15 de julho | 2007

Olimpienses estão preferindo viagens terrestres e marítimas

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 Embora não seja identificado como causa específica por nenhuma das agências de viagens consultadas pela reportagem desta Folha, o caos aéreo que vem gerando muita polêmica no Brasil desde o mês de setembro de 2006, pode estar afugentando os olimpienses dos aeroportos. No entanto, as informações obtidas pela reportagem desta Folha indicam que grande parte está preferindo as viagens rodoviárias ou marítimas para as férias de julho deste ano, que está começando oficialmente.

Na avaliação de Sandra Abranti (foto), proprietária da agência Guia Tour, que embora comente que o problema atrapalhou somente no início e que agora tudo estaria normal, a procura por viagens aéreas diminuiu ao menos um pouco. "Diminuiu um pouquinho sim, as pessoas estão preocupadas de marcar e chegar lá e não dar certo", afirmou.

De acordo com ela, as pessoas estão dando preferências para as viagens terrestres, como, por exemplo, com destinos a Porto Seguro, na Bahia; e Caldas Novas, Goiás; e Foz do Iguaçu, além da procura por hotéis fazendas.

Já a gerente operacional da agência Thermas Tur, Helena Falconi, que também não direciona a queda na procura ao fator ‘caos aéreo’, o problema pode estar direcionado ao fator econômico, fazendo com que as pessoas que viajam nestas férias busquem gastar menos.

"A gente está sentindo que teve uma queda nas vendas, mas acredito que seja por causa da política também. Estão com o poder aquisitivo um pouco mais baixo e preferindo fazer viagens que tenham lazer, mas que tenham custos menores. Acho que o poder aquisitivo está influenciando mais do que o caos aéreo, pelo menos é o que tenho sentido", definiu.

Por outro lado, os clientes da Thermas Tur estão preferindo os cruzeiros marítimos. "É grande a procura por cruzeiros marítimos. Tanto que se a gente não reservar com antecedência não consegue lugares", acrescentou.

Os motivos pelo interesse maior aos cruzeiros marítimos, segundo ela, são os roteiros com grandes atrações nos próprios navios, além das tarifas que também considera bastante acessíveis.

"Às vezes a pessoa já fez uma viagem aérea e agora quer viajar de navio, porque ficou uma coisa nem tão formal como era antes, então ele mudou bem o perfil dele. Então hoje está tendo condições de estar fazendo o cruzeiro. E, eles estão fazendo", justificou.

Entretanto, mesmo assim aponta as viagens aéreas como as mais preferidas. Cerca de 70% ainda dão preferência para viajar de avião. Enquanto isso, outros 25% optaram por cruzeiros marítimos, ficando muito pouco, na avaliação da gerente operacional, para os pacotes rodoviários.

No entendimento de Sandra Abranti, o caos aéreo estaria sendo uma questão de exageros jornalísticos. "Estamos vivendo um caos aéreo, mas que a imprensa tem feito…, está alarmando coisas que não está dentro da realidade. Problemas a gente tem, mas não tanto assim", finalizou.

 

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