24 de julho | 2022

Olímpia pode ter três candidatos a deputado federal nas eleições 2022.

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DISPUTA PELOS VOTOS DE DEPUTADO!
Hilário Ruiz confirmou que também é pré-candidato a deputado federal.
Hilário disse que vai trabalhar pelos votos na microrregião e em mais 22 cidades onde o sindicato que faz parte é atuante e se obtiver pelo menos 30 mil votos poderá se eleger.


Com a confirmação da pré-candidatura do ex-vereador e ex candidato a prefeito, Hilário Juliano Ruiz, em entrevista ao programa Cidade em Destaque da terça-feira, 19, Olímpia deverá ter três candidatos ao cargo de deputado federal nas próximas eleições.

O atual deputado federal Geninho Zuliani que, embora tenha transferido sua residência e domicílio eleitoral para São José do Rio Preto, onde está para ganhar até o título de cidadão daquela cidade, é ex-vereador e ex-prefeito de Olímpia, vai tentar a reeleição pelo União Brasil; a médica Maura Troncoso Braga José também vai disputar o mesmo cargo pelo Partido novo.

Hilário disse na rádio cidade que resolveu ser candidato a deputado federal para dar prosseguimento na sua trajetória política e por sentir que poderia ter chances de obter os votos necessários para se eleger.

“Hoje, com 55 anos, vislumbro que comecei na política no começo dos anos 2000, saindo inclusive candidato a vereador na chapa Guilherme e Arantes em 2004. Mas fiz também política estudantil e sindical. Estou envolvido com política há cerca de 30 anos. Tive dois mandatos de vereador; fui presidente da Câmara e cheguei a disputar as eleições municipais, sendo o segundo colocado”, explicou.

Neste período, Hilário também esteve sempre na diretoria do Sindicato dos Bancários. “A minha relação sindical e também como vereador me proporcionou uma relação política fora do município de Olímpia; eu fui presidente da ACAMURCA (Associação das Câmaras da Região de Catanduva e da Média Araraquarense), dirigente sindical da federação dos bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul; e isso faz com que eu consiga fazer relações além do município. Nós temos em torno de 22 sindicatos no Estado de São Paulo”.

Hilário diz que é um novo desafio e que pode contribuir para o debate e participar do jogo democrático.

Arantes – Quantos votos você acha que precisa ter?

Hilário – Acredito que o critério da cláusula de barreira está em torno de 28 a 30 mil votos e que acima disso possa estar apto a ser eleito, ou mesmo ser suplente em uma vaga de deputado federal. O PSB terá em torno de 70 candidatos, alguns sendo puxadores de votos e sempre há a expectativa de alguns explodirem e puxarem alguns do escalão intermediário.

Arantes – Sua base de votos é Olímpia?

Hilário – Acredito que a cidade terá três candidatos, cada um com seu perfil e muitas vezes há penetração em segmentos políticos diferentes. O meu perfil, o meu projeto social é lutar para reparar a desigualdade social, com transferência de renda e valorização do trabalhador. No Brasil há uma desigualdade social extrema. A venda da coisa pública é para pagar juros de bancos.

Arantes – Como fica o PSB e o PT?

Hilário – Acho que nós temos mais a convergir do que divergir. Me filiei nesse partido e pretendo seguir as suas diretrizes em nível regional, estadual e federal.

Arantes – Por que você saiu do PT?

Hilário – Houve um projeto político em nível municipal na eleição para prefeito em que necessitava ter apoio de mais partidos. Mas o próprio PT me apoiou na ocasião. Em minha vida sempre fui de esquerda. Quem quer reparar a desigualdade social, tentar corrigir as distorções é o campo mais da esquerda.

Arantes – Se você se eleger deputado, vai sair candidato a prefeito na próxima?

Hilário – Na política a gente tem que se concentrar em cada etapa. Agora estou focado na campanha a deputado federal. Tendo êxito, acho que tem que honrar o compromisso feito. A discussão disso tem que ser feita lá na frente. Eleições municipais é um outro momento.

Arantes – Caso o Lula se eleja e você sendo oriundo do PT, acha que fortalece a possibilidade de ser prefeito?

Hilário – Fortalece. Ganha representatividade. Tudo depende do grupo que estará no poder. Se houver um governador do PT, um senador do PSB, acredito que o cenário político será outro. O mais importante é contribuir para a coletividade, ter um projeto para o município.

Arantes – Como você avalia o governo Bolsonaro?

