10 de maio | 2009

Saúde local está preparada para casos de ‘gripe suína’

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De acordo com a secretária municipal de Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti, o sistema local está preparado e em condições de suspeitar de um possível caso da gripe AH1N1 – que ficou conhecida mundialmente por gripe suína. Segundo ela, os médicos estão preparados, mas o tratamento, caso surja algum suspeito, terá que ser encaminhado para o Hospital de Base de São José do Rio Preto, um dos sete centros de referência do Estado de São Paulo.

Por outro lado, explicou que a Secretaria da Saúde está tratando a situação como "vem tratando todas as doenças de notificação compulsória, fazendo toda a investigação de toda a parte epidemiológica". Mas, a informação é que até ontem, não tinha conhecimento de nenhum caso de mínima suspeita que fosse.

Sobre uma possível preocupação a respeito da gripe suína, a secretária diz que todos as informações que recebe diariamente, tanto do Ministério da Saúde, quanto da Secretaria Estadual, não há casos confirmados, mas apenas casos suspeitos de pessoas que retornavam de viagem a outros países.

A coordenadora da vigilância e saúde, Marli Manzatto Belucci dos Santos, reforça que um caso de suspeição da gripe suína tem que estar relacionado a uma viagem do paciente para os países onde estão ocorrendo os casos. "Não tivemos nada sobre isso. Temos sim, casos de gripe normal", explicou.

A transmissão do vírus da gripe suína, segundo Manzatto Belluci, ocorre através do ar e do contato direto com mãos, beijos, abraço. "Se houvesse algum caso aqui nós, logicamente, estaríamos orientando que a população estivesse de máscaras. Mas como não é esse caso, essa é só a orientação que nós temos até o momento", ironizou.

Algumas pessoas que se preparavam para viajar, segundo a coordenadora, pediram informações sobre como proceder. "Nós orientamos que eles teriam que estar tendo máscara e durante essa viagem estar sempre lavando as mãos", informou.

O vírus, segundo ela, sobrevive pouco tempo no ambiente – menos de duas horas. Por isso, a transmissão "realmente é contato de pessoa para pessoa". Porém, ressaltou que não há registro de transmissão diretamente do porco, do animal: "ela foi chamada assim (gripe suína) porque é um dos componentes desse tipo de vírus que causa a gripe no suíno".

CASOS CONFIRMADOS

Por outro lado, até o encerramento desta edição, noite de ontem, foram confirmados os seis primeiros casos de brasileiros infectados pelo vírus da gripe suína: dois pacientes de São Paulo, dois do Rio de Janeiro, um de Minas Gerais e, o mais recente, um caso de Santa Catarina.

Porém, no caso do Rio de Janeiro, o ministro José Gomes Temporão, além de confirmar o sexto caso brasileiro, informou também, o primeiro caso de transmissão de pessoa para pessoa dentro do Brasil. O paciente confirmado ontem tem relações de amizade com a outra pessoa que já estava internada naquela cidade, por causa da gripe suína.

Já em Rio Preto há um caso suspeito e dois em monitoramento. O segundo paciente monitorado foi confirmado também na quinta-feira. O paciente é um homem de 71 anos, que chegou da Argentina no dia 27 de abril, com sintomas de gripe. Na mesma noite a Argentina confirmou o primeiro registro da doença.

São considerados pelo menos casos suspeitos, as pessoas que viajaram ao exterior que apresentam todos os sintomas de gripe, inclusive febre alta, em um prazo inferior a 10 dias do retorno ao Brasil.

 

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