22 de novembro | 2015

Saúde registra 52 casos com escorpiões em apenas 16 dias

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A Secretaria Municipal de Saúde registrou 52 casos em apenas 16 dias do mês novembro, ou seja, foram mais de três casos novos por dia até na segunda-feira, dia 16. A informação foi divulgada na manhã de terça-feira, dia 17, quando foi anunciada a realização de um mutirão para combater o problema que está preocupando e bastante, toda a população da cidade.

Se no final de outubro eram 192 casos com esses 52 registrados neste mês, já totaliza 244. Essa diferença de 52 casos representa um aumento de 27% em 16 dias. Ou seja, em novembro foram registrados 3,15 casos novos por dia.

Por isso, o município está estruturando uma verdadeira força-tarefa multidisciplinar visando a orientação aos cidadãos sobre como se prevenir contra acidentes com escorpiões. A previsão é de que o plano seja colocado em prática a partir da próxima segunda-feira, dia 23.

A união a ser feita entre Secretarias se faz necessária devido ao fato de que, entre setembro e novembro, período de procriação do aracnídeo, ele necessita de mais alimento, por isso aparece mais. Entretanto, no tocante aos acidentes registrados, houve queda do ano passado para cá, embora a média dos últimos seis anos se mantenha em nível que demanda extremos cuidados.

“A equipe da Saúde está muito preocupada, aqui no município e distritos, com a incidência de escorpiões. Então, foi feito um planejamento envolvendo várias Secretarias, para que conjuntamente possamos desencadear algumas ações para tentar diminuir o aparecimento deste animal peçonhento”, disse a secretária Silvia Elizabeth Forti Storti.

Ao longo dos últimos seis anos, os números registrados pela Diretoria de Vigilância em Saúde mostra uma média de acidentes que, embora decrescente, inspira extremos cuidados.

No ano de 2010, Olímpia teve 331 acidentes com animais peçonhentos; em 2011 foram 255; em 2012, 298; no ano de 2013, foram 336 acidentes, em 2014 foram 268, e neste ano, tabulado até dia 16, segunda-feira, foram registrados 244 atendimentos.

“Em termos de acidentes, este ano tivemos uma queda, mas isso não significa que nós não estamos preocupados. Nós temos que evitar cada vez mais os acidentes”, enfatiza Silvia Forti.

MAIOR NÚMERO NO SANTA IFIGÊNIA

De acordo ainda com a Diretora de Vigilância em Saúde, Maria Carolina de Almeida Secchieri Mirandola, o bairro onde no momento há maior incidência de escorpiões é o Jardim Santa Ifigênia, na zona norte da cidade, aliás, por onde começará a operação. Em seguida vem o Jardim Santa Fé e depois a região central onde estão os bancos e grande parte do comércio da cidade.

Outro ponto de preocupação é o Jardim Luiz Zucca, conhecido popularmente por Cohab II, na zona sudeste. O Jardim São José, na zona sul, é o de menor incidência, por hora, com apenas três notificações em novembro. No entanto, não foram divulgados os números de outros bairros.

O trabalho a ser desenvolvido será centrado na orientação sobre como prevenir o aparecimento de escorpiões e os acidentes decorrentes. Quanto à limpeza de áreas e quintais, eliminando os criadouros, a responsabilidade é de cada cidadão ao redor, segundo a secretária Silvia Forti.

“A Saúde trabalha com a parte de orientação e prevenção sobre como evitar o acidente. Já quando houver algum terreno que o cidadão queira que se faça a limpeza, deve procurar a Secretaria de Finanças, fazer o requerimento, e aguardar o Fiscal de Posturas”, orienta Silvia Forti.

Quanto à aplicação de veneno contra o escorpião, Silvia Forti explica que ele só vai matar se tiver contato direto com o animal. Se não, isso leva o escorpião a se desalojar de onde está o veneno e se alojar novamente, e estes lugares podem ser a casa, as roupas, os sapatos, as frestas nas paredes, etc.

MARCAR PRESENÇA

Para o secretário de Finanças Cleber José Cizoto “pode estar havendo um desequilíbrio e é sempre responsabilidade do Poder Público agir. E se for uma ação coordenada, orquestrada, tanto melhor”. “Não é um problema de fácil solução. Por isso tem que haver uma ação única”, completa.

Trata-se de um problema que o município “tem obrigação de fazer isso”, na opinião do diretor-superintendente da Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental, Marco Antonio Parolim de Carvalho: “Tem que marcar presença em todos os bairros”, sugeriu.

No âmbito da Educação, o trabalho já foi iniciado nesta semana, com palestras de orientação aos diretores de escolas, feitas por um técnico do setor, no sentido de que manter a escola limpa, livre de entulhos, observar rachaduras em paredes, cobrir ralos, etc., são medidas fundamentais para evitar o aparecimento do animal.

“São ações conjuntas, nas quais cada um tem uma parcela de responsabilidade e atuação. Por isso nos unimos (secretários) para desencadear esse projeto”, explica Silvia Forti.

Estarão envolvidas neste trabalho, além da Secretaria de Saúde, também a de Obras, Engenharia e Serviços; Planejamento e Habitação; Educação; Finanças, de Governo, e Daemo Ambiental. Todo organograma de trabalho foi traçado em reunião entre estas Secretarias, na tarde de segunda-feira, 16 de novembro, na sede da Daemo Ambiental.

 
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