Mesmo ficando escancarado que não existe condições de o hospital da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia caminhar separado da saúde pública local e que a entidade precisa ser transparente para adquirir a confiança da população para que esta colabore, a provedora Luzia Cris­tina Contin (foto), ao que parece, resolveu continuar no caso e até convocou uma Assem­bleia Geral para apresentação de contas.

A provedora teve o pedido para deixar o cargo feito pelo prefeito Fernando Cunha, recentemente, ao vivo, no programa Cidade em Destaque, da Radio Cidade, 98,7 MHz, que alegou que ela não agia com transparência, já que há vários meses só recebia pedidos para pagar contas, mas não sabia o que estava acontecendo com a aplicação do dinheiro arrecadado pela entidade que recebe verbas públicas dos três níveis: União, Estado e Município.

Depois de muita polêmica nas redes sociais a provedora publicou na edição do dia 18 de março último, o edital de convocação da Assembleia, dando a entender que não pretende deixar o cargo.

A provedora convoca os associados efetivos (na última relação encontrada no cartório, é composta por 17 nomes, muitos da mesma família) para Assembleia Geral Ordinária para o dia 30 de março, um sábado, para as 09h00 em primeira convocação e a segunda (se não tiver um quinto dos associados) para as 09h30 com a presença de qualquer número.

Na ordem do dia está a votação de parecer do conselho fiscal referente as contas do exercício de 2018 e relatório de atividades da gestão.

REGRAS DO TERCEIRO SETOR

A Santa Casa que é uma associação sem fins lucrativos e de interesse público, tem que seguir uma série de normas que regem o terceiro setor para a apresentação de suas contas. Inclusive, têm que passar pelo crivo de auditores independentes.

O último balanço encontrado pela Folha foi publicado no Diário Oficial do Município do dia 15 de abril, relativo aos anos de 2015 e 2016, onde consta inclusive relatório da auditoria independente.