26 de outubro | 2020

Zanolli propõe a discussão dos problemas com a população para encontrar soluções

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GOVERNO PARTICIPATIVO!
É preciso acabar com a cultura de que o errado
são os outros. Todo mundo é humano.
Candidato reclamou de ataques que vem
sofrendo do gabinete do ódio. Não é preciso
trabalhar com a mentira para denegrir os oponentes.

 

“Não é preciso utilizar a mentira para denegrir o oponente”. E, “Quem tem medo de pergunta é porque não tem resposta”. Com a primeira frase, o advogado, jornalista e artista plástico, Willian Zanolli, candidato do PT, iniciou sua apresentação na sabatina a que se submeteu no programa “Cidade em Destaque”, na quinta-feira, 22. Já, a segunda ele usou para concluir a sua participação no programa.

O candidato começou reclamando dos achaques que vem recebendo na internet por parte do chamado gabinete do ódio e anunciou, inclusive, que entrou com medida judicial contra um de seus integrantes.

Em certo trecho de suas assertivas, destacou que “é preciso acabar com a cultura de que o errado sempre são os outros. Todo mundo é humano!”, afirmou.

Zanolli elegeu, além da Saúde, a economia pós-pandemia como o principal problema que Olímpia deverá enfrentar. E aí pretende discutir com empresários, comerciantes, prestadores de serviço e proprietários rurais, uma saída para enfrentar a crise que se avizinha. Ou seja, implantar realmente um governo participativo, alegando que “trabalhador são todos aqueles que, de uma forma ou de outra, produzem algo que ajudará na sobrevivência de todos”.

Veja o resumo das declarações do candidato.

Quem é o candidato e por que está candidato?

— Iniciando sua apresentação, Zanolli, se solidarizou com os familiares do Wadão e com as vítimas de Covid-19 e disse que se candidatou, mas que é contra a realização das eleições neste momento de pandemia porque as campanhas estão colocando as pessoas em risco.

-— Destacou que sempre foi atuante a favor do desenvolvimento da cidade, procurando os meios legais pra isso como o fim do nepotismo, evitar a lagoa de tratamento de esgoto perto do Thermas, evitar o corte de árvores na praça.

— Já foi garçom, trabalhou com vendas, propaganda e marketing e terminou executivo de uma multinacional francesa. Fez diversos cursos de especialização em administração e cultura, é artista plástico, advogado e jornalista, enfim, nunca parou de buscar o conhecimento e é justamente na tentativa de compartilhar e utilizar o que aprendeu em benefício da população da cidade em que nasceu é que está se candidatando ao cargo de prefeito. E também pela renovação.

Está sofrendo ataques na internet.

—- Tem sido alvo de ataques e fake news, dizendo que poderia ter se vendido para o atual prefeito. Entrou com interpelação judicial contra um membro do gabinete do ódio, Felipe Zacharias, porque ele faltou com a verdade e seu grupo tem usado mentiras pra denegrir a imagem dos candidatos.

-— Ainda, em suas palavras iniciais, citou que o Gustavo Pimenta não teve as contas aprovadas como presidente da Câmara. Falou que o prefeito Fernando é técnico e se afastou da população. Que a saúde precisa melhorar, mas não pode dizer que ele não fez nada.

— Temos que mudar hábitos na política, de achar que todo mundo é ruim e só o seu é bom. É preciso manter o que foi bom de governos anteriores sim. Um plano de governo é algo elástico que direciona o candidato, mas pode ir mudando à medida que é necessário, de acordo com o orçamento, do que as pessoas precisam e o Flávio parece que não sabe disso.

—- A estrutura para coleta seletiva e reciclagem, por exemplo, está pronta. A Daemo tem tudo, falta implementar um programa, uma cooperativa pra gerar renda e cuidar do meio ambiente.

Qual o principal problema de Olímpia? E como espera resolver?

— O principal problema de Olímpia e do Brasil é o desemprego por causa da pandemia, principalmente. Não tem que se preocupar com busca de novas indústrias só, tem que olhar para o comércio local, o poder público tinha que estar mais preocupado para financiar e ajudar os comerciantes, que estão passando por grande dificuldade. Agronegócio também está passando por dificuldades porque o consumo vai cair automaticamente, então o poder executivo tem que amparar esses trabalhadores. Não é trabalhador só quem trabalha na indústria. Tem que ter olhar macro.

Proposta para cultura, eventos e Folclore?

— Em Olímpia, a cultura é entregue pra grupos, para pessoas que não foram eleitas. Isso não vai ter no meu governo, nem vereador que trai a população e vai assumir secretaria. Vamos fazer um catálogo de artista, de artesãos, cantores de todos os estilos musicais, para alavancar projetos culturais que atendam as necessidades que o turista e a população têm. Queremos oferecer cursos de música, pintura, teatro, porque o ser humano precisa disso, não só de formação profissional, mas também de formação pra vida.

