21 de julho | 2008

Saúde nega ter ocultado caso de dengue hemorrágica em Olímpia

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 O secretário municipal de Saúde, Giovanni Baptista da Silva Júlio (foto), negou nesta semana o registro de um caso de dengue hemorrágica no ano de 2007. De acordo com ele, o idoso Mário Ayusso, que faleceu no dia 12 de maio do ano passado, havia contraído dengue classifica. Por isso, garante que houve sim divulgação do mesmo.

Porém, dentro das explicações que deu durante entrevista que concedeu à Rádio Menina AM, acrescentou que, mesmo um caso de dengue clássica, aparentemente inofensivo, pode haver complicações de hemorragias para o paciente.

"É um quadro completamente característico e que, eventualmente evolui para um quadro de dengue hemorrágica ou pode ter algumas complicações hemorrágicas", justifica. No entanto, reforçou que a sorologia de Ayusso, na época, foi para dengue clássica.

"Temos o atestado de óbito em mãos, o que o médico classificou na parte um como causa da morte, a primeira causa foi pneumonia por micro-organismo não especificada, segunda causa de senilidade e a terceira causa de dengue clássica", afirmou.

Na terça-feira desta semana, dia 15, uma filha de Mário Ayusso, Cláudia Aparecida Ayusso da Silva, confirmou que a morte do seu pai, Mário Ayusso, há mais de um ano, teve como uma das causas a dengue e que isto consta, inclusive, no atestado de óbito. Ela concedeu entrevista à Rádio Difurosa AM.

"O que consta no atestado de óbito dele é que foi pneumonia e dengue. Faz um ano e dois meses que meu pai morreu. O médico falou que o coração estava jogando sangue para o pulmão e precisou entubar no dia primeiro de maio e quando foi no dia 12 ele faleceu", contou.

"Olímpia, pelo menos de 2001 até agora, não teve nenhum caso de dengue hemorrágica. Mesmo em 2005 que a gente teve alguns casos de dengue que ficou internado, teve um que foi mais sério, na época foi até o CVE de São Paulo que veio fechar os casos e eles não fecharam nenhum caso de dengue hemorrágica, somente dengue com complicação", relatou a coordenadora da secretaria, Josielem Aparecida de Amorim, também na Difusora.

Sobre a morte de Ayusso comentou: "Realmente está escrito dengue e a gente recebeu o resultado dele de positivo. Não foi a primeira causa morte e ele (médico) colocou dengue clássica, não colocou dengue hemorrágica".

Segundo Amorim, a pessoa pode ter tido dengue e uma outra infecção que tenha levado à morte. "Também na ficha de notificação dele não tem nenhum sintoma que tenha sido dengue he morrágica", acrescentou.

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