02 de agosto | 2010

ONG gaúcha preterida diz que comissão pagou viagem de grupo do RS

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A Federação Brasileira de Artes Populares (Febrarp), de Montenegro, Estado do Rio Grande do Sul, se sentindo preterida e prejudicada por não receber a confirmação oficial para sua viagem a Olímpia, para participar do 46.º Festival Nacional do Folclore (Fefol), está afirmando que a Comissão Organizadora do evento estaria pagando a viagem de outra representação gaúcha, enquanto o grupo representado por ela poderia viajar de graça.


A reclamação, que chegou à redação desta Folha da Região, através de ofício com data do dia 28 de julho, encaminhado por e-mail, é formulada pelo presidente da ONG, Regis Eduardo Bastian (foto).

Para ele “muitos grupos do Brasil estão extremamente descontentes com o andar do Fefol e as decisões de quais grupos participam e quais não, mas sabemos que esta é uma decisão que cabe apenas a organização do mesmo”.

Pela avaliação de Bastian, falta organização ao evento, como, por exemplo, o que deveria cuidar de captar recursos financeiros. “Creio que falta apenas um setor unicamente voltado a captação de recursos com profissionais do segmento, sendo assim não estariam com problemas de ordem financeira que atingem o Fefol em todas as suas edições”, acrescenta
.

Ele cita que representou grupos gaúchos nos festivais de 2000 e 2001, quando deixou de vir a evento por conta de desentendimentos políticos. Consta que ele se desentendeu com o prefeito Luiz Fernando Carneiro, na manhã do sábado de encerramento do 37.º Fefol.


O ofício, segundo ele, foi encaminhado à coordenadora dos Festivais, Maria Aparecida de Araújo Manzolli, Cidinha Manzolli; ao prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho; e ao responsável pelos contatos com os grupos, Antônio Clemêncio, Toninho.


Dizendo lamentar o fato de enviar o ofício, mas que seria até em defesa do festival, Regis Bastian apresenta a Febrarp como “a entidade de maior representatividade no segmento do folclore e arte popular no Brasil, com laços com o Ministério da Cultura e diversos governos estaduais e municipais”.


Sobre o desentendimento com o ex-prefeito, diz: “fui participante do FEFOL com grupos gaúchos no ano de 2000 e 2001 e devido a divergências políticas desde o ano de 2001 deixei de participar por não estar de acordo com a política local e com o afastamento do Sr. Antonio Clemêncio, devido a ter uma grande amizade para com ele”.


Ele destaca que retomou contato com o evento em dezembro de 2009, através de Clemêncio, e que além disso, auxiliou a refazer o arquivo de contatos do evento, inclusive incorporando nomes de grupos inéditos, anunciados na terça-feira, dia 27, “do Estado do Paraná fomos nós que fornecemos os devidos contatos”.


SAUDADE
DE CACHOERINHA
Conta também que foi discutida a participação de um dos grupos vinculados à instituição, o CTG (Centro de Tradições Gaúchas) Rancho da Saudade de Cachoeirinha, com apresentação de um orçamento para a viagem do grupo a Olímpia, durante o evento.

“Algum tempo depois ficamos sabendo das dificuldades econômicas do festival e informamos que participaríamos sem custo algum, apenas hospedagem e alimentação, uma vez que a prefeitura daqui pagaria o ônibus, chegamos até a informar que pagaríamos nossa alimentação”, relata,

A partir de então, segundo o ofício, foram organizadas “férias dos artistas, o espetáculo concluído” (sic). Seriam 7 espetáculos diferentes para cada noite de apresentação: “ônibus contratado, nota fiscal emitida e para nossa surpresa no final o grupo não foi confirmado nos deixando numa situação bem delicada, isto que estamos a 10 dias do festival. Fato inadmissível”.

“Por outro lado – continua o ofício – foi confirmado um grupo do RS com qualidade muito inferior ao nosso e detalhe: pago pelo festival acima de tudo. Cabe salientar que o nosso grupo é um dos 3 melhores do estado e a decisão do festival nos deixou inconformados, pois pensamos que o festival preza por qualidade e redução de custos num momento de dificuldades econômicas, mas agora temos a certeza de que não se trata disso”.


Bastian considera, no entanto, o Fefol como um evento “consolidado, maior e mais antigo festival das Américas”.

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