31 de outubro | 2021

E Por Falar Em……3 Novos Resorts em Olímpia

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A. BAIOCHI NETTO

Além do prestígio político dos proprietários investidores, a presença do Governador Dória na inauguração do mais novo resort da cidade, ocorrida em 2 de setembro último, bem diz do destaque que essa nova figura do empreendimento privado vem obtendo no setor imobiliário urbano nacional.

Segundo dados do FIABCI – Brasil, e a despeito de se tratar de uma nova forma de investimento habitacional, em 2018 já existiam mais de 80 resorts construídos em território nacional, abrangendo 14 estados e 39 municípios, entre os quais Olímpia já figurava.

O resort não se confunde com o ramo de hotelaria. Geralmente edificado em áreas de turismo potencial, o resort proporciona uma segunda ou terceira residência para o proprietário da unidade residencial, a qual, por essa razão, também é conhecida como “residência de férias”, criando a figura do “turista residente”. Que não se confunde com o turista visitante de um dia.

Quando a unidade residencial do resort pertence a dois ou mais proprietários, temos a “multipropriedade”, expressão utilizada pelo Governador Dória em sua locução no dia 2 de setembro.

Os reflexos econômicos para as cidades dotadas de resort são bastante positivos, proporcionando o aumento do consumo no comércio local e a demanda de serviços diversos, gerando empregos e incrementando a receita municipal. Ainda segundo o FIABCI – Brasil, a tendência do “turista residente” é fortalecer gradativamente seu vínculo com a cidade.

Consta que os três novos resorts projetados para Olímpia representam mais de doze mil novos leitos, a serem acrescentados aos números já existentes.

Temos, assim, uma nova peculiaridade para a cidade: a significativa parcela de “turistas residentes” que pode ser tida como “população flutuante”, a ser dimensionada pelo IBGE no próximo recenseamento demográfico de âmbito nacional.

Paralelamente nasce uma segunda peculiaridade, agora de caráter social: o contraste entre a multiplicação de novas unidade habitacionais destinadas aos mais bem afortunados, no campo da iniciativa privada, e a triste situação das minorias que se ajeitam em moradias precárias e casebres, localizados em áreas da periferia, ou próximas a ela, propensas à degradação urbana e que vão se eternizando à margem do progresso.

Ideal seria que, aproveitando-se este momento oportuno, a área governamental tomasse a iniciativa de enfrentar essa questão, programando medidas que possam vir a amenizar a triste situação social dos mais vulneráveis, como, por exemplo, a criação de um fundo assistencial com recursos destinados a essa finalidade. Mas, isto é assunto para outro artigo.

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