03 de julho | 2022

Prefeito diz que Hélio e Tarcisio querem tomar a Câmara à força visando a prefeitura em 2024

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CONSPIRAÇÃO LEGISLATIVA!
Fernando disse que ex-secretários usaram secretarias para tomar o poder na Câmara. Cunha disse que os ex-secretários não agiram de boa fé com o seu governo. E que Hélio está sendo comandado por Tarcísio. Leia abaixo a entrevista completa.


O prefeito Fernando Cunha foi o entrevistado do programa Cidade em Destaque de quarta-feira, 29, quando, durante mais de uma hora e meia falou sobre sua administração e sobre o momento político atual, respondendo as perguntas dos âncoras do programa, Arantes e Bruna e dos internautas através do Facebook e Youtube.

Fernando falou sobre obras, sobre eleições, sobre o turismo, entre outras coisas, mas o ponto mais destacado foi quando foi perguntado sobre as atitudes dos vereadores Tarcisio Cândido de Aguiar e Helio Lisse, que deixaram as secretarias de governo no dia da votação da cassação da vereadora Alessandra Bueno.

Cunha disse que os ex-secretários não agiram de boa fé com o seu governo, pois conversaram com ele no período da manhã e não disseram que iriam exonerar. Mas quase no final do expediente protocolaram o pedido no expediente da prefeitura.

ELES FALARAM QUE
NÃO QUERIAM DEIXAR OS CARGOS

Fernando disse que estava sabendo que nos bastidores os dois vereadores, enquanto secretários, estavam trabalhando para tomar o poder na Câmara e talvez, até pensando, no futuro em tomar o poder também no executivo.

Leia a íntegra da entrevista:

ARANTES: Faz tempo que você não vem aqui prefeito, estava muito ocupado, muito trabalho?

PREFEITO: Sim muito trabalho, a gente acha que vai diminuir, mas piora. Mas muito trabalho, muita ocupação, sem crise, nada tão grave. É uma época de receber recursos para obras do estado, então eu tenho que assumir demandas, tenho que ir para São Paulo, voltar para lá, para cá, correr atrás de projetos, mas tá bom. É um prazer estar aqui.

ARANTES: Nesta brincadeira do governo de quem quer dinheiro e toda distribuição do Rodrigo Garcia para Olímpia, liberando verbas, trazendo recursos, quanto já se conseguiu além dos 38 milhões para o novo trevo?

PREFEITO: Bastante. Eu acredito que já chega a uns 100 milhões.

ARANTES: Mas seja honesto Fernando, se não tivesse em campanha, teria tudo isso?

PREFEITO: Não teria não. É ano eleitoral, é reta final. Eles ficaram muito contidos, muito represados. E agora abriu a torneira.

ARANTES: Deste dinheiro todo que veio, principalmente para o trevo, eu acho que não vai ter problema com licitação, acho que mesmo com um novo governo se vier, não vão querer parar a obra?

PREFEITO: Não. Eu acredito que não terá problema não. Já está empenhado orçamentariamente e eu acredito que não terá problema.

ARANTES: E a duplicação da rodovia?

PREFEITO: Essa depende de edital. Eles ainda não publicaram.

ARANTES: Mas você acha que o governo ainda pode publicar, que ainda dá tempo, mesmo que seja para o próximo governo continuar, neste pacote de bondades?

PREFEITO: Sim eu acho que sim. Pelo menos, publicar o edital. A duplicação de Guapiaçu a Barretos. Era um modelo, aí eles mudaram. É uma pena, pois já poderia estar encaminhado.

ARANTES: Só para lembrar, naquele projeto entraria a de Bebedouro também?

PREFEITO: Sim, teria até Bebedouro também, nós ficaríamos com todo entorno duplicado. Eu vou insistir nisso, vamos ver.

ARANTES: Fernando, o Márcio França é candidato a governo do estado, além do Rodrigo Garcia. Como você fica nesta?

PREFEITO: Então Arantes, quando eu fui para o PSD eu conversei com o Kassab no meu partido, eu já disse que eu tenho uma dívida política com o Rodrigo, que eu vou pagar. Então o Kassab já sabia, pois até ele, já está e tem outro candidato. Mas eu não sou do partido do Márcio. Eu apoiei ele lá atrás, pois ele ajudou Olímpia. Ele ajudou o Dr. Nilton, numa dobrada com o Valdomiro e eu tive que retribuir. Mas eu gosto do Márcio, me dou bem, mas é o Rodrigo que eu apoio. O Rodrigo Garcia junto com o Geninho, não tem dúvida nenhuma. Mas parece que está mudando tudo. O Márcio parece que vai desistir mesmo. Falta anunciar. Mas ele deve apoiar o Haddad e sair a senador na chapa do Haddad. E o próprio Kassab está negociando com o Tarcísio, para indicar o vice para o Tarcísio.

ARANTES: E você acha que com essa mudança, o Rodrigo pode finalmente embalar?

PREFEITO: Eu acho que o Rodrigo se beneficia. Eu acho que os votos do Márcio França, transfere mais para o Rodrigo, do que para o Haddad. Eu acho que ele encosta no Tarcisio. Acho que pode acontecer isso. O Tarcisio está bem, está empatado com o Márcio e se ele desistir é possível que dê um empate técnico entre Rodrigo e Tarcisio.

ARANTES: Mas e o presidente, que tem aqueles 30% fiéis a ele, principalmente em SP que tem um número grande que apoia ele, você acha que ele vai conseguir carregar o Tarcisio, transferir esse apoio, mesmo que ele ainda seja um cara desconhecido em SP?

PREFEITO: Eu acho que sim, inclusive eu acho que ele já transferiu. O Tarcisio está na frente. Uma faixa de 15%, 18% ele já transferiu. São Bolsonaros. Ele o Tarcisio é desconhecido, mas agora é que ele vai começar a conquistar os votos dele. Agora que ele vai entrar em campo.

ARANTES: Bom, para gente encerrar essa parte de política nacional, o que você está achando? Bolsonaro pode se reeleger, Lula ganha, pode chegar uma terceira via, como você está vendo?

PREFEITO: Eu acho que a terceira via está cristalizando que não vai a lugar nenhum. Não decola. Aí vai ficar entre o Lula e o Bolsonaro. Mas está com uma distância muito grande,  entre Lula e Bolsonaro. Não sei se no primeiro turno isso pode até acontecer, no primeiro turno já define, mas no segundo turno é Lula e Bolsonaro. E o que o Lula tem é a pobreza,  é o aumento da pobreza, o aumento da inflação, aumento de juro, e o que o povo quer saber é da qualidade de vida e toda razão. O povo quer saber da vida das pessoas. E aí o Lula leva chantagem. Eu acho que as pesquisas estão refletindo isso. Não sei se o Bolsonaro consegue reverter. É muito pouco tempo, são 3 meses para reverter um quadro de pobreza crônico que se instalou no Brasil e fica difícil reverter isso. E a maioria dos votos é do povo que tá passando necessidade. Antes a gente via dificuldade para pagar conta de telefone, colocar gasolina, mas agora não, agora é comida, a coisa piorou muito. Aí o Lula se beneficia.

