DESBARATANDO O TRÁFICO!
Os denunciados possuem relação com a rede de distribuição de drogas na cidade de Olímpia e ainda integram organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Veja quem são os 24 acusados de associação para o tráfico e organização criminosa.

O promotor Rodrigo Pereira dos Reis denunciou, na quinta-feira, 17, Luiz Antônio Pereira, o “Washington Peão” e mais 23 moradores de Olímpia acusados de participação em organização criminosa e associação para o tráfico de drogas.

O Ministério Público também representou pela decretação da prisão preventiva de todos. Alguns foram presos na chamada “Operação Fio da Meada”, quando foram cumpridos vários mandados de prisão temporária e de busca e apreensão. Alguns envolvidos que foram denunciados agora já estavam presos e outros não foram encontrados.

Foram denunciados além de “Washington Peão”, mais 23 integrantes do tráfico de drogas de Olímpia. De acordo com promotor público, todos constituíram e integram pessoalmente organização criminosa, mediante associação de mais de quatro pessoas, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas as penas máximas sejam superiores a 4 anos (tráfico de drogas, roubo, lavagem de dinheiro).

Segundo o promotor, além do envolvimento dos denunciados com o tráfico de drogas (fls. 205/227), alguns deles constam como investigados e processados por crimes contra o patrimônio (fls. 161/162, 289/290), sendo certo, ainda, que em certas oportunidades, Daniela recebia os bens produtos de crimes e os guardava em sua residência, bem como foi encontrado em sua posse as anotações apreendidas. Logo, os denunciados possuem relação com a rede de distribuição de drogas na cidade de Olímpia e ainda integram organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

PRISÃO PREVENTIVA

Também o promotor de justiça, acompanhando o delegado Rodrigo Souza Ferreira, que presidiu o inquérito policial, requereu as prisões preventivas dos investigados que já tinham prisões temporárias decretadas.

Segundo despacho do promotor “a prisão cautelar é medida adequada e necessária para resguardo da ordem pública, da regularidade da instrução processual e para a aplicação da lei penal”.

Ainda de acordo com a promotoria pública “dos elementos constantes nos autos, restam presentes prova da materialidade e indícios suficientes de autoria dos delitos”.

LAVAGEM DE DINHEIRO

O Ministério Público requereu ainda, ao delegado Rodrigo Ferreira, para que dê prosseguimento, em autos apartados, às investigações quanto ao delito de lavagem de dinheiro, em especial envolvimento a conta bancária de I.A.A..

Por outro lado, o inquérito policial que investiga os acusados foi instaurado em 2017. No último dia 18 de fevereiro, uma megaoperação, envolvendo cerca de 60 policiais civis, cumpriu os mandados de prisões temporárias em desfavor dos acusados (parte deles já estavam presos cumprindo penas por outras condenações e outros não foram cumpridas).

Agora o delegado Ferreira e o promotor Rodrigo Reis representaram pelas preventivas. A decisão será do juiz da Vara Criminal de Olímpia, Eduardo Luiz de Abreu Costa. Se for favorável os foragidos, agora, se forem presos, ficarão não mais por apenas 30 dias, mas por período indeterminado.

VEJA QUEM É QUEM DOS ACUSADOS

MARLON BRENO FRANCO DE OLIVEIRA. Atualmente preso na Penitenciária de Junqueirópolis. Considerando que a organização criminosa não se alimenta só do tráfico de drogas, restou demonstrado que ele é responsável por delitos contra o patrimônio. Além disso, segundo Daniela, o caderno e anotações (com dados sobre a organização criminosa) pertencia a Marlon, seu primo (fls. 23).

LUIZ ANTONIO PEREIRA, vulgo “Gago”. Pelo relatório de fls. 157, indica que controla o tráfico de dentro do sistema penitenciário. O documento escrito por ele (fls. 20), destinado a Samuel Ângelo Mariano da Silva, vulgo “Samuka Jet”, consta instruções para que esse fiscalize os pontos de venda de drogas, indicados como “LOJAS”, demonstrando que “Samuka” tem autonomia para fechar o ponto, ou trocar o responsável.

RITA DE CÁSSIA DE SOUZA ALMEIDA, esposa de Luiz Antonio, a qual possui alcunha de “cunhada”, sendo esposa de um “irmão” da facção, é participante ativa da organização. Ela é citada nos documentos de fl. 15 e 20, onde Luiz Antonio Pereira, vulgo “Gago”, instrui “Samuka” a procurar a cunhada para receber orientações sobre o tráfico de entorpecente. Também é citada à fl. 15 – “pautas ref pé quebrado”, documentação referente a julgamento pelo tribunal do crime.

