08 de março | 2020

As diatribes de Niquinaro, o capataz do coronel, estariam a desviar a atenção da população de coisas mais importantes?

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Parafraseando a biógrafa Evelyn Beatrice Hall e não o filósofo Voltaire que é comumente citado como autor da frase: “Posso não concordar com nada do que dizes, mas morrerei pelo direito que tem de dizê-lo”.
                                                               Mestre Baba Zen Aranes.

OLÍMPIA, …

… terra querida onde nasci e onde quero morrer (cheguei no começo da Rua Síria e descansarei onde ela termina) comemorou seus 117 anos com show de cantores olim­pien­ses e distribuição de bolo e de cachorro quente, mas sem dúvidas, não na presença de 12 mil pessoas como anunciado pela fantasiosa assessoria de imprensa do atual mandatário.

MAS ISSO, …

… não vem ao caso, embora só piore a credibi­li­da­de do governo, que teima em achar que a população é idiota e vai acreditar em fanfarronices.

PIOR AINDA …

… foi a cidade ser motivo de chacota em tudo quanto é canal de TV, em programas esportivos, pela atitude ditatorial e autoritária do presidente da Câmara que é presidente do Olím­pia FC disfarçado de diretor executivo.

“EL CAPATAZ” …

… do senhor de engenho, “El Coronel”, conseguiu levar o circo da aurora para o Estádio Teresa Bre­da, promovendo um fato inédito que chamou a atenção até da mídia internacional. Demitiu o quarto técnico em dois meses no intervalo da partida.

FOI UM FESTIVAL, …

… de gozação com apresentadores e comentaristas de renome exaltando o autoritarismo de Niqui­naro e perguntando se no intervalo do programa que estavam atuando também seriam demitidos.

E O PIOR É QUE …

… “el capataz” já vinha de uma semana de au­to­ritarismos e cenas esdrú­xulas no teatro mambembe da Aurora, quer dizer, no “Circo da Aurora”.

MAS, NEM BEM …

… tinha sido digerida pela população suas diatribes da semana do carnaval, quando tomou o microfone da mão do assessor da secretária da Educação numa reunião técnica e encerrou a sessão, Niquinaro também encerrou antes da hora a sessão ordinária da Câmara da terça-feira, 3, apenas porque na plateia estavam faixas com dizeres que considerou ofensivos à sua pessoa.

“EL CAPATAZ”, …

… talvez, tenha cometido a sua maior diabrura. Cancelou uma sessão por motivos pessoais e ainda por cima por causa de dizeres de faixas que não tinham nada de agressivo. Ao contrário, respondiam com classe agressões verbais disparadas por ele mesmo, o Niquinaro, em reuniões anteriores.

O ATABALHOADO …

… presidente simplesmente chamou manifestantes de malandros e um outro, especificamente, de presidiário.

AS FAIXAS …

… retrucavam as suas agressões e “El Capataz”, ao invés de esperar que algo de mais grave acontecesse, apenas e tão somente em razão disso, ou seja, das faixas que questionavam suas atitudes, chamou a polícia para retirar os manifestantes da plateia. E como a Polícia Militar não caiu na sua arapuca, encerrou a sessão, deixando de lado uma das funções principais da casa que dirige que é legislar. E tinha até aumento do funcionalismo carente de votação.

AS FAIXAS QUESTIONADAS …

… pelo confuso presidente, além de não terem nada de ilegal, apenas refutavam suas próprias agressões.

UMA DELAS, …

… desfraldada pelo manifestante Reginaldo Ga­ze­tta, dizia: “Quem luta pela Educação não é Malandro! Presidente desta casa, não tem ética e respeito”.

NESTE CASO …

… específico, não há como se questionar ofensa nem se fosse apenas um cidadão comum, imagine para um homem público. Pisou no tomate o Niquento.

NO CASO …

… do outro manifestante, Felipe Zacharias, a situação é ainda pior, pois este foi chamado de presidiário pelo “El Capataz do Senhor de Engenho” e mesmo podendo reagir a um injusta agressão, apenas questionou e exerceu o seu direito de cidadão de se manifestar. Escreveu em sua faixa: “Niquinha, não tenho vergonha do meu passado! Mas sim do presidente dessa Câmara! #foraniquinha”.

SINCERAMENTE, …

… as duas faixas não expressavam motivo para o encerramento da sessão, tanto que o vereador Gus­tavo Pimenta registrou Boletim de Ocorrência no dia posterior sobre a atitude de Niquinaro.

MAS, SE O NOBRE …

… leitor achar que a situação terminou por aí, vai se enganar redondamente.

“EL CAPATAZ”, …

… em sua escalada autoritária, foi muito mais além. Entrou na justiça para proibir a entrada dos dois manifestantes na Câmara nos próximos dois meses. E, ainda requer que paguem multa se o fizerem, tudo como forma de punição por terem se manifestado na plateia do circo e, inclusive, xingados pelo presidente. Tudo isso com pedido de antecipação de tutela, ou seja, uma espécie de liminar.

EL CAPATAZ …

… rebate dizendo que os ditos manifestantes estariam a serviço ou ligados diretamente ao pré-candidato a prefeito e vereador de oposição, Flávio Olmos e tinham objetivo de conturbar as sessões e isto seria motivo suficiente para que tenha feito o que foi feito.

NO ENTANTO, …

… estas circunstâncias não servem para justificar nem o encerramento da sessão e nem o processo judicial.

NÃO IMPORTA …

… quem estaria beneficiando com seus atos, ou se estes tenham intenção de se candidatar. A liberdade de expressão não escolhe quem pode ou não pode se manifestar.

SE HOUVE …

… alguma transgressão legal, esta teria que ser reprimida de outras formas menos autoritárias. Ou seja, faltou capacidade de condução dos trabalhos por parte do presidente, pois este tem pavio curto e age de forma atabalhoada. Agora, ficar judicializando coisas banais e chamando a polícia a todo instante e, no caso da última terça-feira, para nada, pois nenhuma ilegalidade e nem de imoralidade foram constatadas, é o cúmulo, do cúmulo, do cúmulo, dos absurdos. É um atentado à democracia, à qualquer conceito de lógica, à razão e à liberdade de expressão.

José Salamargo, incon­formado com o ponto a que chegou o poder legis­lativo local, composto por 10 pseudo vereadores que não exercem, nenhum deles, as suas principais funções que são legislar em benefício da população e fiscalizar a aplicação do dinheiro público. Apenas são carimbadores das vontades do coronel e omissos com tudo o que ocorre com a população. Agora, podendo ser chamados até de carim­ba­dores malucos, parafraseando a música de Raul Seixas.

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