A. Baiochi Netto

Repercutiu favoravelmente nos meios da hotelaria e do turismo regional, a iniciativa da direção do Hot Beach em reunir em suas dependências representantes da imprensa e de agências de viagens da região, tendo por finalidade expor e divulgar as próximas metas e que abrangem a expansão do parque através de novos equipamentos e novos investimentos.

Interessante notar que a projeção de Olímpia, como centro turístico de grande porte, deve-se quase que exclusivamente a iniciativas do setor privado, mantendo-se a área pública municipal, desde o inicio desta fase de desenvolvimento turístico da cidade, alheia e indiferente a essa realidade, pouco ou nada realizando nesse sentido.

Não é falha que se atribui apenas à atual gestão. Essa omissão e indiferença pela evolução da cidade com base no turismo vem desde os tempos da administração do ex-prefeito Carneiro, passando pelos seus sucessores e chegando até aqui.

De algo mais relevante do governo municipal para o incremento da nova economia local, nada se conhece. É uma letargia total.

Felizmente, porém, empreendedores particulares vêm concretizando uma série de projetos que dão sustentação ao turismo local e vêm contribuindo para sua expansão. Além da ampliação dos programas, são empreendimentos promocionais, como este recentemente realizado pelo Hot Beach, ou de criação de novas áreas de lazer e de entretenimento fora dos limites dos parques, como o Parque dos Dinossauros, como ainda por estabelecimentos na área de serviços, que vão constituindo novos pontos de atração em Olímpia.

Por parte do poder municipal não se vê eventos promocionais, nem expansão dos serviços locais, como a superação das áreas mal cuidadas da cidade, nem planejamentos técnicos para o crescimento urbano bem ordenado.

Sob esse aspecto, a temida “taxa de turismo” incorreria em outro equívoco, segundo aquilo que se anunciou na época: não é permitido criar taxas para financiar obras públicas. As taxas devem corresponder, diz a lei, à contraprestação de um serviço já existente, como a taxa de remoção do lixo ou da coleta de esgoto.

Alfredo Baiochi Netto é advogado especialista em direito administrativo e tributário.