcionário da Olímpia Veículos, Emerson Nardeli, os preços sofreram queda de aproximadamente 10%, dificultando as negociações de quaisquer modelos. “A gente esperava ter um lucro maior e teve que se adaptar ao mercado e baixar os preços também. Então o lucro se tornou menor”, reclama.

 
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