Hilário – Acredito que todo extremismo faz mal. E isso ficou claro enquanto vivemos o momento difícil da pandemia. Enquanto a ciência falava uma coisa ele praticava outra. Isso não contribuiu em nada para o momento difícil que o país passou. E o respeito às instituições, às minorias, ele conduziu muito mal esse processo, teria que ser mais democrático com a sociedade. A forma como ataca as urnas eletrônicas. Esse tipo de conduta não contribui para o país.

Arantes – Você acha que pode haver um golpe?

Hilário – Acho que qualquer golpe tem que ter apoio popular forte e talvez até um apoio que venha fora do próprio país. Eu não vejo esse tipo de possibilidade, hoje a população está descontente, as pesquisas mostram isso. E o Exército não foi criado pelo Bolsonaro. Vários presidentes tiveram boas relações com as forças armadas. Ele não tem apoio destas instituições. Acredito que ditadura nunca mais! Não existe algo melhor que a democracia.

Arantes – Qual a herança que esse governo vai deixar para o país?

Hilário – O próximo governo vai ter que reorganizar as políticas tributária, econômica, social e outras. Há injustiças. Muitos pagam contas para alguns se beneficiarem.

Arantes – Esse Auxílio Brasil, pode comprar muitos votos?

Hilário – Toda transferência de recurso é bem-vinda. Mas esta vai ser utilizada de forma oportunista. Na pandemia o governo queria pagar R$ 200, senão iria falir. Agora aprovaram R$ 600. Teria que ter sido criado há mais tempo.

Arantes – Quais os pontos positivos e negativos do atual governo municipal?

Hilário – O prefeito tem uma visão progressista, é um visionário e entende que o desenvolvimento é que traz divisas o que é um caminho correto. Trazer investidores, fazer com que o turismo se desenvolva. Quem quer trazer aeroporto, duplicações de rodovias, condomínio industrial não pode ser alguém que não seja preocupado com a cidade. Mas não é só com o turismo que o atual prefeito se engaja. Há investimentos em saúde, (veja o caso da hemodiálise), na área de educação (conforto nas salas de aula com instalação de ares-condicionados), na segurança pública por omissão de estado que só distribui veículos em ano eleitoral. Aqui foram instaladas câmeras de videomonitoramento e a guarda municipal. Enfim, o prefeito é uma pessoa aberta, comunicativa, ele olha para a área social, mas o estado não. Seu ponto negativo deve ser a sua intransigência, o fato de ser direto em suas afirmações.

Arantes – Você como deputado federal o que poderia fazer para Olímpia?

Hilário – Elegendo essa corrente, PT/PSB, vai facilitar na relação política para trazer investimento público. Ser candidato é estar interessado nas necessidades da região. Os recursos devem ser destinados de acordo com as necessidades de cada um, sem apadrinhamentos. A meta seria ajudar a região e levar o debate para tentar impedir que se retirem mais direitos dos trabalhadores, que se reduzam programas socais.

Arantes – O que você achou da retirada do referendo da Lei Orgânica?

Hilário – Acha que é uma medida bastante complexa para discutir temas de relevância, e o momento para ser feito e viabilizar uma concessão seria o caminho mais longo, mas mais democrático. Mas muitas vezes se usa de oportunismo para tentar convencer parte da população ao interesse coletivo e público. Se eu estivesse na Câmara, talvez fosse contrário ao fim do referendo.

Arantes – Você é contrário a concessão do DAEMO?

Hilário – O patrimônio público continua do município. Acho que a concessão, no momento em que estamos, com a aprovação de novo marco regulatório, que vai inviabilizar o investimento estatal se continuar sob o comando do município, seria a melhor opção, pois pode não haver recurso público para investir na água e no esgoto nos próximos anos. O marco regulatório tira do poder público e incentiva dar para que a iniciativa privada entre e faça o investimento. Nesse novo modelo comenta que não tem outro caminho, a não ser a concessão. A não ser que se mude o marco regulatório. O que os vereadores têm que fazer agora é se preocupar com a elaboração do contrato para garantir que os consumidores não sejam prejudicados.

Arantes – O que você achou a cassação da Alessandra Bueno?

Hilário – Ela agrediu verbalmente a Helena de Souza Pereira. Inclusive eu assinei a petição de desagravo que era para fins internos da OAB. Utilizaram o documento, somado com outras coisas praticadas pela vereadora para instalar o processo de cassação. O mandato é algo muito precioso, acha que tem que ter algo muito forte para retirar um mandato legítimo, porque ela representa uma parte da sociedade. Acredito que poderia até punir a vereadora, mas cassação não.

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