ARANTES: E mais de 50% da população brasileira, está na chamada insegurança alimentar, onde não se sabe se vai ter comida no próximo dia.

PREFEITO: Isso aí Arantes, eu que não sou analista para avaliar, para aprofundar, mas fica claro e evidente que é um modelo econômico equivocado. É um modelo econômico que é muito centralizador e esse modelo liberal ao extremo, asfixia o povo. Tem que ter um mínimo de distribuição de renda. O país que mais produz comida no mundo e o povo passa fome? Tem qualquer coisa errada. Está mandando comida embora e não está segurando?  Tem que ter estoque regulador. O que não tem é política de abastecimento do país.

BRUNA: Pergunta de ouvinte. Estão perguntando (ouvinte Andressa) quando vamos ter um postinho de saúde e uma escola no bairro Morada Verde?

PREFEITO: Bom a escola, o governo do estado prometeu, anunciou, mas não começou. O que nós decidimos é, que cansados de esperar o estado, nós vamos projetar e construir uma pré-escola até o fundamental I, que é nossa atribuição. Estamos contratando projeto que nós vamos fazer por conta própria. A rigor, o estado ia fazer uma escola lá, prometeu anunciou, mas não saiu até agora.

ARANTES: Nossa, mas no pacote de bondade, não saiu?

PREFEITO: Não saiu. Anunciou, mas não saiu. Eu até me indispus com a educação estadual por conta disso. É até bom eu esclarecer. Então merenda, transporte, que a prefeitura subsidiava, eu não pago mais. A merenda era praticamente a gente que pagava, mais de 60%. O transporte também. Então eu falei, não faço mais. Eu só faço se o estado pagar. Pois é o estado que é rico. E agora querem que o município subsidie o estado? Então eu não faço. Aí eles assumiram o transporte, mas cortaram a merenda. E se o estado pagar, o que a gente gasta, não quero um centavo mais, a gente volta. Mas tem que pagar. E eles pagam uma porcaria. Então nós vamos cuidar da nova vida. Porque não dá para receber do estado $2,00 e gastar com merenda R$7,00 por merenda, por refeição. Então eu deixei claro, ou vocês pagam o que a gente gasta, ou eu não faço mais. Então eles que estão fazendo. O transporte, nós fazemos e eles pagam. E agora eles estão pagando na plenitude. Aí com essas brincadeiras de subsídios que sobra e que é muito dinheiro, dá para construir a escola. São 3 ou 4 milhões por ano, que dá para eu fazer a escola.

ARANTES: Neste pacote de bondade, além do trevo, qual outro destaque você pode mencionar?

PREFEITO: Tem muito coisa de menor porte. Mas hoje, por exemplo, o Bruno não está aqui comigo, pois ele está em SP, com uma procuração pública minha, assinando em meu nome agora as 14h, o recapeamento da Kimberlit até o Matadouro, vai relicitar a rodovia Tabapuã, pois a empresa faliu e devolveu a obra, então vão republicar. Tem a vicinal de Álvara, e são obras grandes, de 10 milhões cada obra desta. E tem várias outras obras. Esta semana nós estamos começando, a canalização daquele trecho dos Olhos D’ Água. São dois ou três milhões. Um trecho grande depois do clube de campo, até a Rua Benjamim, seguindo para o córrego do Matadouro. Aí tem a obra do anel viário, que nós estamos começando a contratar, com uma travessia ali na APAE, que a gente vai fazer, depois tem uma ligação que atravessa o distrito industrial e liga lá com a avenida do Cinquentenário do Folclore, aquela do Linhão no Santa Fé. Alí são mais três milhões para fazer aquele contorno. Depois tem um quarteirão inteiro com aquelas 125 casas, do projeto Casa Dignidade que é para idoso, só para casal que vive sem família perto. Aí vai ter a Casa da Juventude, vai ter um centro social com área de esporte, com aqueles campos sintéticos, uma área de lazer grande. Fora os equipamentos, que eles nos deram. Agora estão indo buscar a quarta ambulância, e mais uma VAN. Fora o que eles nos deram recentemente, um caminhão basculante, um caminhão-pipa, uma patrol, uma pá carregadeira, duas escavadeiras, trator para fazer roçada, implementos e mais um monte de coisa.

ARANTES: E isso reverte em voto Fernando? Pois você já ia apoiar ele, mesmo se não tivesse liberado tudo isso. Isso dá mais voto?

PREFEITO: Sabe Arantes, eu tenho este perfil menos oportunista e politiqueiro. Eu, como o Rodrigo Garcia fala, sou um engenheiro na política. É muito raciocínio de cartesiano, e eu apoiaria ele de qualquer jeito, pelo que ele representa para a cidade, para a região metropolitana que nós estamos indo. Eu acho que a forma de reverter em voto, é eu falando para a população tudo isso que eles estão trazendo e beneficiando. Olha eles estão fazendo e se continuarem, com certeza, a chance da gente continuar obtendo as coisas, são maiores. Mas o nosso pacote, junto com aqueles financiamentos que eu peguei, tem muitas obras vindo aí e que serão encaminhadas.

ARANTES: E você acha que vai conseguir fazer tudo isso em dois anos e meio, Prefeito?

PREFEITO: Então eu acho que boa parte não vai dar tempo de terminar. Mas, é aquela coisa, o mais importante na vida, não é o que a gente tem, mas, o que a gente fez. Então eu vou fazer, e vou deixar para o futuro prefeito, continuar o que eu não terminar. O Aeroporto, por exemplo, é uma obra grande, eu estou muito empenhado nele, e com certeza, não vou inaugurar, vai ficar para o outro. Assim como esse terreno grande que nós compramos para fazer habitação para famílias mais pobres, eu também vou começar, vou encaminhar, mas é o próximo que vai ficar fazendo. Esse contorno viário da cidade, eu vou fazer uns pedaços. A duplicação da Avenida Manoel Arruda, ali da Cohab II até o Vila de Lisboa, com rotatória, para fechar com o anel da Av. Cinquentenário, então eu vou encaminhar. Eu vou continuar trabalhando, e seja o que Deus quiser.

BRUNA: Tem mais pergunta de ouvinte. Querem saber se não vai terminar a Creche Maranatã.

PREFEITO: Vou terminar sim. Mas é o seguinte. Essa obra é do Bolsonaro e ele não mandou um centavo para realizar. Aí entra ministério que pede comissão, eu fui visitado para isso e coloquei o cara para fora da minha sala. Pois eu não aceito isso. O Governo Federal tem obrigação. Tem uma placa lá, a obra está começada, foi relicitado e até agora nada. Então se não vier, nós vamos fazer com o dinheiro da prefeitura. Então eu já conversei com obras, já assumi o compromisso, janeiro está pronta esta escola. Nós conseguimos contratar, vamos retomar as obras, até porque lá tem um problema grande de escola naquela região, eu não vou fazer uma parceria com o estado, eu vou fazer com o dinheiro da prefeitura. Pois eu a ideia é que fevereiro esteja funcionando lá.

