04 de outubro | 2011

Olímpia e outros sete municípios da região receberão treinamentos de controle da dengue

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Olímpia e outros sete municípios da região, considerados prioritários no combate à dengue pela Secretaria de Estado de Saúde, serão alvos do Treinamento Express. A partir de novembro, os profissionais de saúde serão treinados em seus próprios locais de trabalho, com a finalidade de agilizar diagnóstico e a avaliação de risco da doença.

De acordo com a informação divulgada pelo jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, a medida faz parte do Plano Estadual de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Dengue para o período 2011-2012 e foi apresentado ontem pelo o governador Geraldo Alckmin. No total, 67 municípios paulistas farão parte do programa.

Na região, além de Olímpia, o treinamento também será feito em Rio Preto, Barretos, Bebedouro, Catanduva, Fernandópolis, Mirassol e Votuporanga. A capacitação terá em média 15 minutos de duração.

A Secretaria Estadual de Saúde afirma que a estratégia foi adotada para garantir que os profissionais saibam lidar com a dengue, já que esses municípios têm risco de epidemia pela doença no próximo verão. O plano prevê ainda a implantação de "hospitais de campanha" em casos de epidemia para desafogar as unidades de saúde e hospitais dessas cidades.

Para tanto, o governo irá investir R$ 40 milhões em todo o Estado no combate à dengue e outros R$ 3 milhões na Sucen (Superintendência de Controle de Endemias). Serão 700 agentes para acompanhar as visitas casa a casa, visando o controle e eliminação dos criadouros nos municípios prioritários.

Um mapeamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde, por intermédio do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e da Sucen apontou que 283 municípios paulista, 43% do total, possuem alto risco de ocorrência de dengue no próximo verão. A classificação foi feita baseada no histórico de casos e infestação de larvas do Aedes aegypti.

DENGUE TIPO 4

Nos municípios de risco de epidemia será ampliado o monitoramento da circulação viral. Nessas cidades, o exame NS1 será realizado para identificação do sorotipo. Essa medida pretende controlar o avanço do tipo 4 da doença, identificada pela primeira vez no Estado em Rio Preto e outros dois municípios da região, o que aumentaria o risco de pessoas suscetíveis a doença, já que a maioria não tem imunidade contra esse sorotipo.

Quem já contraiu a doença dos tipos 1, 2 ou 3, se contaminado pelo vírus tipo 4, pode desenvolver quadro hemorrágico. Os primeiros casos registrados no País, após 30 anos sem confirmações, foram em 2010, no Pará, Roraima e Amazonas. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o plano de contingência do Estado é elaborado pelo departamento de vigilância epidemiológica da Saúde desde 2009. Além disso, a pasta informou que os 400 agentes iniciaram ontem o Índice de Breteau (IB), que identifica o grau de infestação do mosquito nas casas. A expectativa é que o resultado seja divulgado no final de novembro.

 

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