13 de novembro | 2016

Presidente alega fazer economia para não investigar ‘metadinha’ na Câmara

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Embora o vereador Marco Antônio dos Santos, conhecido por Marco Santos, do DEM, mesmo partido do prefeito Eugênio José Zuliani, continue detido no CDP (Centro de Detenção Provisória), de Taiuva, o presidente da Câmara Municipal de Olímpia, Luiz Antônio Moreira Salata, alega fazer economia para não investigar uma eventual apropriação de parte de salário de servidor, conhecida nos meios políticos locais por ‘metadinha”.

A informação foi divulgada pelo próprio presidente após a sessão ordinária realizada na noite de segunda-feira desta semana, dia 7, em reportagem que concedeu à rádio Espaço Livre AM, dizendo que não vai apurar a denúncia, mas sim aguardar posição do Ministério Público (MP) de Olímpia.

“Respeitamos o Ministério Público e, portanto, por medida de economia, nós estamos aguardando a manifestação do Ministério Público. A Câmara poderia abrir uma comissão processante, uma sindicância para apurar os fatos. Mas essa mesa diretora optou por medida de economia”.

Por outro lado, durante a sessão ordinária foi aprovado o requerimento número 720/2006, de Marco Antônio dos Santos, de licença pelo prazo determinado por 30 dias.

“O regimento prevê que ele pode solicitar e com a deliberação do plenário essa licença para tratar de interesse pessoal que é sem remuneração”, afirmou Salata.

Como se sabe, o vereador Marco Santos, de 43 anos de idade, depois de ter negado o quarto pedido de habeas corpus, continua preso no CDP, de Taíuva.

Marco Santos, que foi preso em flagrante no final da manhã do dia 6 de setembro, por volta das 11 horas, é acusado de crime de concussão e está incurso no Artigo 316 do Código Penal e, se condenado poderá pegar de 2 a 8 anos de cadeia. Segundo o site jusbrasil.com.br, o Artigo 316, combinado com o Decreto Lei número 2.848, de 7 de dezembro de 1940, diz que crime de concussão é : “Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dessa, vantagem indevida: Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.

Santos foi denunciado por sua assessora, Brenda Martins Pavani, de 21 anos, casada, moradora do Jardim Alberto Zaccarelli, conhecido popularmente por CDHU 1, na zona sul da cidade, alegando que todo mês era obrigada a devolver parte de seu salário que recebia na Câmara Municipal de Olímpia ao vereador.

Consta que a assessora o acusa de todo mês obrigá-la a repassar mais da metade do seu salário, que é de R$ 2.665,66, que recebia na Câmara Municipal de Olímpia onde exercia o cargo de Assessora de Expediente, para o vereador, ficando apenas com a quantia de R$ 1 mil.

Também segundo consta, a assessora disse na Delegacia de Polícia que, todo mês, quando ela entregava a parte do dinheiro para o vereador, este ainda a assediava com a seguinte frase: “E aí? Você não vai sair comigo não. Está ficando caro pra mim e se você não sair comigo vou ter que te mandar embora…”, relatou a vítima quase chorando numa sala da delegacia durante o flagrante.

 

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