24 de março | 2019

Passivo da Santa Casa subiu de R$ 8 mi em 2016 para R$ 12 milhões em 2017

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Em análise simples entre informações encontradas por esta Folha, em balanços dos anos 2016 e 2017, a constata­ção que se chega é que no primeiro ano de administração da atual diretoria da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, o resultado foi bem pior do que o último apresentado pelo ex provedor que tinha ligação com o governo anterior. O passivo teria passado de R$ 8.717.271,00 milhões em 2016 para R$ 12.293.847,00 em 2017, com o passivo aumentando em um ano em R$ 3.576.676,00.

O balanço de 2016 está publicado no Diário Oficial do Município e parece estar dentro das normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao terceiro setor (entidades privadas que se preocupam com questões de interesse público, não possuindo fins lucrativos). Dentre as normas estão as que garantem a transparência como notas explicativas das demonstrações contáveis, Parecer do Conselho Fiscal e relatório de auditores independentes, principalmente quando se trabalha com dinheiro público.

Este balanço mostra um fator que corrobora a tese de que é preponderante para a entidade, a transparência para que possa obter apoio de toda a sociedade, inclusive dos setores público e privado. Em 2016, o hospital arrecadou com procedimentos do SUS – Sistema Único de Saúde R$ 2.551.396,00, com convênios R$ 2.629.036,00 e com atendimentos particulares apenas R$ 737.163,00.

No total com a atividade do hospital foi arrecadado R$ 5.917.595,00, entre SUS, convênio e particular. Mas o custo dos serviços prestados quase chegam ao dobro. Custos dos Medicamentos e Materiais: R$ 2.252.446,00; Custos com Pessoal: R$ 6.205.786,00; e custo com serviços de terceiros R$ 2.608.901,00.

O custo dos serviços prestados pelo hospital custaram em 2016, apenas nos itens apresentados de R$ 11.067.133,00 ou seja, um déficit bruto de R$ 5.195.110,00 que no balanço são compensados por Subvenções, Estadual de R$ 479.907,00;  Municipal de R$ 1.716.785,00; Federal de R$ 1.147.585; e Donativos de R$ 922.601,00.

Já o balanço que esta Folha teve acesso, de 2017 tem apenas as apresentações das contas, sem atender as normas técnicas do Conselho Federal de Contabilidade.

No balanço de 2017, alguns pontos chamam a atenção. No ativo, por exemplo, aparece um item de créditos a apropriar de R$ 3.108.400,00 que, sem notas explicativas, não dá pra saber se são créditos que vão ser contraídos através de financiamento, ou se são promessas de verbas públicas a receber, provocando a falsa ideia de que o prejuízo pode ser menor.

No mesmo documento, no chamado passivo de curto prazo, destacam-se as dívidas com fornecedores que quase chegam a R$ 1 milhão e obrigações trabalhistas que em 2016 estavam em quase R$ 400 mil e passaram para mais de R$ 1.100.000,00 em 2017. Na mesma esteira está o item empréstimo que era de menos de R$ 300 mil em 2016 e subiu para mais de R$ 1.200.000,00 em 2017.

No ativo de longo prazo, destaca-se o item empréstimos a longo prazo, que saltaram de R$ 4.069.692,00 para R$ 5.998.132,00, crescendo quase R$ 2 milhões em um ano.

 

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