06 de abril | 2014

Geninho: ainda é tempo de ouvir a voz das ruas

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Do Conselho Editorial

O governo de Eugenio José neste segundo mandato tem vazado água e muita, sobra queixas e faltam demonstrações de proximidade com a sociedade.

A insatisfação em relação à administração de Geninho tem crescido em patamares que deveria incomodá-lo se é que pretende manter seu grupo no poder.

Vários focos de indignação têm mostrado sua face e vindo às ruas deixando evidente que o segundo mandato de Eugenio está caindo pelas tabelas.

Começaram timidamente as pessoas a exigirem melhorias nos serviços públicos que iam se deteriorando dia a dia depois da reeleição do prefeito Geninho.

Vez em quando um ou outro cidadão ocupava as ondas do rádio para denunciar os serviços de Saúde, que foi, sem sombra de dúvidas, o calcanhar de Aquiles da administração.

Área mal administrada, por uma técnica alheia aos problemas cruciais e à realidade que a demanda do setor exige, sem definição de políticas resolutivas ou propostas alavancadoras da necessidade de reestruturação do setor, foi levando com a barriga implantando mais do mesmo sem que nada funcionasse.

Depuseram a provedora da Santa Casa e sem cumprir o dever de casa chamaram para si outro que conforme previsto no histórico das figuras deu no que deu, pioraram o que estava bom.

A UPA nunca conseguiu dizer a que veio e é exemplo de algo recentemente instalado que dá a impressão de estar ai há séculos tamanha sua ineficiência.

E pelo setor descuidado da Saúde foram sendo geradas queixas e acontecimentos que mostraram o despreparo de Geninho que insiste em fórmulas gastas, que abriga mentalidades obtusas muito mais por compromissos eleitoreiros que por questões técnicas.

E dali veio, como crônica de uma morte anunciada, após muitas queixas por parte da população, nos meios de comunicação, e tragédias que chocaram não só a cidade, a primeira grande manifestação.

O povo da Santa Ifigênia foi às ruas e mostrou seu descontentamento com a inoperância e falta de qualidade dos serviços prestados na saúde, onde tudo é maquiagem e perfumaria, onde o básico necessário é inexistente.

Geninho, sempre alheio aos clamores populares fez ouvido mouco e manteve a incompetência parda e a política do feijão com arroz mal temperado e indigesto, após imaginar que a onda havia se acalmado.

Na hora da discussão do aumento dos salários do funcionalismo público deu um aumento vergonhoso de minúsculo e deixou de fora os aposentados, desta vez parte do funcionalismo foi às ruas para falar de sua contrariedade.

Geninho, novamente, do alto de sua arrogância, imaginou que através de subterfúgios antidemocráticos como o que sufocou a manifestação popular da Santa Ifigênia, que culminou com a prisão de Neguinho Ismael, tocou pressão no professorado e achou que aniquilou o movimento, e nada fez como nas vezes anteriores a não ser fazer discursos óbvios e vazios que não levam a conclusão alguma.

Agora encaminhou à Câmara e os vereadores atrelados a seu plano de desgoverno aprovaram um aumento do IPTU totalmente fora da realidade econômica da cidade e de seus habitantes.

O povo foi de novo às ruas, foi pro rádio, saiu novamente em passeatas, foi de novo manchete de televisão e jornal, e Eugênio não moveu um músculo da face para mostrar que pode haver a possibilidade de se mudar esta realidade e outras que seu governo criou.

Crê demais no seu discurso meia boca, deve achar que promessa de emprego enche barriga, não percebe o crescendo de insatisfação que se avoluma, e nem os vereadores de sua base.

Os movimentos não pararam, ao contrário de anos e anos de silêncio a cidade está como um tigre rugindo por direitos e Eugênio e seus nove contas do terço vão rezando ao pai nosso de cada dia e não percebem os mistérios que suas vocações para dizer amém podem estar produzindo de milagres da libertação. Apenas a décima conta deu conta de que o milagre da libertação se anuncia, e protocolou no TJ representação para mudar o jogo do IPTU.

Outra representação protocolada ontem no Ministério Público local contava com a fenomenal marca de mais de quinhentas assinaturas colhidas em menos de três dias, e outras estão sendo articuladas por ai.

Esta que colheu quinhentas assinaturas em tempo recorde dá bem a mostra de que o povo olimpiense resolveu lutar por seus direitos e como outras ações estão sinalizadas para acontecer, tudo leva a crer que, ou Eugênio recua na sua turrice e discute a sociedade pela ótica da democracia e não de suas vontades pessoais ou terá muitos problemas de ora em diante.

Nesta segunda-feira está programada uma manifestação pacífica na Câmara Municipal que sinaliza que os ânimos estão acirrados, que o descontentamento ainda pulsa, que não bastam discursos sem objetividade, da imposição, do terrorismo, do amedrontamento, é preciso acenar com a realidade, com o consenso. 

 Geninho! Ainda é tempo de ouvir a voz das ruas.

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