ADRIANO ARAÍ PEREIRA, irmão de Luiz Antonio Pereira, juntamente com sua irmã RENATA, assumiu o tráfico de entorpecente após a prisão de Luiz.

ANDREIA PEREIRA, vulgo “Bruxa”, após a prisão de Luiz Antonio Pereira, ficou responsável pela contabilidade e armazenamento de dinheiro proveniente do tráfico.

SAMUEL ANGELO MARIANO DA SILVA. Conforme documentação de fl. 13, é responsável por coordenar os pontos de venda de drogas da cidade, é indivíduo chave na organização criminosa (fl.20) indica que ficou responsável pela fiscalização e organização dos pontos de venda de entorpecente.

NILTON GONCALVES MAROUES. Pelo documento de fls. 13, é responsável por um dos pontos de venda de entorpecente conhecido como “loja” do bairro Santa Ifigênia, sendo que já fora preso por tráfico de entorpecente em data anterior.

DAYLON DANIEL DOS SANTOS. Conforme documento apreendido, é responsável por ponto de venda de drogas no Bairro Menina Moça, sendo bairro de sua residência.

EDSON RODRIGO DOS SANTOS – Também consta à fl.13 a indicação de que é responsável por ponto de venda de droga no Bairro Santa Ifigênia, sendo com ele encontrado anotações referentes ao tráfico quando preso anteriormente.

ALEX SANDRO DE CASSIO DE SOUZA E SILVA. Responsável pela venda de drogas no Bairro Santa Ifigênia (fl. 13). Citado também no documento de fl.15, referente a Pauta do Tribunal do Crime Organizado “Pautas Ref Pé Quebrado”.

RENAN CRISTIANO DE OLIVEIRA – Responsável pela venda de drogas no Bairro São José (fls. 13).

TIAGO DANIEL CORREIA DA CUNHA – Proprietário de ponto de venda de droga no bairro Santa Ifigênia, (RDO 900047/2018), mencionado no documento apreendido à fl. 13, como Safira.

DAIVID DA SILVA. Tem envolvimento com organização criminosa PCC, é responsável por gerenciar a “Rifa” na cidade de Ribeirão Preto.

MARCIO ALVES MIRANDA. Possui alcunha de “Marcim Gordo”, referente ao RDO 110550/2017.

WILLIAN APARECIDO AMARO – Qualificado no documento presente na fl. 15, referente a Pauta do Tribunal do Crime Organizado “Pautas Ref Pé Quebrado”. Identificado como alcunha “Lambari” conforme RDO 829/2019.

PAULO HENRIOUE MAROUES – Qualificado no documento presente na fl.15, referente a Pauta do Tribunal do Crime Organizado “Pautas Ref Pé Quebrado”. Ostenta alcunha de “IR MONSTRÃO”, RD0161/2015 DP Lavinia, indica participação na organização PCC.

ALEXANDRE DE SOUZA E SILVA – Qualificado no documento presente na fl. 15, referente a Pauta do Tribunal do Crime Organizado “Pautas Ref Pé Quebrado”. Citado como “CP Xandy”, conforme folha de antecedentes.

ROGÉRIO KAIQUE RAMOS DE OLIVEIRA – responsável pela venda de entorpecentes no bairro Santa Fé (fls. 13 e 21).

HENRIQUE LEANDRO JERVAIS – É responsável pela venda de entorpecente no bairro Santa Ifigênia, sendo que ganhou destaque na facção chegando a comandar propriedade rural com depósito de drogas (RDO 921/2019).

TAINARA DE OLIVEIRA CAMARGO. Namorada de SAMUEL e filha de DANIELA.

CARLOS HENRIQUE NUNES PEREIRA. Mencionado em duas oportunidades (fls. 13 – Kaique).

LUNIKER DOUGLAS PEREIRA LUIZ – mencionado como “pauta ref. Pé quebrado. Integrante da organização sob a alcunha de Gordinho da Falcon (fls. 15).

PAULO ROBSON FAUSTIONI, vulgo “Paulo Rob”- responsável pela venda de entorpecentes na cidade de Guaraci e que também foi mencionado na documentação apreendida.