ARANTES: E problemas com empresa de obras, que pega, que ganha a licitação, depois abandona, como aconteceu no recinto e não é a mesma empresa que está fazendo a Câmara?

PREFEITO: Sim eu acho que é. Hoje está difícil, é um problema atrás do outro com empresas de obras.

ARANTES: E você acha Fernando, que com essa nova lei da licitação, as coisas vão melhorar, ou vai continuar com essa dificuldade, como na compra de remédio, no uniforme, enfim.

PREFEITO: Sim, é um horror. O uniforme é brincadeira. A gente contrata, o cara manda umas porcarias de umas camisetas, aí nós devolvemos, porque não vamos pagar por algo de inferior, aí o cara desisti, chamamos o segundo que diz não, o terceiro também não, aí nós temos que relicitar, e estamos em quase julho e ainda não entregou o uniforme. E infelizmente o grau de punição é frágil.

ARANTES: Eu acho até importante explicar para a população, que a prefeitura não pode comprar igual uma empresa privada. Onde é melhor, onde ela escolhe. Prefeitura como órgão público, tem que fazer um processo de compra por licitação. E nesta licitação participam empresas de fora, que dão um preço mais baixo, e que as vezes não consegue suportar depois. E aí não entregam, desistem e os problemas acontecem.

PREFEITO: É isso, é o caso de remédios, não entregam. E hoje nós temos muitos pregões eletrônicos, e é bom que dá publicidade, transparência, mas as vezes vem um cara lá do nordeste, de Manaus, que entra e ganha, e depois não entrega.

BRUNA: Falando de medicamento, estão fazendo uma pergunta (ouvinte) aqui, do porque não estão entregando medicação judicial, sendo que nas farmácias encontra para comprar?

PREFEITO: Não, mas se é ação judicial tem que entregar. Ação judicial, se cumpre. É estranho, isso. A prefeitura compra e cumpre as decisões judiciais. Pode estar com problema no laboratório de entregar, mas comprar, a prefeitura compra sim. Compra até por compra direta para cumprir a exigência legal.

BRUNA: Ouvinte perguntando, o que vai ser feito perto da pracinha do Tropical II que ontem tinha máquinas limpando.

PREFEITO: No Tropical II, ou é uma academia da saúde, pois nós temos projetos de fazer duas academias da saúde, uma vai ser no Santa Ifigênia e outra por ser lá, ou uma areninha, que é aquele campo sintético, que a gente vai fazer umas três, e acho que uma é lá.

ARANTES: O que é uma academia da saúde?

PREFEITO: Academia da saúde, é um espaço fechado, onde colocamos instrutores e infraestrutura e os professores do esporte, vão lá dar aula de pilates, outras modalidades para moradores da região.

ARANTES: Na edição de ontem, um pessoal também falou de cortes de árvores na pracinha da Cohab IV e parece que lá vai ser feita uma UBS é isso? Essa também veio das verbas do estado ou é do governo federal?

PREFEITO: Essa é uma UBS que veio do governo estadual. Veio pelo Carlão Pignatari. É uma UBS, que como o prédio da Santa Ifigênia não dava reforma, e nós fizemos melhorias nas UBS do Campo Belo, da Cohab I e II e da São José, alí nós precisamos de uma UBS grande, para atender todo entorno. E nós Arantes, estão com um problema crítico em Olímpia. Nós temos que pensar, que Olímpia está crescendo numa velocidade e a nossa infra não aguenta. Nós temos deficiências enormes por aí, que se nós, não pensarmos lá na frente, vai ficar difícil. Então eu vou fazer uma UBS nova e grande, com capacidade de uma UPA. Praticamente vai ser uma segunda UPA lá. Eu entendo que a gente tem que fazer uma UBS grande, para funcionar também 24 horas de semana, de fim de semana, para esvaziar um pouco a UPA, porque a UPA não está aguentando. Então lá será uma UBS importante para o bairro, mais também para o restante da cidade.

ARANTES: E a UPA não dá para ampliar?

PREFEITO: Até dá, mas é pouquinho. Não dá na demanda que precisamos e vamos ter. Já está apertado. É claro que eu quero também mexer na Santa Casa, para levar atendimentos de pronto atendimento para a Santa Casa e desafogar a UPA. Que é o trauma. Mas não adianta, vamos ter que fazer, vai ter que abrir, e uma das UBS vai ter que ser uma segunda UPA, operar em horários estendidos, abrir aos finais de semana, isso nós vamos precisar fazer.

ARANTES: E qual seria essa UBS que seria transformada em uma segunda UPA, Prefeito?

PREFEITO: Essa que vai ser construída na Cohab IV. Porque aí eu já faço ela grande e com uma estrutura para ser uma espécie de UPA. A do Campo Belo também daria para ser, pois é bem localizada, tem muita gente no entorno. Então no meu ver, hoje, nós estamos precisando muito mais de UBS grande, do que UBS pequena. Pois se faz várias UBS pequenas, fica perto do bairro das pessoas, mas tem um custo altíssimo. Então é preferível andar um pouquinho mais, e ter uma UBS maior, com mais médico, mais recurso. Essa monte de UBS pequena é cara. E Olímpia cresceu, para a gente ficar com um monte de UBS pequena. Baguaçu, Ribeiro dos Santos, tudo bem. Mas você pega alguns bairros de Olímpia, com Harmonia, Morada Verde, que você tem lá, 20 mil pessoas, aí não dá.

ARANTES: E não teria que ter algo lá naquela região então Fernando?

PREFEITO: Eu optei por expandir o Campo Belo e a da COHAB I e II, para isso. O que acredito que já vai atender bem a região. Pois se for fazer uma nova UBS minúscula igual nós temos lá perto do Cote Gil, perto da Cohab IV, é caro pois tem que ter toda uma infraestrutura, farmácia, consultório dentário e tem pouco recurso para isso. O que nós vamos fazer também, nós conseguimos doação de um pedaço da área pela união, é lá do lado do Bazar, construir um grande posto de saúde. Um novo Postão. Lá também será um grande centro de atendimento.

ARANTES: Aquele terreno lá, a prefeitura comprou?

PREFEITO: Então, uma boa parte dele, que foi para a União, nós conseguimos como doação. São 38 mil metros quadrados, o que dá quase 4 quarteirões. Mas aonde tá o galpão, não, ali nós entramos com uma desapropriação num pedaço, porque é muito caro. Onde tá a secretaria de obras a gente está desapropriando, pois queremos emendar desde onde vem da CECAP até o lado de lá. Mas, está na justiça. Aí o judiciário pega perito e demora e começa a novela.

BRUNA: O Bruno não está presente, mas ele está ajudando e explicou aqui por mensagem, que lá no Tropical II, será uma areninha, que é um complexo esportivo para formação de jovens no esporte.

PREFEITO: Mas está também em planejamento, uma academia da saúde lá também.

BRUNA: Outra pergunta de ouvinte é: Como a redução do ICMS dos combustíveis, o município vai perder muito?

PREFEITO: Sim, vai perder uns 3 milhões aproximadamente.

BRUNA: Com essa perda, como serão realocados os recursos?

PREFEITO: Olha todo mundo tem que fazer uma parcela de sacrifícios. E o combustível está muito caro, então enquanto eles não resolvem os problemas com a Petrobras, e eu não sei porque não resolve, pois o combustível é barato, o diesel é caro, mas o nosso petróleo, é nosso, aqui não é a Arábia Saudita e nós exportamos petróleo. E aqui não tem planejamento, nós vendemos petróleo e compramos o refinado mais caro. Isso é incompetência ou malandragem. Essas coisas Arantes, quando fica muito exportando, importando, tem rolo nisso aí. Não tem só santinho nesta história não. Mas nós vamos sim ficar no prejuízo. Porém é uma contribuição que cada cidade vai dar para o país.

ARANTES: E que área pode ser mais afetada com isso?

PREFEITO: É um pacotão. Entra no cofre do município e aí tem que enxugar alguma coisa. Mas provavelmente investimentos. No nosso caso é investimento que nós vamos reduzir. Mas, hoje nós subsidiamos o transporte coletivo. O transporte está em R$4,10 e nós não temos coragem de aumentar a passagem, porque o diesel está subindo, então vai diminuir a receita e aumentar o subsídio.

BRUNA: Outro ouvinte perguntando, quando vai sair o campo de futebol da Cohab IV que já tem dois anos que está parado e ainda nada.

PREFEITO: Pois é eu também não entendo e fico bravo com isso. Porque já não coloca trave e alambrando logo porque lá, já devia estar pronto. São deficiências que nós temos na administração pública que não se realiza na velocidade que a gente deseja. Eu passo tanto raiva quanto vocês e fico também indignado, mas não posso ficar mandando todo mundo embora toda hora e tenho que ficar cobrando e pedindo.

ARANTES (brincou): Mas você tem o seu prefeito auxiliar, que acabou de dar entrevista,  que ele estava despachando na secretária de obras hoje pela manhã?

PREFEITO: Quem, que é esse?

ARANTES: O teu Kokão. O presidente ué! Que foi entrevistado em frente da secretaria de obras hoje.

PREFEITO: Ah o presidente da Câmara. Mas acho que é para fazer propaganda política. Ele me ajuda lá na Câmara. Ele que comanda a Câmara. E todo vereador ele tem direito. Direito de entrar, de cobrar, de fiscalizar. Mas não é auxiliar não.

BRUNA: Pergunta de ouvinte. Sabe quando vai iluminar aquele bairro atrás do cemitério?

PREFEITO: Então, ontem eu tive uma audiência no MP e parece que nós estamos acertando uma solução. Porque aquele bairro ali tem um problema judicial, uma ação civil pública que travou. Mas, nós estamos conseguindo fazer um acordo com o ministério público e com o proprietário da área, para destravar. E a princípio o promotor público concordou e eu acho que dentro de uns 30 dias, consiga um acordo com o ministério público, para concluir e o proprietário colocar a venda os lotes e iluminar.

ARANTES: Mas o que aconteceu ali para ter todo esse impasse judicial?

PREFEITO: Porque ali Arantes, é o seguinte: Se você faz um loteamento, você tem que destinar 20% para área verde e cinco por cento para institucional. E ali o ministério público,  não viu nada disso e eles aceitaram como um desmembramento. E ali era um pasto, então o promotor viu isso e disse não, essas ruas não existiam. Isso aqui precisa ser um loteamento. Então esse acordo é justamente para regularizar, eles vão passar os 20% da área verde, mais os 5% do institucional, aí o MP acata e a gente dá o autorizo para o loteamento prosseguir.

ARANTES: Mas, já tem gente morando lá?

PREFEITO: Não, lá nem foi vendido ainda. Foi implantando a infraestrutura, rede pluvial, esgoto, asfalto, iluminação, poste, mas não venderam.

BRUNA: Outra ouvinte dizendo aqui, que a UPA deveria ser mais centrada, pois fazer uma nova UBS em lugares afastados, o povo não vai. Conheço pessoas que não vão nem no CEUS (no dentista), pois acham que é muito longe.

PREFEITO: Mas aí é difícil. Imagina se morasse em Rio Preto ou SP? Infelizmente não dá para colocar na porta de casa. Tem que ser, sempre onde está o maior número de pessoas.

BRUNA: Tem mais um ouvinte dizendo, o porque estão mexendo naquele terrenão no Campo Belo, ao lado do posto de saúde?

PREFEITO: Mas aquele terrenão não é nosso. É particular. Aquele local é do Nenê Olmos, do Cassarine (do Cafú), lá é particular, não é da prefeitura não. O da prefeitura é atrás do Bazar e não lá em cima, no Campo Belo.

BRUNA: Tem mais pergunta aqui. Estão dizendo o que pode ser feito para ajudar as ONGs que cuidam dos animais (como a SOS animais que é de extrema importância para a cidade), como pode ajudar uma causa tão nobre?

PREFEITO: Então, nós fizemos o canil e os recursos que a Prefeitura aloca para essa política de acolhimento dos animais, estão junto ao canil. E é muito dinheiro que a gente coloca lá. E existe até proibição, de quando a gente tem canil próprio de ficar subsidiando canil ou espaço de ONGs ou SOS. Pois se nós já temos o canil, é porque nós já temos o programa.

BRUNA: Quando vai substituir a iluminação da Avenida Alberto Olberg pois está muito escura e o fluxo é grande de trânsito.

PREFEITO: Olha nós estamos fazendo licitação. Ali está sendo licitado também. São 6 milhões que serão investidos na cidade, para subsídio da melhoria da iluminação pública, que será substituída por LED e ali, naquela região também será contemplada. Já deve estar para começar.

ARANTES: Fernando então vamos para as notícias locais. A Alessandra, voltou. Saiu a liminar e hoje ele retorna para a Câmara. A dúvida que fica é que, o Tarcísio e o Hélio, estiveram aqui e disseram que no dia da sessão você atendeu eles, onde eles pediram a exoneração e que você até tentou fazer alguma coisa para adiar a sessão daquele dia. Como se você estivesse ajudando eles, de forma amigável. Conta então para gente, como foi sua atuação neste episódio.

PREFEITO: O Arantes é o seguinte. Eu não atendi eles. Eles me abordaram no meio da rua. Porque eles enquanto secretários, eles estão lá por delegação minha. Existe um grau hierárquico e eu atendo se eu tiver agenda. E eles não estavam previstos na data comigo. Eu tive um evento na praça, e quando terminou o evento, os dois estavam na porta da prefeitura, me cercaram pra me falar deste problema e do que eles estavam pensando. E eu perguntei para eles: Vocês estão renunciando? Estão entregando o cargo? E eles responderam, não. Nós só não concordamos com isso, com aquilo, o porque. E eu disse, então é o seguinte: Ou vocês são secretários ou vereadores. Eu não mandei ninguém embora. Eles que na hora, disseram que não concordavam, que precisa discutir esse assunto mais a fundo, e eu disse, está bom. Eu vou ligar para o Zé Kokão e perguntar se ele pode adiar a votação. E foi essa a conversa.

ARANTES: E você conseguiu falar com o Zé Kokão?

PREFEITO: Sim, eu liguei para o Zé Kokão e falei com ele. E ele foi fazer uma consulta junto aos outros vereadores. E aí no fim do dia, quase cinco horas da tarde, ele me respondeu, dizendo que os vereadores queriam encerar este assunto logo, eles querem votar hoje para acabar com essa história. E vamos votar de qualquer jeito, cassou ou não cassou nós queremos virar a página. E a decisão, não é minha. Eu não mando na Câmara. Eu dialogo com eles. E eles insistiram que precisam votar, pois senão na sexta-feira ia acabar o prazo, eles perderiam o prazo, enfim. Então foi isso que aconteceu. E aí quando era umas 18h, o Bruno me informa, que eles teriam renunciado e protocolado lá na Nove de Julho a renúncia deles, faltando um minuto para fechar o expediente e que eles estavam lá na Câmara para se apresentar e assumir o cargo. Então foi assim que eu fiquei sabendo, quando o Bruno me falou. E aí eu disse, deixa então a Câmara resolver, pois o problema é deles. E aí só no outro dia cedo, que o protocolo manda para o expediente do gabinete, e hora que foi umas 10h da manhã, cai na minha mesa para assinar um ato para acatar a renúncia deles. Foi isso que aconteceu, um ato isolado. Um ato independente deles, renunciaram e pronto. De forma até irresponsável eu acho. O Tarcisio já vinha me interpelando, e eu dizia, Tarcisio, renuncia e assume o seu mandato de vereador. Porque enquanto secretário, não se meta na Câmara, se você quer se envolver, renuncia e vai para lá, pois aqui, você trabalha comigo, então você não pode interferir lá na Câmara, o Hélio nunca me falou um “ah”. Então o Hélio na minha opinião, foi irresponsável e inconsequente com o que ele fez. E comigo ele falhou, com a minha confiança, apesar dele sempre ter me dado trabalho, eu sempre desconfiei dele. Cinco anos me dando trabalho, sempre futricando nas costas, fofocando para lá e pra cá, e aqui em Olímpia, a gente fica sabendo de tudo. Então ele sempre deu trabalho. Mas, politica a gente tem que engolir um monte de coisa e vai levando, vai levando. Mas eu acho que ele largar assim o cargo desta forma, pra mim foi até bom. Pois mostrou que ele não tinha compromisso e não tinha apego com a função que ele estava exercendo. Ele joga para cima e acabou. Então é um inconsequente com a cidade, com o meu mandato, com a minha administração, é assim que eu vejo, essa atitude que eles tomaram, sem entrar no mérito dos votos deles. Pois eles vão lá e votam como quiser.

ARANTES: E como você vê agora que fica a situação na Câmara, pois até então, quem parecia ser de oposição era só o Lorão. E agora, com Alessandra, Tarcisio e Hélio, já seriam 4 que podem não dar apoio a você?

PREFEITO: Mas Arantes, eu li no seu jornal inclusive, uma explicação do que estava acontecendo. Tem uma conspiração sendo montada, para deter o poder no legislativo e no executivo. É isso que estava em andamento. E isso chega na gente. Então eles estavam conspirando, secretários na minha administração, conspirando contra mim. Para ganhar a Câmara e não é para me ajudar. Eles querem é ganhar para fazer outra coisa, para me pressionar e fazer outra coisa que eu não sei. E eles querem ganhar a presidência da câmara a ferro e fogo. Então eles já estavam conspirando. E eu a princípio, eu tenho que jogar o jogo. E disse, olha se vocês quiserem ser contra, não é contra o Fernando Cunha, é contra a cidade. Que votar contra cidade, vota. A cidade depois que vai julgar. Eu não sou político profissional, não sou candidato à reeleição, eu vou continuar trabalhando pela cidade, e se os caras, tem projetos pessoais e tem alguma ideia de aprontar alguma coisa, pegando a presidente da câmara, me pressionar e fazer algo, que eu não sei o que eles podem fazer, eles não estarão prejudicando a mim, estarão prejudicado a cidade. E isso é importante que a população saiba. Que tem um jogo político, que a gente tem paciência, jogo de cintura, mas os caras, tão arquitetando para tomar câmera e depois fazer o novo prefeito. Como se eles pudessem fazer o prefeito, por vontade deles. Quem faz o novo prefeito, é o povo.

ARANTES: Mas então seriam dois grupos?

PREFEITO: Não, é um grupo só. O Tarcísio junto com o Hélio.

ARANTES: Não, mas eu falo dois, pois o Zé Kokão me confessou aqui, que ele tem um grupo com o objetivo de dominar a Câmara e fazer um novo prefeito.

PREFEITO: Mas, esse outro grupo se tiver, pelo menos não me atrapalha. O segundo grupo, é o grupo que era o Lorão, a Alessandra, o Tarcísio, o Hélio. Eles se reuniam e convidam a Edna, para virar 5. E a Edna se negou a participar. A Edna disse, eu trabalho com o Geninho, com o Fernando Cunha. Só se eles não me quiserem junto com eles. Mas eu estou com eles e não participo deste grupo de vocês quatro. Pois eles em quatro, se conseguem 5, fica mais fácil para trombar com uma possível candidatura que vai surgir do outro grupo que você citou que tem o Kokão, o Márcio, o Barrera. Mas quem estava conspirando, era o Tarcisio e o Hélio, que eu acho, que era quem comanda essa conspiração.

ARANTES: E esses quatro, você acha que eles vão continuar tendo os mesmos benefícios, porque a reclamação, por exemplo da Alessandra, é que a partir de um certo momento, cortou esse clientelismo que a vereadores fazem em Olímpia. Que é de ir na secretaria e despachar. Esses vereadores de oposição, vai ser cortado, esses atendimentos?

PREFEITO: Eles vão ser atendidos pois é obrigação, já que estão lá. Mas gastar recurso da prefeitura com eles, esquece. Esquece. Eles são de oposição e oposição é oposição. Tem que definir terreno, Arantes. Eles só querem o bônus. O ônus eles não querem. Aí vem uma medida, saneadora como o caso da Prodem, que ficou provado, que eu não sou louco, não sou imbecil de querer o mal das pessoas. De fechar uma Prodem para prejudicar. Lá o prejuízo era gigante para prefeitura, era um empreguismo sabe, e aí nós temos que sanar isso. E eu acho que eu tive a coragem de enfrentar isso,  aí vota contra, eu acho assim, vem conversar comigo, nunca pediu para eu explicar, sabe. A Edna veio, prefeito, me explica como é essa história da política do DAEMO. E eu expliquei tudo. O restante não veio. Então se é contra, é contra e pronto. Não conte comigo. Ela já foi oposição, então continua lá. Agora o problema é Hélio que se elegeu no meu partido, e devia ir embora do meu partido, inclusive eu libero. Gente assim, eu prefiro longe. Vai embora do PSD, procura outro partido. Vai lá com o Tarcisio, no PL, procura outro, procura quem ele quiser.

ARANTES: Então, porque o Helinho tem coligação com o Hilário. E sua ligação com o Hilário, como é que está?

PREFEITO: A minha ligação com o Hilário é boa, com o Fernandinho. Eu acho que o Hélio, desembarcou. Ele provavelmente vai juntar com o Tarcisio e vai para o PL. Vai neste movimento Bolsonarista, vai assumir alguma coisa. A identidade política dele, sabe, não estava sólida nem comigo, nem com o Hilário. Então, ele provavelmente se identificou com o Tarcisio. Hoje ele é um subalterno do Tarcisio. Quem comanda é o Tarcisio. E eu acho que o Hélio vai embarcar por aí. Pois não está comigo, não está com o Geninho, não está com o Hilário, então deve ir com o Tarcisio, com um movimento que ele está fazendo com o Antonio. O Antonio é o candidato a prefeito deles. O Antonio, que era o prefeito de Altair, o médico que foi para SP e ninguém nunca mais soube de nada. E o Hélio acho que aderiu a isso. Ou ele vai fazer um movimento sozinho, isso não existe.

ARANTES: Então agora nós temos uma oposição verdadeira. Quatro então?

PREFEITO: Eu acredito que sim. Eles falam que não. Mas ou é, ou não é. Aquela expertise para conseguir o que é bom para a cidade. Não é pelo Fernando Cunha, é pela cidade. Não é por mim, eu não vou pedir voto.

ARANTES: Vamos falar agora, sobre a privatização do Daemo então. Pois as coisas já caminharam deste a última vez que você veio aqui, já saiu sobre o referendo e eu quero saber como está?

PREFEITO: É o seguinte. Nós fizemos estudos preliminares para poder conversar com os vereadores, e poder mandar o projeto de lei para câmera. Houve uma autorização para que a gente prossiga. Então, nós contratamos a FIPE, uma fundação de economia da USP, para fazer agora o estudo, um pente fino do DAEMO, pra gente saber, o quê é, o que tem, e o que precisa ser feito, quanto custa, que receita tem, para gente aí sim, ter um diagnóstico confiável. Precisa estudar uma modelagem e apresentar para debate para cidade. Para consulta popular. Olha o DAEMO é isso, recomendamos isso. Recomendamos concessionar, vou vamos continuar do jeito que está. Então eu agora aguardo, pois vai até o final do ano para fazer estudos, provavelmente janeiro a gente apresenta os estudos da USP. O número é esse e vamos tocar a vida pela frente.

ARANTES: Então eles vão fazer um estudo bem profundo, de tarifas, de tubulação, de tudo?

PREFEITO: Isso. Nessa fase é de detalhamento. Não vamos falar de tarifa. Mas sim, se é  sustentável ou não. Se dá pra fazer isso ou não.

ARANTES: Eu lembro que quando você esteve aqui, em outras entrevistas, seu plano era cerca a cidade com reservatórios e quanto você já viabilizou disso?

PREFEITO: A gente fez bastante. Fizemos reservatórios na zona leste, arrumamos o poço do DAEMO que é muito antigo. Mas eu acho que nós temos uma deficiência ali na área do Cote Gil e do Colorado. Precisa fazer uma grande armazenagem de água. Devíamos fazer um poço profundo lá também, do Guarani, pois nós temos 2 lá no DAEMO, lá no antigo, outro na Cachoerinha, agora na Petrobras que nós estamos recuperando, e vamos interligar os 2, sendo que a cachoerinha é um show. O problema é o do Daemo, que tem muito carbonato, muito calcário. O do DAEMO está dando muito problema, quebra bomba. E o da Petrobras a gente está refazendo. Já chegamos a 900 m, já estamos chegando perto do fim. Revestimento com inox e estamos fazendo uma recuperação adequada. No Thermas nós tiramos 160 metros por hora, na Cachoeirinha tiramos 300 metros cúbicos, no DAEMO mais 200 m. Mas Olímpia, consume uns 700 metros cúbicos por hora. Aí depois temos outro com mais 250 m, então estes todos, já garantem o que Olímpia consome. E aí tem outros pocinhos. 700 é com folga, tem dia que é menos, tem dia é uns 500 m.

ARANTES: Mas então essa é uma condição, que se Olímpia chegar a 80 mil, 90 mil pessoas, não vai dar conta de abastecer?

PREFEITO: Eu acho que mais um poço, ali no Colorado, a gente cerca os 4 pontos da cidade, para interligar. Faltou água, o outro cobre e a gente até 80.000 dá conta. Dai para frente, aí nós temos que voltar a fazer a captação no Cachoerinha. E em algum momento, nós temos que parar de pressionar o Guarani. E volta a ter que fazer a captação. É pensar em Olímpia com 100 mil habitantes ou pegar água no Cachoerinha.

ARANTES: Então só para terminar esse assunto, a questão lá de cima, tem que pegar água na ETA do Moreira e jogar essa água para a Cohab. E lá já está em obra?

PREFEITO: Isso, já estamos fazendo, estão interligando. Está fazendo a interligação da ETA até o Recinto.

BRUNA: A praça da Avenida Brasil está escura, com luzes queimadas a mais de 2 semanas. Tem previsão de trocar, pois está tendo muitos furtos na região, por conta da falta de iluminação no local.

PREFEITO: Sim, se está queimada, vamos trocar. Já vamos mandar fazer. Agora o problema de furtos, isso é nacional. Está aumentando o número de moradores de rua, que vira usuário de drogas e aí começa os pequenos furtos. E se nós não fizermos um trabalho, com a polícia militar, com a assistência, com o Ministério Público, como estamos indo atrás, não resolve. Nós estamos tentando impedir, os possíveis captadores de cobre, os receptadores, porque são eles que nós temos que pegar, para parar de comprar e isso diminuir ou acabar. E outra coisa, é tentar demolir esses lugares que eles estão se alojando, para inibir e coibir esse crescimento. Porque tem a Casa de Passagem, mas eles não querem ir lá e ficar lá. Eles querem ficar perambulando, andando.

ARANTES: Nossa mais eles roubam até fio de poste, como faz?

PREFEITO: Arantes, eles dão um jeito para tudo. Eles roubam até a fiação das bombas do DAEMO, aí para bomba, falta água, dá problema, enfim. Um problema.

ARANTES: E neste caso Prefeito, da criminalidade, você acha que aumentou? Porque o Capitão Righetti esteve aqui e ele fala que aumentou. A cidade cresceu. O que você acha Prefeito?

PREFEITO: Aumentou sim. Mas este aumento não é só aqui. É nacional. Eu tenho ido muito a SP, quase toda semana, e está subindo os números de forma assustador. Você vê Rio Preto, está assustador. A quantidade de morador de rua, de usuários de droga e nós temos que enfrentar isso. E eu vou continuar tentando por aqui.

ARANTES: E o que você pode fazer Fernando?

PREFEITO: Tem este lado de conseguir oferecer um apoio a eles. E aí tem que intervir, via judiciário. Pois senão eles vão continuar aprontando. Então o trabalho é de acolhimento, acompanhamento, resgatar um, resgatar outro e impedir que se aumente para não continuar aprontando.

BRUNA: Estão perguntando sobre o Trânsito, quando as melhorias, vão começar?

PREFEITO: Bom, nós estamos fazendo recapeamento e agora pegamos uma obra do DETRAN, que até eu arrumei a verba e passei para o Hélio, ver o que deveria fazer. E ele escolheu equipamentos de segurança, como lombadas, semáforos, faixas elevada, lombo-faixas, barreiras eletrônicas, e isso já foi licitado. Já já começa.

ARANTES: Fernando, o recapeamento da vicinal que vai para o Tamanduá, lá chegando próxima ao trevo, antigamente nós tínhamos faixa zebrada, obstáculos e recentemente nós tivemos acidentes próximos ao trevo, que o cara passou direto lá. Então, vai ser colocado novos obstáculos, já terminou o processo de recapeamento lá? Pois ainda está faltando essas sinalizações, até com aquele sinalizador no chão, para inibir a velocidade.

PREFEITO: Não ali ainda estão terminando e vão colocar as sinalizações. Mas, Arantes, eu já cansei de pedir para o DER, tem que colocar uma lombada eletrônica dos dois lados, para diminuir a velocidade para 60km/h. O cara que vem de Barretos, do Tamanduá, o caminhão vem com 100 toneladas, a 100km/h e aí nem Jesus Cristo, breca ele. Então, teria que colocar lombada eletrônica para reduzir a velocidade. No trevo da Friovale também. Não sei porque o DER enrola tanto assim, e não coloca, ou autoriza a gente, que a gente põe. Tem que colocar. Igual em Severínia, na frente da cidade, você tem que reduzir para 60km/h, senão você toma multa, passou o trevo, aí o cara pode andar numa velocidade maior se o radar não pegar ele. Mas nestes trechos de trevo, eu só vejo essa solução para reduzir, enquanto não vier a duplicação. Porque aí vai ter viaduto. Vai ter na Kimberlit e vai ter no Tamanduá também. Mas até licitar, duplicar, demora. Então tem que fazer a lombada ali.

BRUNA: Tem uma pergunta, em relação aos feirantes. Se tem algum plano.

PREFEITO: Então os feirantes, segundo informações da Secretaria de Agricultura e Comércio, eu vou escolher outro secretário e nomear alguém, para ver como fica e acontece, mas o que eles me falam, é que os próprios feirantes perderam o interesse. Pois não tinha comprador. Só sobreviveu a feira da São José. Mas os feirantes têm que querer. Tem que avaliar e ver se vale a pena ter. Nós estamos a disposição para dar o apoio, mas, parece que só a feira da São José sobreviveu.

ARANTES: Para encerrar eu gostaria de falar do assunto Turismo, que nós não falamos até agora. Você ainda tem em mente, aqueles planos do teleférico, do estacionamento, como está? Inclusive Fernando, eu gostaria que você me respondesse uma questão, pois na minha concepção, o que falta no turismo, é uma maior integração dos moradores ao turismo. Porque se você fizer uma pesquisa, mais da metade da cidade é contra o turismo. O cara trabalha contra o turismo, embora de uma forma ou de outra, dependa dele. Então como é que está o projeto, inclusive do Balneário? E se exite mesmo, outros parques secos vindo. O que vem mesmo, de atrações para a cidade?

PREFEITO: Bom Arantes, Olímpia vive um processo de ofertas e serviços turísticos. E a gente vem oferecendo mais alternativas. Não é o poder público que faz. O poder público, a prefeitura, oferece algumas coisas, mas eu fico buscando junto a iniciativa privada, para eles fazerem. Então Olímpia, ao contrário de gente pessimista que fala que não aconteceu nada, Olímpia aconteceu muito sim nos últimos 5 anos. Olímpia hoje é um destino turístico. Não é só o Thermas. Olímpia já evoluiu muito. Então nós temos que uma mudança nos termos de hospedagem e de atrativos. Já mudou muito. Mas Olímpia é muito nova e muito recente. E esse noviciado, eu acho que explica um pouco, o porque parte da população tem restrição. Mas as novas gerações, já vão nascer com este conceito arrigado. Os mais antigos, a vida deles é sem o turismo. Então é uma novidade, e que faz parte da evolução da cidade. Agora o comércio, precisa entender, que o cara não vai vir para o comércio para comprar geladeira, óculos de grau. O cara vem aqui para passear. Ele compra artesanato, lembranças, outras coisas. Tem que entender o que é o turismo. O comércio está se estendendo para a Albert Olberg, e nem o próprio cliente da cidade, está vindo ao centro. Ele tem toda uma dinâmica própria, econômica e local. O turismo é uma coisa a parte. O turismo é hospedagem, entretenimento e meios de alimentação. Essas três coisas. E no entretenimento que eu fico correndo atrás, porque a hospedagem anda, meio de alimentação mais ou menos, e entretenimento eu continuo tocando este projeto. Esses megas estacionamentos que vamos fazer, ao lado do clube de campo, para substituir o estacionamento do Thermas, que é o coringa nosso, lá vai ser igual um sambódromo. Para fazermos Réveillon, carnaval e um grande estacionamento de apoio a tudo. Nós depositamos 5 milhões numa ação de desapropriação. Que é o que vale a área e que é o que o Thermas pagou pela área ao lado. Um milhão o alqueire e lá são 5, e pagamos a vista. Ta lá. Agora tem que esperar sair a sentença, para gente tomar posse e executar este estacionamento. E lá está projetado esse teleférico, mais é projeto e para a iniciativa privada. Então esse é um trabalho que eu faço, de conseguir investidores. Hoje as 17h eu vou para SP e amanhã as 11h eu estou no Beto Carreiro. Para conhecer, para visitar, para conversar. Eu fico vendendo Olímpia, para os investidores. A semana passada eu estivesse numa feira em SP, de outlet e shopping center. Porque tinha um estande que eu fui convidado e tive que ir lá. Saí e fui numa outra feira de hotelaria, onde estava sendo discutido a abertura dos Jogos que nós precisamos ficar ligados. Pois se abrir, nós vamos ter que trazer para Olímpia, bingos, cassinos. Pois eu achava que o cassino era difícil, mas eu entendi, que não. Que vem cassino para Olímpia, se a lei aprovar. Por isso que a gente tem que andar e aprender. Olímpia está muito conhecida e muito prestigiada. Eu chego nos auditórios e o povo que reconhece e me põe na mesa. Olha o prefeito de Olímpia. Eu que vou para ouvir, acabo debatendo, dando minha opinião. Então é incrível o tanto que Olímpia está conhecida e bem avaliada lá fora. E o cassino é um cassino por estado, até 1 milhão de habitantes. SP com 45 milhões, terá 3 cassinos. Em megas resorts integrados. E nestes lugares, com distritos turísticos, podem ter até 02 cassinos. Então em SP, poderá ter até 06 cassinos. E aí não é possível que Olímpia não entra. Olímpia é a melhor Estância Turística do Estado. Por isso eu acho que vão aprovar e nós teremos que discutir esse tema aqui em Olímpia. Bingo é inevitável, mas um Cassinão se aprovar, nós teremos que estudar e amadurecer. E fora isso, a busca é permanente. O Spa Balneário eu estou buscando investidores. Eu não vou colocar dinheiro da prefeitura, posso fazer igual o matadouro de arrumar o terreno. A gente vende o terreno e igual o Iquegami ganhou e vai fazer o mercado municipal. Eu vou fazer agora um edital para o Centro de Convenção que será anexo a faculdade Uniesp. Então eu vou fazer um edital para fazer o Centro de Convenções, pois aqui está faltando. E o trabalho permanente de pôr de pé o aeroporto.

ARANTES: E o aeroporto como está. O que ainda precisa?

PREFEITO: O aeroporto, nós estamos contratando agora a licença ambiental. Em paralelo é a estruturação financeira, pois são 100 milhões, e isso preciso ser feito com o dinheiro privado. Pois se a prefeitura faz o edital, é muito provável que alguém pega a concessão. Mas a prefeitura tem que garantir, o resultado para o investidor. Se ele não tiver receita e tiver prejuízo, a Prefeitura terá que pagar o prejuízo. E um prejuízo de 100 milhões não é brincadeira, eu não vou fazer isso. Então eu estou buscando investidores e ainda bem que eu tenho contato com bons investidores para conseguir isso. Nós temos a SOCICAM que está interessada, que ganhou Rio Preto, e temos a VOA que ganhou Ribeirão Preto, Sorocaba que estão interessadas. Então tem duas concessionárias que eu estou conversando para ver se eles vêm para cá.

ARANTES: E o trevo da Aroeira? Tem muita pergunta também, deste assunto.

PREFEITO: O trevo do Aroeira eu consegui o dinheiro agora, nós temos o projeto, nós vamos duplicar, lá do posto do Hirochi até na rotatória da Cohab, do Vila de Lisboa. E o que eu quero e estou esperando, é que o estado doe para a prefeitura, pois o trecho que é do DER eu quero que vire uma avenida. Pois assim não precisa ter rotatória. Aí é uma avenida na frente do Aroeira. Pois as rotatórias do DER é aquelas gigantes, é rodoviário. Na cidade precisa ser mais organizada com semáforo. Então o recurso está aí, o projeto está aí, eu estou esperando sair a municipalização para fazer a avenida como uma avenida qualquer, dentro da cidade e na frente da Aroeira. Mas está pronto o projeto de doação para o município. Isso está na mão do governo do estado. E deve ficar para novembro, após a eleição. Para o ano que vem deve estar feita, esta obra.

ARANTES: Então tá bom Fernando, eu deixo espaço para seus agradecimentos e considerações finais.

PREFEITO: Eu quero aqui agradecer o espaço, e ressaltar a equipe que eu tenho, e o Bruno é um deles, é um exemplo disso que ajuda a gente a tocar, eu sou um, e se eu não tiver ajuda na saúde, na educação, em obras, assistência social, esporte, turismo, cultura e isso e aquilo, a gente não caminha. Agora dia 06, vai ter o folclore, vai ser um belo festival, a Guegué está fazendo um belo trabalho.

ARANTES: E vai dar tempo de terminar as obras por lá?

PREFEITO: A promessa é acabar o palco. Entregar pelo menos o palco prontinho. A gente teve uma prévia no festival das águas, já melhorou, mas o objetivo é terminar o palco. Nós começamos a fazer o novo museu, e tem uma novidade que a gente vai assinar um contrato, que o projeto do Museu vai ser feito pela fundação Roberto Marinho. A fundação Roberto Marinho vai adotar o folclore de Olímpia. E tem uma coisa que empolgou eles, é que eles viram, o Festival do Folclore na nossa inserção das escolas e do ensino municipal. Eles querem pegar o conhecimento pedagógico que nós temos, para produzir apostilas, com material e mandar para o Brasil. E colocar o Folclore no ensino do Brasil. E eu achei fantástico, pois a gente tem e não sabe o potencial que a gente tem. Então o museu do folclore eles estão mexendo, os banheiros estão em obras, vão fazer novos banheiros, com banheiros descentes, e a ideia é no folclore estar pronta a parte do palco, dos banheiros, no terrão nós vamos fazer um recinto de exposição, uma espécie de laje para colocar as barracas, as arquibancadas, como pista.

BRUNA: E a festa do peão?

PREFEITO: A festa do peão é novembro, como foi anunciado. No festival das águas ele anunciou que tinha interesse e a gente autoriza. Mas, Arantes, voltando aqui, eu consegui muitos recursos do estado, do Rodrigo Garcia, do Geninho, do Carlão, me ajudou em um monte de obras, mais o que a gente pegou de financiamentos, então serão mais dois anos e meio de muito trabalho. Por isso meu trabalho agora está sendo buscar investimento para a cidade, para esses projetos de entretenimento, que não adianta, isso só o prefeito pode fazer e eu tenho perfil para isso, vou buscar, e isso é uma contribuição adicional que os prefeitos não costumam fazer, mas eu acho que eu já tenho feito e vou continuar fazendo. Que é construir e trazer coisas importantes e estruturantes, para a cidade. E sabendo que passou a eleição eu vou caminhar para a reta final. Para concluir meu mandato.

ARANTES: Até porque você vai ter que pegar tudo que regimentou e aplicar. Porque a tendência é secar, não vai ser sempre este mar de bondade.

PREFEITO: É o governo do estado é pulsante, mas nós vamos ter todas as vicinais do estado duplicadas, que isso é uma fortuna. Esses trevos em desníveis, Olímpia é um atraso em relação a Bebedouro, Catanduva, tudo com aqueles viadutos. E Olímpia ficou para trás. Eu não me conformo e vou atrás. Vou buscar, pois as entradas de Olímpia eu quero com viaduto, com as rodovias duplicadas e essa é uma busca permanente.

ARANTES: Então tá bom prefeito, vê se não demora para voltar, se não fica longa a entrevista e o povo briga com a gente.

PREFEITO: Não, não vou demorar não. Eu semana que vem, vou tirar uma semana de férias, pois eu estou cansado, vou para os Lençóis Maranhenses, com os meus filhos, pois é férias deles e eu não conheço lá, vou tirar uma semana para descansar e na volta a gente já programa uma outra data.

ARANTES: Lá é Estância Turística também ou não?

PREFEITO: Não, lá não. Lá não tem Estância. No Brasil é só SP que tem Estância. Lá não é. Mas lá é um excelente destino turístico também. E o pessoal sempre fala, que o pessoal de Olímpia é mágico, pois aqui não tem praia, não tem catarata, não tem montanha, e transformou um pomar, um canavial em um atrativo. Seu Benito é um gênio mesmo, que fez daqui um mar no cerrado.

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