Um terreno baldio, localizado no prolongamento da avenida Aurora Forti Neves e bem próximo ao Parque Aquático Thermas dos Laranjais, pode estar sendo utilizado para despejar restos de animais mortos. Pelo menos isto é o que foi visto no final de semana passado pelas pessoas que passaram pelo local que serve de acesso a turistas que visitam o clube.

Consta que este animal, as pessoas que viram não conseguiram identificar se seria um bezerro ou um cachorro grande, permaneceu no local desde a quinta-feira (07), feriado de Corpus Christi, até a segunda-feira (11), quando foi retirado por funcionários do pátio da prefeitura, avisados por uma emissora de rádio local.

E a possibilidade é muito grande de que isso venha ocorrendo constantemente e isto pode ser depreendido por imagens registradas na terça-feira (12) pela reportagem desta Folha, mostrando 18 unidades de aves chamadas popularmente de urubus.

Urubu, segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, é a designação comum às aves catartidiformes, catartídeas, de cabeça pelada, que se alimentam de carnes em decomposição.

A reportagem conversou com diversas pessoas que passavam pelo local para acesso ao Thermas ou para suas caminhadas nos inícios de manhã ou finais de tarde.

No entanto, embora confirmassem que realmente o local vem sendo usado quase que rotineiramente para o despejo de restos de animais mortos, estas pessoas solicitaram que não fossem identificadas pela editoria desta Folha.

"É que de vez em quando vão desovar animais mortos e nesse dia tinha um animal muito grande. Ou era um bezerro ou um cachorro muito grande e os urubus estavam todos nele ali amontoados", contou uma destas pessoas que passavam pelo local.

Porém, há de ressaltar que depois que um locutor de uma das emissoras de rádio ligou para o pátio e comunicou o responsável, funcionários da prefeitura foram ao local e promoveram a retirada desse animal morto que lá permaneceu por cinco dias, até mesmo em razão do ponto facultativo municipal da sexta-feira (08), decretado pelo prefeito Luiz Fernando Carneiro.

E o quadro relativo àquele terreno chega a ser preocupante até mesmo em razão da quantidade de urubus que se encontram no local. No momento estavam 18 deles assentados sobre o outdoor da Associação dos Hotéis e Pousadas de Olímpia (AHPO) e pelo menos mais de uma dezena também no chão ao lado. "É difícil a semana que não tem um animal morto lá. Um animal ou alguma coisa de carniça e que chama a atenção dos urubus", comentou outra pessoa que também passava pelo local.

No entanto, outro problema pode estar atingindo aquele terreno e que pode ser considerado bastante crucial, caso seja confirmada a veracidade dos fatos contados por moradores cujas residências ficam ao lado daquele terreno.

Consta ser também bastante comum pessoas irem até ao local e despejarem seus lixos como se ali fosse um verdadeiro aterro sanitário.

Os moradores, pessoas simples que residem na avenida do Folclore, contam que muita gente procura o local para jogar lixo doméstico que, em caso de chuva pode ser carregado para o leito do Olhos D’água ou no caso de um trabalho de aterramento, serem soterrados e poluírem diretamente o solo do local.

Na terça-feira, quando esteve no local, a reportagem desta Folha verificou que havia sido feito um trabalho parecido com uma terraplenagem no local que fica há cerca de 50 metros de distância do alambrado da divisa do estacionamento do clube e, oficialmente é utilizado com permissão da prefeitura para a colocação de entulhos e restos de construção, embora, como pode até ser verificado na imagem registrada, também recebe galhos e restos de podas de árvores.