17 de março | 2013

Provedor da Santa Casa diz que é preciso contratar dois anestesistas

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O provedor da Santa Casa de Olímpia, advogado Mário Francisco Montini, afirmou na tarde desta sexta-feira, dia 15, que o hospital necessita contratar dois anes­tesistas. Embora uma necessidade vista até antes, a decisão se deu principalmente após a ausência do único profissional que vinha atendendo o centro cirúrgico, Luiz Hen­rique Vicente, conhecido como “Rico”, que se envolveu em um acidente de trânsito grave.

“Precisamos contratar dois a­nes­tesistas. Não vamos mais ficar só com um. Como o Rico está com problema e deve demorar bastante, vamos contratar dois. O que está acontecendo é que não esta­mos conseguindo esse médico”, afir­mou.

Mas ainda não há nada concreto e o hospital está trabalhando de forma que se pode chamar até de improvisada “Ainda não tem um fixo. Estamos negociando com cinco médicos para ver se um ou dois desses vem para cá (mude para Olímpia)”, informou.

Mas segundo ele se trata de um problema de difícil solução, até em razão da falta de profissionais.  “Não tem profissional e esse profissional tem que vir morar em Olím­pia. Não adianta ele morar em Rio Preto e isso encarece muito. Se a gente contratar um médico para fazer o plantão nós vamos ter de gastar mais de R$ 100 mil por mês. Não temos condição de fazer isso”, explica.

Ocorre que a contratação de um plantão não teria o mesmo custo de um plantão de disponibilidade. “O plantão de disponibilidade é um valor que é suportável para a gente pagar”, acrescenta.

De acordo com Montini, cada plantão custa em torno de R$ 1,5 mil: “Hoje um médico desses custa até R$ 200 por hora”. “Inclusive o médico que a gente for contratar vamos ter de admitir no corpo clínico. Vai ter que fazer a habilitação dele na Unimed para atender os planos de saúde porque além da remuneração da Santa Casa ele receberá por procedimentos também”, reforça.

BUSCA INCESSANTE

Também segundo o provedor a movimentação da administração para contratar outro anestesista começou no próprio domingo, quando diretores estiveram em São José do Rio Preto em contato com uma cooperativa de médicos anestesistas para tentar sanar a dificuldade de Olímpia.

ENQUANTO ISSO TEM AJUDA LOCAL

Enquanto isso, o ex-secretário de Saúde de Olímpia, Giovanni Bap­tista Júlio, que atua no corpo clínico do Hospital de Base (HB) de Rio Preto, tem ajudado bastante, mas isso quando se encontra na cidade. “Ele tem as atividades dele em Rio Preto e não pode deixar os compromissos, mas tem da­do todo apoio para a gente”, contou.

Mas a preocupação da diretoria da Santa Casa não é apenas com a contratação de anestesistas, mas com o quadro clínico de forma geral. Até em razão disso Mário Montini convoca profissionais que tem familiares na cidade e que atuam fora de Olímpia, para que entrem em contato.

A finalidade é renovar o corpo clínico do hospital, o que não a­contece há muito tempo. “Temos médicos já com quase 40 anos de serviços prestados e necessitamos renovar. Por isso as portas estão abertas para todos que pretendam vir para Olímpia, coisa que há mui­to tempo não acontecia na Santa Casa”, finaliza.

Por outro lado, confirmou que houve um atraso no pagamento dos salários dos médicos: “Tivemos, sim, um imprevisto desde outubro do ano passado, quando uma ação trabalhista, de gestão anterior, bloqueou um montante de recurso utilizado para esse fim, então tivemos um atraso, mas com previsão de sanar o problema em, no máximo, três meses”.

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