A troca do nome do paciente em um raios-X acabou complicando a situação do mecânico olimpiense, Paulo Roberto Campos, que sofreu um acidente de carro e, segundo sua esposa, teve que aguardar correção do erro para poder fazer uma cirurgia já internado na Santa Casa de Barretos. Tudo isso pode ter causado sua morte na quarta-feira, 27, por volta 21h30 quando teve uma parada cardíaca, na Santa Casa de Barretos.

Paulo ficou internado por quatro dias no hospital de Barretos. Ele se envolveu em grave acidente na tarde do sábado, 23, quando dirigia um veículo Volkswagem Santana, ano 1990, placas BZS 0405 pela via de acesso Guerino Bertoco (que liga a rodovia Assis Chateaubriand à Usina Cruz Alta) e por motivos ainda a ser esclarecidos acabou capotando o veículo.

Ele foi socorrido pelo corpo de bombeiros e levado para a UPA onde foi submetido a exames de raio X e no Boletim de Ocorrências da polícia foi anotado que teria ficado constatado que teria sofrido fraturas nas costelas.

Pela gravidade dos ferimentos, o mecânico teve que ser encaminhado para a Santa Casa de Barretos, onde teve que passar por cirurgias e ficou internado na UTI – Unidade de Terapia Intensiva do hospital, até às 21h30 da quarta-feira, 27.

No entanto, sua esposa, Teresa Aparecida Graça Campos, compareceu na Delegacia de Polícia no início da tarde de terça-feira, 26, declarando que no dia do acidente Paulo deu entrada na UPA local, desta cidade, onde foi feito um Raio-X , constatando que havia uma fratura na “bacia” e, em razão da gravidade dos ferimentos, foi transferido para a Santa Casa da cidade de Barretos .

Consta também no B.O. que Teresa contou que ao ser consultado por um médico que estava de plantão no hospital daquela cidade, verificou-se que o nome que estava impresso no Raio-X não era dele. O médico plantonista de Barretos, então, teria ligado para a UPA para saber sobre o referido exame, oportunidade em que foi informado de que o nome impresso realmente estava errado, contudo o exame realmente pertencia a Paulo.

A esposa acrescentou ainda na polícia que o mecânico necessitava fazer uma cirurgia com urgência e esta acabou sendo adiada até receber o resultado do Raio-X com o nome correto e que por esta razão estava solicitando o registro do fato.

De acordo ainda com informações extraoficiais, a informação obtida no hospital era a de que era um milagre ele ter permanecido vivo por quatro dias e que o exame que chegou até Barretos estava com o nome de uma mulher e, em razão disso, o médico plantonista teria deixado de dar o prosseguimento devido em seu atendimento.

Paulo Roberto Campos, 61 anos, morava na rua da Coleirinha, na cohab 1, era casado com Thereza Aparecida Graça Campos. Deixa dois filhos, Patrícia e o Gustavo e o seu enterro foi marcado para as 16h30 de quinta-feira, 28, no cemitério São José de Olímpia.

“O VEIO ERA TOP!”

Logo pela manhã, na quinta-feira, 28, pelo Facebook, eram várias as manifestações de solidariedade não só de olimpienses que há quase meio século estavam acostumados a utilizar os serviços do mecânico, mas, também de pilotos e da empresa em que era preparador e, como tal participava de várias competições automobilísticas.

Da equipe tinha a seguinte mensagem: “Perdemos nosso preparador… muito triste!
GP Campos Racing e Equipe Zebra Motorsport de Luto e coração partido!!! O veio era Top. Sr. Paulo Campos “Veio do Rio” descanse em Paz”.

Do piloto Marcelo Zebrinha: “ Veio… já estou com saudades de você mandando eu entrar na pista e ganhar na geral!!!”.

De Roberto Marchetti: “O céu está em festa com a energia incansável e a garra dele gritando na saída do Box em Interlagos batendo no teto do carro pau neles Betão. Ao Gustavo (filho de Paulo) desejo força no momento da passagem do nosso amado veio”.