O vice-prefeito Luiz Gustavo Pimenta (foto), que acumula o cargo de secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, ficou responsável por acomodar as famílias. A informação foi passada pelo prefeito Eugênio José Zuliani durante a reunião com o sem teto na quarta-feira, dia 20, em seu gabinete. Ora se fala em oito, ora em cinco famílias, que a Assistência Social pagará o aluguel de forma temporária.

Ao ser questionado se foi a melhor solução para o problema: “Entendo que sim. O próprio movimento decidiu que muitas tinham lugar para retornar, que poderiam se abrigar com familiares e essas famílias que não tem condições de retornar aos imóveis que estavam habitando (antes das invasões) e pagaremos o aluguel temporariamente, durante três ou quatro meses, desde que elas frequentem os CRAS para que possam se preparar pra no futuro elas mesmas pagarem seus aluguéis”.

Também de acordo com o vice-prefeito, a situação de cada família será estudada caso a caso para decidir onde poder abrigá-las. “Essas famílias foi o próprio movimento que nos informou os nomes”, reforçou o secretário municipal.

Também de acordo com Pimenta, já está marcada uma reunião para o dia 22 de setembro, já com a associação composta. Por outro lado, ele espera que a partir de agora acabem as invasões de áreas públicas.

DEFICIT HABITACIONAL

A população sem teto, ou seja, que vive de favor ou paga aluguel, mesmo que com muitas dificuldades, pode passar de 12 mil pessoas, ou seja, aproximadamente 24% do total de habitantes de O­límpia.

Para chegar a esse total de habitantes (12 mil) basta considerar a média de quatro pessoas por família – geralmente as mais simples e carentes tem uma quantidade maior de pessoas – e comparar com o total de pouco mais de 50 mil habitantes contados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), durante o Censo de 2010. Já em relação à média de quatro pessoas por família, é a mesma utilizada pelo órgão do Governo Federal.

De acordo com Luiz Gustavo Pimenta, foram feitas 3,6 mil inscrições para as casas do Jardim Residencial Harmonia, na zona leste, que foram entregues recentemente, pouco mais de 700 unidades. “A demanda é mu­ito maior”, disse fazendo com­paração com a oferta.