24 de janeiro | 2021

Bolsonaro mentiu pra seus seguidores e destruiu a economia

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“Se Biden implantar políticas contrárias ao
que pregava Trump e Bolsonaro no tocante
ao combate a Covid 19, como demonstrou
no seu discurso de posse e for bem
sucedido, o efeito Dória de desgaste
do presidente será triplicado”.

Do Conselho Editorial

Quase dois anos de insensatez governamental e muitos seguidores de Bol­sonaro continuam repetindo as teses malucas que seu líder está sendo obrigado a abandonar.

O discurso de combate à corrupção com o desmonte da Lava Jato e a fritura de Sérgio Moro foi pras “cu­cuias” conseguindo um feito que nem Temer e seus corruptos experientes conseguiram.

A investigação da possível participação de seus filhos e esposa em obscuros casos de rachadinha ajuda a soterrar a bandeira da moralidade exposta na campanha eleitoral.

A aproximação com o “centrão” capitaneada por Roberto Jefersson, tido e havido como corrupto número 1 da política brasileira, transforma o Palácio do Planalto num balcão de ne­­gócios bem mais cínico e venal do que o que se afirmava combater na campanha. As inúmeras declarações infelizes sobre várias nações tornaram o Brasil um pária na comunidade internacional.

Soma-se a isto a insana guerra contra a Organização Mundial de Saúde, Organização das Nações Unidas, Acordo de Paris e outros que agora terá de retomar.

Fez campanha intensa a respeito do tratamento precoce do Covid-19 com Cloroquina, Ivermectina e outras panaceias que, de acordo com declaração recente da Anvisa não tem eficácia alguma no tratamento do SARS-CoV-2.

Quando a primeira onda de Covid-19, em 2020, chegava com força à Europa, foi espalhado pelo mun­do que a cloroquina, remédio antimalária conhecido há décadas, poderia ser um tratamento para a doença.

A base era um artigo publicado em março de 2020 por Didier Raoult que deu início à defesa do remédio em tratamentos contra Covid-19.

Didier, que era o maior defensor da Cloroquina, publicou carta no Inter­national Journal of An­ti­microbial Agentes onde admite que sua pesquisa não provava nada e que houve erros em seu estudo e que seus críticos estavam certos. 

E você, bosominion, juntamente com seu Mito, que divulgou tantas inver­dades por ai que contribuíram com o crescimento da pandemia e os aumentos significativos do número de mortes, terá que se dobrar diante da realidade ou criar novas mentiras pra justificar as anteriores.

E é exatamente isto que está fazendo, acuado pelo número extenso de pedidos de impeachment, o fato do Estado de São Paulo ter saído na frente na lu­ta contra o Covid, queda na popularidade e o fato de Biden ter assumido poder nos EUA.

Já retiraram de suas plataformas as imagens onde postava material a favor do uso da cloroquina e junto com seu Ministro da Saúde negam que algum dia tenha recomendado.

Deu marcha à ré no discurso antichina pra tentar conseguir insumos para continuar produzindo vacinas, mandou cartinha felicitando Biden pela vitória e tenta se pacificar com os órgãos internacionais que tinha rompido.

O discurso antigloba­li­zante e as teorias esdrú­xu­las de combates a direitos, destruição do meio ambiente em favor do lucro, não utilização de máscaras, Ivermectina, terra plana, escolas sem partido, nação fundamen­talista, parecem estar com os dias contados.

O terrível é a consta­ta­ção de que estas teorias toscas levaram nossa indústria e comércio ao fundo do poço e, pela reação internacional iniciada na França, levaria ou levará o agronegócio a dificuldades.

A economia brasileira, em razão da crise provo­cada pela doença, ainda não deu mostras do que poderá vir a ser o futuro do Brasil.

As empresas que se despedem e os grandes empresários que manifestam preocupações com o que poderá ocorrer com o País vêm crescendo a cada dia.

E a quantidade de mortos que o discurso da naturalização da tragédia trouxe e continuará trazendo pode, sem sombra de dúvidas, colocar esta nação entre as piores do planeta em falta de governança e respeito ao ser humano.

Se Biden implantar políticas contrárias ao que pregava Trump e Bolsonaro no tocante ao combate a Covid 19, como demonstrou no seu discurso de posse e for bem sucedido, o efeito Dória de desgaste do presidente será triplicado.

Grande parte da elite brasileira e muitos brasileiros comuns tem uma pos­tura de submissão aos Estados Unidos conhecida como “complexo de vira latas”.

Bolsonaro e os militares, em sua maioria, sempre foram lambe-botas de americanos e não será agora, em razão da mudança de presidente, que será diferente.

Vale lembrar que o primeiro embaixador brasileiro em Washington, depois do golpe de 64, Juracy Magalhães, entrou para a história com uma frase famosa: “O que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil”.

Se o marqueteiro da imbecilidade que está no poder copiava o que pode ter havido de pior e mais maléfico na história da democracia americana, não vai ter razão para não bajular o próximo mandatário que, por mais progressista que possa ser em relação à Trump, sempre se postará em favor dos interesses americanos.

Se antes este governo era apenas um vira-lata submisso, agora será um cão sarnento que rastejará e balançará o rabinho pedindo sobra de osso.

E os jumentos sem instrução ou senso de “criti­ci­dade”, como ele, terão que refazer o discurso e se co­nectar à realidade mesmo que as entranhas sintam vontade de mentir e de odiar.

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