18 de janeiro | 2015

Obra para no Jd. Morada Verde e vai gerar fila de espera por vaga em creche

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A paralisação de uma obra para a construção de uma creche no Jardim Village Morada Verde, na zona leste da cidade, vai fazer com que pais voltem a enfrentar fila de espera por uma vaga ou até mesmo passar a noite toda sentado à frente de outra que já está em funcionamento, com a finalidade de arrumar uma vaga para o filho. Provavelmente o setor não terá condições plenas de receber aproximadamente 900 crianças.

Pelo menos é isso que se pode depreender de uma informação divulgada pela secretária municipal da Educação, Eliana Antônia Duarte Bertoncello Monteiro, durante entrevista que concedeu a u­ma emissora de rádio local na terça-feira, dia 13.

De acordo com a secretária, a creche anunciada pelo prefeito Eugênio José Zulia­ni no início de 2014 começou a ser construída no Jardim Village Morada Verde, mas a obra teve problema de continuidade e está paralisada atualmente. “A que es­tá sendo cons­truída no Morada Verde começou bem, mas atualmente não há pessoas trabalhando”, a­fir­mou Eliana Bertoncel­lo.

Embora não tenha explicado melhor, até mesmo porque não foi questionada, pelo menos aparentemente a continuidade da obra estaria em uma situação bastante complicada. “Não temos previsão pa­ra o término. Ainda deve acontecer fila esse ano”. Por is­so, também segundo a secretária, haverá “lista de espera para creche”.

TODA POMPA E GLÓRIA

Como se recorda, no final de janeiro de 2014, em nota publicada no site da Prefeitura Municipal, ilustradas com fotos posadas parecendo publicidade, o prefeito Eugênio Jo­sé Zuliani informava que iria construir uma creche para atender 120 crianças no Jardim Village Morada Verde.

A ordem de serviço para a obra, que estava orçada em quase R$ 1,3 milhão, foi assinada no dia 27, uma segunda-feira, com a empresa Ma­gon Construtora e Incor­po­ra­do­ra.

A assinatura foi em uma reunião que contou também com a presença da secretária municipal da Educação, Eliana Antônia Duarte Bertoncello Monteiro, do diretor do Escritório de Captação de Recursos (ECR), João Paulo Polisello e do então secretário municipal de Obras, engenheiro Renê Alexandre Galetti.

A empre­sa, que, segundo foi apurado através da in­ter­net, coincidentemente é de Votuporanga e tem seu endereço na Rua das Américas, número 3.700 (CEP 15.501-125), foi representada pelos sócios proprietários Elso Gon­zales Lopes Filho e Marcelo Riva Lopes.

Consta que a creche atenderá cerca de 120 crianças, sendo 60 em cada período. O valor da obra é de R$ 1.260.133,59 e, embora não seja a expectativa inicial da Secretaria da Educação, atenderá também ao Resi­den­cial Harmonia, que está em fase final de acabamento.

O prazo de construção era de um ano a partir de 27 de janeiro de 2014, mas o prefeito pediu urgência aos empreiteiros para que, no início de 2015 a creche pudesse estar matriculando as crianças para o ano letivo. Mas a empresa falava em cumprir o prazo contratual que é de 12 meses.

Crianças sem vagas em creches vêm desde o governo Carneiro

A falta de vagas em creches da cidade é um problema que vem desde a administração do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro e tem se acentuado na gestão do atual do prefeito Eugênio José Zuliani, que já está iniciando a segunda metade do seu segundo mandato.

Todos os anos são apresentados projetos e novas creches como forma de solucionar o problema definitivamente, mas nada acaba sendo confirmado e, assim co­mo neste ano, acaba ficando apenas na forma de uma promessa da administração do município.

No ano de 2013, por exemplo, a situação acabou ganhando destaque regional por causa de uma confusão que cercou uma fila formada pelos pais que pretendiam uma vaga pra o filho.

Vários pais tiveram que passar a madrugada em uma fila para conseguir garantir uma vaga para filho em uma creche que atende principalmente aos moradores dos jardins Antônio José Trindade e Luiz Zucca, conhecidos por Cohabs I e II, na zona sul da cidade.

De acordo com o programa informativo Tem Notícias, da TV Tem, afiliada da Rede Globo de Televisão, de São José do Rio Preto, moradores reclamavam do atendimento aos pais de crianças para a matrícula de uma creche municipal.

As inscrições foram abertas e uma fila se formou em frente à unidade. Alguns dis­­seram que ficaram no local desde a madrugada e, até o meio-dia ainda não tinham sido atendidos.

Na oportunidade, segundo a emissora, a Prefeitura Municipal de Olímpia informou, em nota, que a creche tinha 61 vagas e o critério do atendimento foi mesmo a ordem de chegada.

Também, segundo nota, os moradores do bairro tinham prioridade nas vagas e haveria a tentativa de relocar quem não conseguir a matrícula para outras creches.

Rede municipal de ensino tem só duas escolas em período integral

Aproximadamente cinco mil alunos vão iniciar o período letivo na rede municipal de ensino de Olímpia no próximo dia dois de fevereiro. No entanto, de acordo com a secretária municipal da Educação, Eliana Antônia Duarte Berton­cello Monteiro (foto), a rede tem apenas duas escolas que funcionam no sistema de período integral no ensino fundamental.

Em entrevista que concedeu a uma emissora de rádio local na terça-feira, dia 13, a secretária informou que apenas nas escolas do Jardim Hélio Cazarini, na zona sul, e na Ze­naide Rugai Fonseca, no Jardim Alfredo Zucca, na zona norte, os alunos são atendidos em período integral.

Nas demais, segundo ela, inclusive por dificuldades de adaptação ao novo modelo implantado pelo Ministério da Educação, os alunos são atendidos apenas no sistema de meio período.

Sobre o início das aulas Eliana Bertoncello informou que o ano letivo para os alunos começa no dia 2 de fevereiro. São mais de cinco mil, sendo cerca de três mil até 3,1mil no ensino fundamental; aproximadamente mil na educação infantil; e quase 900 nas creches.

Já dentro das salas de aulas grande parte dos problemas que surgem está relacionada ao fato de que os pais não acompanham a vida escolar dos filhos e quando há problemas eles se contrapõem aos professores entrando em choque entre a informação que têm e as explanações dos professores de seus filhos.

Outro problema é o uso de telefone celular na escola, principalmente durante o horário de aulas. Além de tirar a atenção dos alunos podem ocorrer problemas como sumiço de um aparelho ou mesmo a quebra, “coisas assim” que ela não considera ser um problema para a escola resolver.

Ainda sobre a questão do uso de telefone celular pelos alunos a secretária, embora preferindo atribuir sua fala a um pensamento pessoal, entende que a restrição deveria partir dos pais e não da própria escola. “É um limite que o pai deveria impor ao filho”.

 

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