10 de maio | 2020

Dias de medo de um futuro incerto de vida ou morte

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“Como tentar compreender o amanhã se no passado o hoje nunca ocorreu?”

Mestre Baba Zen Aranes

SENTADO NA POLTRONA …

… que recebi de presente de algumas das minhas mulheres há mais de não sei mais quantos anos, pois estes passam tão depressa, que a gente se perde na sua própria contagem, aliás, onde tenho pas­­sado a maioria do tempo pandêmico dos últimos meses, tentando entender, tentando refletir a atual situação, complexa demais para qualquer ser, mesmo os lunáticos que deixam a mente vagar em premissas para tentar chegar a in­de­cifráveis conclusões.

LIVRE DE QUALQUER …

… partidarismo político, sem resquício de esquerda, direita, nem do esquerda volver do centrão, do centrinho, ou dos “inhos” que pululam pelos corredores da obscura politicagem nacional, a confusão total começa em se querer estabelecer os cenários em nossa mente para explicar o atual momento.

VIVEMOS …

… tempos dramáticos onde se veem relatos desesperados de pessoas que perderam seus entes para um ser que se instala em nosso corpo, que, se estiver debilitado, mesmo sendo minúsculo, de ta­ma­nho invisível a olho nu, acaba destruindo tudo e fazendo com que o sujeito seja levado para aquela casa de madeira que dizem ser a última morada.

MAS, VEM AS POSTAGENS …

… no Youtube, no Whats e, utilizando fotos e dados de situações ocorridas e diz que é tudo mentira. É apenas uma gripezinha e que os milhares de caixões estão vazios, pura invenção da mídia que quer continuar destruindo o país.

MAS TEM TAMBÉM …

… os olavistas que defendem que o mero “achis­mo” é suficiente para construir verdades científicas e perguntam, como que podem colocar tantos caixões um em cima do outro, se a terra é plana? Ora, senhores, se a terra é plana e o buraco for muito grande vão despejar estes equipamentos fúnebres no espaço sideral. Vão atravessar o planeta plano que nem uma tábua.

E QUEM …

… garante que todas estas imagens de desgraça que a mídia insiste em ficar divulgando 24 horas por dia, não é tudo encenação?

EM NOSSA CIDADE …

… não é diferente. Este colunista já presenciou pessoas com terceiro grau, de boas famílias, espalhando mentiras tão des­lavadas, que a simples análise lógica demonstraria a total discrepância da realidade. Mas não. É mais fácil aceitar e construir um mundo das ideias carregado de mentiras e, ao depois, julgar a tudo e a todos, com base nestas teses enganosas. É bem mais fácil do que ficar pesquisan­do pra conferir se isto ou aquilo é verdade.

MAS VOLTANDO …

… ao momento presente, vivemos uma verdadeira dicotomia. Uma dúvida gigantesca, entre o viver e o sobreviver. Viver se o vírus deixar e sobreviver se ele não destruir todos os meios que temos de nos manter vivos.

É A VERDADEIRA …

… distopia (qualquer representação ou descrição de uma organização social futura caracterizada por condições de vida insuportáveis), onde não sabemos com certeza o que está acontecendo e contra quem es­tamos lutando. Mas podemos, como nos filmes de ficção, acabar sem ter mais as comodidades que tínhamos antes de iniciar o processo distópico des­tru­tivo que estamos começando a viver.

NINQUEM SABE …

… e ninguém consegue prever e nem afirmar com certeza o que é e quais as consequências, quais os estragos que podem ser feitos por este bichinho maldito que teima em enfrentar todos os humanos deste mundo de uma vez só.

E NENHUM …

… economista, sociólogo, filósofo, ou qualquer pensador, por mais estudioso que seja, por mais inteligente que possa ser e por mais capacidade de reflexão que tenha, consegue prever como será o dia depois de amanhã em qualquer lugar do planeta. Tudo é mera especulação, mera conjectura. O amanhã está difícil de dimensionar. O futuro é uma incógnita difícil de ser decifrada.

José Salamargo … estamos vivendo um dia após o outro. Devagar, quase parando, rezando para viver e lutando com todas as forças para sobreviver.
 

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