19 de julho | 2021

A vida começa a ser retomada no possível começo de pós pandemia

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“E se espera mais, que a maioria saia deste período consciente
de que a vida só é possível se obedecidas e respeitadas
algumas condições e a principal delas
é o respeito integral a natureza”.

 

Do Conselho Editorial

As pessoas não estão mais nem menos alegres que antes.

A felicidade e a infelicidade fez registro e bateu ponto na casa de muitas pessoas por várias razões ou motivos neste tempo que se abateu sobre o mundo uma das mais tenebrosas intervenções da natureza.

Por falar em natureza, segundo alguns estudiosos, a tendência é de que doravante as pessoas serão obrigadas a conviver de tempos em tempos com estas respostas negativas da mãe terra, que foi tão sacrificada em nome do mercado, do lucro.

O planeta, segundos estes cientistas e pensadores, cada vez mais irá cobrar os maus tratos que sofreu e a tendência é que de períodos em períodos a humanidade tenha que conviver com as respostas que suas intervenções destrutivas e poluidoras obrigam.

Há quem pense diverso disto e a pandemia não veio para mostrar este divórcio entre civilização e barbárie, mas acabou por delimitar os que atravessaram a barra do terceiro milênio e os que estacionaram no século dezoito.

E a questão, ao contrário do que muitos podem estar imaginando, não é nem política, mesmo que a questão ideológica tenha provocado esta divisão.

A questão parece ser de falta de conhecimento, de medo da novidade, do progresso, do avanço da humanidade na direção que a obtusidade, a falta de inteligência, a imbecilidade de alguns, repelem.

Esta parece ser a questão central, a essência da discussão. Muitos olhando pelo retrovisor do Honda Civic 2021 e sonhando que o tempo do carro de boi e da charrete é que era ótimo.

Como o mundo não anda pra trás e nem o tempo, a tendência é a de que estas pessoas vão estar ai atrapalhando o avanço da humanidade, colocando dificuldades onde não existem.

Hoje, a sociedade, considerada culta pelo padrão formal, discute a distância que separa o homem que espera a próxima missão lunar tripulada e os que apedrejam até a morte a filósofa Hipátia de Alexandria, por discordar do que pensava.

Quando o cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano, a biblioteca de Alexandria foi invadida e incendiada por cristãos que destruíram os livros que não estavam, segundo eles, de acordo com sua fé.

O Tribunal da Inquisição no Brasil ocorreu na segunda metade do século XVIII.

Ao todo, cerca de 500 pessoas foram denunciadas no Brasil, sendo a maioria acusada de disseminar o judaísmo.

Este exemplo clássico de intervenção do ser humano contrariando a lógica da evolução deixa bem claro que, mesmo que a humanidade tenha avançado em alguns pontos, muitos estacionaram suas bigas do pensamento e as deixaram enferrujar em algum lugar do passado.

E não se citou o holocausto provocado pelo nazismo na Alemanha, a tragédia que o fascismo provocou na Itália, Espanha, Portugal, Japão e mesmo no Brasil getulista, atrasando o avanço destas nações.

O país começa a dar mostras de que começa a acordar do pesadelo que foi a pandemia em termos de resultados funestos, nefastos.

As pessoas doloridas por se despedirem de entes que amavam, outras perdidas em solidão, depressivas por não se conformarem com o que viram, viveram ou ouviram falar neste período.

Outros sem lar, família, emprego, desorientados, perambulando pelas ruas e estradas do país sem direção e rumo, surpreendidos que foram pela mudança meteórica que foi promovida em razão dos efeitos da doença.

Que se tenha claro que os efeitos deste terremoto que representou a Covid-19 para a nação só poderá ser avaliado com clareza e transparência quando tudo estiver voltado à normalidade.

E a queda, os números de contaminados, somados ao número de vacinados e o aumento no nível de conscientização da necessidade de se vacinar, indicam que, se não houver desrespeito aos protocolos, pode ser que em breve a normalidade do dia a dia poderá ser retomada.

Sem excesso de otimismo, é o que se deseja para que a vida possa prosseguir.

E se espera mais, que a maioria saia deste período consciente de que a vida só é possível se obedecidas e respeitadas algumas condições e a principal delas é o respeito integral a natureza.

A natureza provou mais uma vez que cobra preços altos pela irresponsabilidade humana.

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