17 de julho | 2013

Zuliani anuncia rescisão de contrato com construtora da ETA

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O prefeito de Olímpia, Eugênio José Zuliani (DEM), anunciou na terça-feira, 16, em São José do Rio Preto que rescindiu o contrato com a empresa Scamatti & Seller no valor de R$ 6,1 milhões, cuja finalidade era a complementação da Estação de Tratamento de Água (ETA), ao lado do Jardim Cecap, na zona leste da cidade, e também do sistema de captação de água do rio Cachoeira.

Consta que o prefeito alegou que a empresa “abandonou a obra” (aspas creditadas a Zuliani pelo jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto) desde a operação Fratelli – irmãos em italiano – que desbaratou um suposto esquema de fraude em licitações encabeçado pelo grupo Scamatti, de Votuporanga.

Os recursos para a obra foram liberados pelo governo federal através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2). Segundo disse o prefeito, um levantamento feito pela prefeitura, a empresa executou apenas 5% da obra. O contrato foi assinado em maio do ano passado e, segundo o prefeito, é a única obra no município que estava sendo executada pela empresa.
No entanto, ao mesmo tempo anunciou também, que a rescisão do contrato ainda não está oficializada através de publicação. O rompimento com a empresa ainda deverá ser publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), deste final de semana.

MÁFIA DO ASFALTO
Como se sabe, a administração de Zuliani é alvo de investigação aberta pelo Ministério Público Federal (MPF) de Rio Preto. Ao menos dois inquéritos civis foram instaurados para apurar eventual fraude em licitação envolvendo empresas do Grupo Scamatti para vencer obras de pavimentação asfáltica no município.

Um dos contratos, com a Demop Participações Ltda., do mesmo grupo, no valor de R$ 2 milhões, foi julgado irregular pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), logo após a deflagração da operação Fratelli. No total, Olímpia firmou pelo menos R$ 30 milhões em contratos com empresas ligadas ao grupo Scamatti.
MATERIAIS APREENDIDOS

Por outro lado, o Ministério Público Federal (MPF) não deverá ser prejudicado com a decisão da Justiça estadual que deu ao GAECO de Rio Preto, prazo até o dia 9 de setembro para devolver documentos, materiais e equipamentos apreendidos na operação Fratelli.

De acordo com uma informação do jornalista Alexandre Gama, publicada nesta quarta-feira (17), na Coluna do Diário, o MPF diz que os computadores, pendrives e tablets estão em fase final de perícia pela Polícia Federal e documentos físicos não eram de interesse do MPF durante a operação.

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