22 de setembro | 2014

Procurado pela justiça Babão é réu em 39 processos judiciais

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De acordo com o Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-5), há três anos o ex-prefeito de Seve­rínia Mário Lúcio Lucatelli, Babão (foto), como é conhecido na cidade, de 56 anos de idade, está fugindo da cadeia. Ele tem contra si dois mandados de prisão que foram expedidos pela justiça de Olímpia, em processos judiciais decorrentes de corru­p­ção em seu governo, que durou de 1997 a 2000.

De acordo com o jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, o nome de Babão consta de uma lista fornecida pelo Deinter-5, com base na Lei de Acesso à Informação, incluindo foragidos dos últimos 10 anos.

Consta que em um dos processos, Babão foi condenado pelo Tribunal de Justiça a quatro anos e 10 meses de prisão, em regime semiaberto, por crime de responsabilidade de prefeitos.

Também consta que em ma­io e junho de 1997, Babão teria comprado combustível pa­ra os veículos da Prefeitura com dispensa de licitação, no valor total, não corrigido, de R$ 3,7 mil.

No outro crime pelo qual é procurado, o ex-prefeito foi condenado a dois anos e nove meses de prisão em regime semiaberto por crime de responsabilidade de prefeitos e fraude à lei de licitações.

Nesse caso Babão teria fra­u­dado um certame na modalidade carta-convite para recuperar a lagoa de tratamento de esgoto da cidade. Segundo o TJ, uma empresa “fantasma” venceu a licitação.

Babão responde ainda a outras 10 ações criminais por desvio de dinheiro público e mais 28 ações por impro­bi­dade administrativa. Em 15 dessas últimas, foi condenado a ressarcir R$ 860 mil aos cofres públicos e a pagar R$ 599 mil em multas, um total de R$ 1,45 milhão. Mas até agora nada foi pago.

Além disso, Babão também foi investigado pela CPI do Nar­cotráfico da Assembleia Legislativa em 2000, por suspeita de lavar dinheiro do tráfico, mas nada foi provado. A suspeita entre os moradores de Severínia é de que o ex-prefeito esteja no o­e­ste da Bahia.

Também de acordo com o Diário, na lista estão condenados pela Justiça ou acusados pelo Ministério Público de crimes graves, como homicídios (260), narcotráfico (499), estupradores (31) e corru­p­ção. Muitos guardam vínculos estreitos com o PCC e o Comando Vermelho (CV).

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