25 de fevereiro | 2007

Tenente afirma que vai apurar acusações falsas contra PMs

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O tenente Duran, responsável pelo comando do policiamento militar da cidade de Olímpia, afirmou na manhã de ontem, sexta-feira (23) desta semana, que vai apurar o que classifica de falsas acusações contra os policiais militares, que estão sendo apontados pela família do adolescente WLB, de 17 anos, morador no Jardim Hélio Casarini, como autores das agressões que sofreu.

"Realmente estiveram aqui a mãe e uma parente próxima do rapaz. Já foi conversado com eles, não foi registrado nenhuma queixa aqui na Polícia Militar. Foi registrado sim na Polícia Civil e com certeza a documentação segue cópia pra gente para apurar responsabilidade. Mas pelo que nós já apuramos, conversamos com todos aqui, esse menor se envolveu em vias de fato durante o dia, o pessoal fez a ocorrência, conduziu, à noite voltou no local, fez de novo e no fim alguém tem que ser culpado e sempre é a Polícia Militar que tem que pagar o pato", declarou durante o programa policial da Rádio Menina AM.

"Isso a gente entende porque os policiais militares estão diretamente à frente das ocorrências. Falam alguns nomes também que as pessoas nem estavam de serviço. As pessoas jogam nomes ai, ao vento, e acusam falsamente. Isso também a gente procura até responsabilizar essas denúncias caluniosas que podem vir a surgir", acrescentou.

O tenente reforça a informação anterior de que o adolescente brigou dentro do baile de carnaval e foi retirado pelo corpo de segurança e confirmou que o mesmo estava embriagado: "é a ‘marvada’ (sic) pinga. Ele se envolveu em briga durante o dia, durante a noite e essas lesões que possam ter surgido no mesmo, ele quer imputar a policiais. Isso tudo vai ser apurado, vai ser instaurado um inquérito policial aqui também, pela Polícia Militar".

Sobre o comentário que a própria namorada do adolescente ter testemunhado que ele tentou se autolesionar, o tenente falou: "Exatamente, pra você ver como a idoneidade das pessoas é duvidosa. Deu trabalho. Inclusive juntou-se com outros indivíduos que também estavam por lá, chamavam os policiais pra briga, teve que ser contido e conduzido para a delegacia". Sobre se a intenção do menor não seria brincar o carnaval falou: "Não foi, foi pra estragar a festa de todos, até porque o baile foi encerrado um pouco antes lá, estragou a festa de alguns que estavam presentes".

Na polícia civil, segundo a imprensa local, a delegada assistente, seccional Silvana, que veio de Barretos na quinta-feira à tarde, descartou a possibilidade de que as agressões teriam sido praticadas por policiais civis, conforme até chegou a ser ventilado pela família.

Na tarde de ontem, sexta-feira, 23, a reportagem desta Folha esteve na Delegacia de Polícia para verificar a ocorrência que teria sido registrada contra os policiais militares, mas a informação obtida é a de que houve apenas uma queixa dos familiares e que o documento já havia seguido para Barretos.

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