Quais os projetos para a área da Saúde?

— Está fragilizada, temos uma capitania lá, com vereadores e ex-candidatos tomando conta. Vamos procurar alguém técnico que tenha olhar mais humanitário. O meu principal projeto vem ao encontro com o que o Dr. Nilton deixou pra gente, que é fazer parceria com instituições de ensino de medicina e área de saúde pra termos bons alunos trabalhando com a gente. Temos médicos que faleceram e precisamos de novos médicos, estamos defasados. A atuação deles tem sido bem-vinda na Santa Casa e na UPA, então temos que estender isso para os bairros, para as unidades de saúde.

Privatização do Daemo e subsídio ao transporte?

Se eu fiz uma campanha “o Daemo é nosso” não tenho como privatizar o Daemo. É um departamento rentável, precisamos melhorar o que é bom, acabar com cabide de emprego e não privatizar. O transporte teria que subsidiar sim, não vejo grande dificuldade, só precisamos ver se cabe no orçamento e acho até necessário, porque num tempo de pandemia é uma forma de você repassar um dividendo pro trabalhador que tá passando por dificuldade e precisa trabalhar.

O que planeja fazer na área da educação?

— Precisamos trabalhar a formação dos professores, primeiro. Distribuir melhor o dinheiro do Fundeb para poder valorizá-los. Também vamos melhorar o processo seletivo, não considerando só currículo, mas também conhecimento técnico e vontade de ensinar, através de demonstrações em aulas-práticas pra ver se sabe ensinar.

Quais as propostas para o setor de emprego e renda?

— Cargo comissionado vai passar por critério técnico. Em Baguaçu temos a usina e em Ribeiro é vocação agrícola, então nós vamos chamar os donos dos resorts, dos parques aquáticos para fazer com que esses produtores possam apresentar, vender seus produtos nos espaços turísticos para beneficiar os pequenos empreendedores.

— Os Distritos Industriais, o I está abandonado, o II está meia boca e o III tem um monte de espaço vago. Então, antes de se falar em novo, precisamos avaliar os já existentes pra procurar pessoas que possam ocupar esses espaços vagos, renegociar terrenos. Temos boas estradas pra logística e escoamento, temos a nossa população e temos os turistas e nós precisamos mostrar pra essas empresas esse potencial que nós temos pra gerar emprego e não só ir atrás de grande indústria. Só depois disso tudo ocupado é que vamos atrás de um novo distrito se for necessário.

Qual o seu projeto para o turismo?

— Só uma pessoa fora do planeta que não vê a contribuição do turismo pra nossa cidade. Precisamos que o Turismo e o prefeito estejam mais próximos da população. Quem paga a estrutura básica da cidade, água, esgoto, asfalto é a população e, por isso, precisamos que eles estejam mais inseridos e usufruam disso. Vamos procurar o setor pra ampliar esse potencial de geração de empregos e tentar convencê-los pra que eles acrescentem nos valores cobrados na hospedagem e nas atividades, por contra própria, quantia a ser repassada para a cidade. É inconstitucional implantar qualquer tipo de taxa nesse sentido.

Quais os projetos para o esporte?

— Eu vou acabar com a maioria dos cargos comissionados, diminuir verba de gabinete, verba de publicidade, pra investir na meninada, em projetos dos mais diversos esportes e auxiliar para que participem de competições que elevem a representatividade da cidade.

Quais os projetos para o meio-ambiente e causa animal?

Nós temos que reconhecer o que foi feito. O que falta é a falta de disponibilidade política pra fazer funcionar. Tudo o que o outro candidato fala que vai fazer já tem, só falta fazer funcionar. Então, nós vamos colocar em prática coleta seletiva, reciclagem, vamos cuidar da causa animal. Era uma tristeza o Canil do Eugênio, agora foi feito um espaço muito melhor, mas nós precisamos de mais árvores lá, não dá pra esperar a árvore crescer, vamos mudar isso em 1º de janeiro. Vamos cuidar dos rios, de recuperar as margens, oferecer mais oportunidades pra quem tem propriedade perto dos rios.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

— Não me confundam com o Arantes. Cada um tem a sua posição e eu vou respeitar todo mundo, desde que a opinião tenha fundamento e não seja de ordem pessoal. Vamos apostar no critério técnico e parar com essas questões políticas pra poder mudar as coisas a favor da população. Nós vamos ter um governo participativo, vamos procurar resolver os problemas das pessoas. Simples assim. Sobre o debate: A grande máxima é “Quem tem medo de pergunta é porque não tem resposta”.
 

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