22 de abril | 2017

Prédio do museu do folclore custou mais de R$ 446 mil

Compartilhe:

A desapropriação da edificação onde está instalado o Museu de História e Folclore Maria Olímpia, na Praça Nossa Senhora Aparecida, mais precisamente no cruzamento da Rua David de Oliveira com a Rua Coronel José Medeiros, custou o valor de R$ 446.373.55 aos cofres do município, segundo informação que foi confirmada recentemente pela Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão.

O precatório da dívida – como são classificados os valores já decididos pela justiça – em nome da família de Humberto Tonani, foi quitado ainda em 2012, mas já seguindo a nova lei que regulamenta esses pagamentos que foram parcelados pela justiça.

Antes chamado de “Balança, mas não cai”, em razão da situação de abandono que se encontrava o prédio que chegou a ser ocupado por moradores de rua e famílias que na época não tinham lugar para morar, o local foi desapropriado pelo ex-prefeito Wilson Zangirolami (1982 a 1988).

Depois da desapropriação o prédio passou a abrigar o Museu de História e Folclore Maria Olímpia, que segundo consta no site oficial do Festival do Folclore (Fefol), é considerado um dos mais completos do Brasil, cujo riquíssimo acervo composto por milhares de peças, dentre indumentárias diversas (vestuários de Folia de Reis, Congadas, Reisados, Moçambique, etc.); flores de diversificado material, peças de barro, bambu, madeira, couro, ágate, toalhas com abrolhos, trabalhos em palha, crochê, pinturas pitorescas; instrumentos musicais; peças de tradicionalismo (pilão, esporas, luminárias, serras, etc.); biblioteca especializada e muito mais.

A mais antiga e valiosa das peças fica na parte exterior do museu. Trata-se de uma locomotiva (maria-fumaça) que de 1940 a 1950, aproximadamente, fez o elo entre Olímpia e o resto do Brasil, promovendo o desenvolvimento econômico da região.

HISTÓRIA

O museu teve o mesmo nascedouro que o próprio Festival do Folclore: Os trabalhos escolares desenvolvidos pelo professor José Sant’Anna ao iniciar a sua carreira no magistério em Olímpia, entre outras coisas, resultaram exposições de peças folclóricas que se realizavam, inicialmente no extinto Colégio Olímpia.

No início dos anos sessenta o museu era itinerante, visto que aquelas exposições passaram a se realizar também em outras unidades escolares e estabelecimentos comerciais da cidade.

Embora proveniente da mesma fonte, o museu passou a existir de fato somente em agosto de 1973, oito anos após o festival, por uma simples questão de oportunidade, quando o então prefeito Dr. Antônio Lopes Ferraz providenciou-lhe uma casa própria.

A existência oficial do Museu de História e Folclore Maria Olímpia deu-se por meio da Lei número 1.274, de 18/04/1997. O museu se instalou primeiramente no prédio onde antes havia funcionado a Delegacia de Ensino, na Avenida Waldemar Lopes Ferraz, número 1.224, transferindo-se algum tempo depois em caráter provisório para a Rua Floriano Peixoto, número 1.228, onde atualmente funciona a agência local do INSS, até chegar ao Edifício Giosué Tonanni, na Rua David Oliveira, nº 420, endereço atual do museu.

Escritório de advocacia espera receber honorários desde 1995

O escritório de advocacia Bueno Barbosa Advogados Associados, localizado em São Paulo que foi contratado pela Prefeitura Municipal de Olímpia no ano de 1995, pelo ex-prefeito José Carlos Moreira, desde então está esperando para receber o dinheiro a que tem direito. Com as devidas correções já aplicadas até 31 de dezembro de 2016, o valor da dívida total é de R$ 338.488,28. O precatório consta como lançado pela justiça no dia 22 de junho de 2015.

Esse valor está incluído no montante de R$ 8.078.155,39 em precatórios que o município de Olímpia ainda deve e deverá ser pago até o final da administração do prefeito Fernando Augusto Cunha.

Consta que são pagos R$ 185 mil por mês, atendendo a lei 62/2009. No total são 18 processos de cobranças judiciais para serem pagas. Os pagamentos vêm sendo feitos em ordem cronológica, ou seja, dos mais velhos aos mais novos. Dessa dívida ainda não foi paga nenhuma parcela.

A dívida do escritório de advocacia, trata-se de honorários advocatícios referentes ao processo da Stemag Engenharia e Cons­­truções, gerado no ano de 1995, na época do prefeito José Carlos Mo­reira, por conta de uma dívida com a empresa Ste­mag Engenharia e Construções que já chega a R$ 2.379.026,27.

Há 15 dias a reportagem tenta manter contato por telefone com esse escritório de advocacia com a finalidade de obter mais detalhes, mas não tem obtido sucesso.

O que foi apurado, através da internet, é que esse escritório atua dentro dos seguintes ramos do Direito: Direito Empresarial, Direito Civil, Direito do Consumidor, Direito So­cie­tário, Direito Administrativo, Direito Trabalhista, Direito Tributário.

De acordo com o que consta no site da empresa, o escritório está localizado na Calçada das Gar­dê­nias, número 11 – Centro Comercial de Alpha­vi­lle. Consta que possui gran­de número de clientes na área de engenharia, no­ta­­damente no setor da cons­trução civil, razão pe­la qual atua com destaque na esfera dos procedimentos de licitação e em contratos com o Poder Público.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas