10 de novembro | 2019

Prefeito faz merchandising de seu governo pela Record e mostra não estar preocupado com população mais pobre

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DESAPEGO AOS POBRES!
Prefeito fez discurso de campanha de sete minutos
no programa “Balanço Geral” sem anunciar
nada de importante para as regiões pobres.

 

JOSÉ ANTÔNIO ARANTES
Faltando pouco menos de 11 meses para a eleição de 2020, quanto já anunciou que tentará a re­eleição, o prefeito Fer­nando Cunha, ao que tudo indica, utilizou o programa “Balanço Geral” comandado pelo o­limpiense San­dro Pires, na Record de Rio Preto, para fazer mer­chandising de seu governo.

Dentre os quase sete minutos de pauta positiva, o prefeito, além de falar de suas obras, acabou confirmando que a ETE – Estação de Tratamento de Esgoto inaugurada há mais de dois meses, ainda não está funcionando e que o esgoto só deixará de ser despejado no riacho Olhos D’água nas próximas semanas e que o local começará a funcionar totalmente em dezembro.

Sandro Pires começou a entrevista perguntando: “é difícil administrar uma cidade que recebe tantos turistas assim ou é uma van­tagem, prefeito?

Fernando Cunha respondeu: “Ah, eu acredito que seja uma vantagem. Eu acho que Olímpia encontrou na vocação do turismo um mecanismo de crescimento e a é gerador de emprego, gera renda, gera tributo. É um bom problema, eu acho que traz soluções para cidade”.

Depois Fernando navegou por perguntas que en­sejavam que ele ressaltasse as obras que conseguiu realizar, destacando reforma da UPA e troca de funcionários. Também com­plementou destacando as obras que estão sendo feitas da Santa Casa, sem citar que está aproveitando recurso da Câmara ou que o Thermas cedeu grande parte dos equipamentos que serão utilizados.

Com perguntas que possibilitavam ao prefeito fazer um verdadeiro discurso sobre aquilo que entende como grandes realizações, Fernando disse quem em três anos dobrou a capacidade de produção de água e multiplicou por 4 o volume de á­gua armazenada com novos reservatórios, além de citar que a ETE vai tratar 100% de esgoto a partir de dezembro.

Também teve oportunidade para falar sobre o ví­deo-monitoramento e sobre a futura guarda mu­nicipal e claro, navegou por um bom tempo sobre o turismo local a­nunciando que hoje O­límpia tem 24 mil leitos mas deverá chegar a 35 mil em dois a­nos e deverá passar a receber 6 milhões de pessoas neste mesmo espaço de tempo.

Provando que realmente não está preocupado com amenizar ou descons­truir a imagem que criou de que tem nojo de pobres, não citou, em nenhum momento, algo de importante que pudesse ser considerado como endereçado às classes menos favoreci­das e nem citou sequer pro­messas de obras ou atitudes importantes endere­çadas às regiões mais pobres do município.

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