19 de junho | 2022

O Bruno, o Dom e a tentativa de matar em Olímpia, o que se tem em comum?

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“Quando impera o desgoverno, a insegurança e a desordem
institucional, o cidadão se fecha com os seus,
constrói trincheiras de defesa e, então, vai ao
ataque e inicia a guerra de todos contra todos”.
Mestre Baba Zen Aranes.

 

 

SEM DÚVIDAS, …

… o assunto que mais teve espaço no noticiário nacional nos últimos 10 dias foi o que dá conta dos assassinatos do indigenista Bruno Araújo e do jornalista britânico Dom Phillips.

MAS TANTO LÁ …

… como aqui, a situação deve ficar na esfera do executor, ou executores. Os mandantes e os incentivadores, com certeza, não vão aparecer e nem serão descobertos, sequer citados.

A PF (POLÍCIA FEDERAL), …

… inclusive, já informou na sexta-feira, 17,  que investigações apontam que não houve participação de organização criminosa ou de um possível mandante por trás das mortes de Bruno e Dom.

EM NOTA, …

… a PF informou que, até o momento, as investigações continuam e que, apesar de os dois suspeitos presos não terem agido através de um mandante, o inquérito ainda busca confirmar ou descartar se houve a participação de outras pessoas no assassinato. “Com o avanço das diligências, novas prisões podem acontecer”, informou.

ATÉ O MOMENTO, …

… duas pessoas foram presas: Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, e o irmão, Oseney da Costa Oliveira, conhecido como “Dos Santos”. Na última terça (14), “Pelado” confessou ter assassinado Dom e Bruno a tiros.

A CORPORAÇÃO …

… afirmou ainda que as buscas pela embarcação utilizada por Bruno Pereira e Dom Phillips continuam com o apoio dos indígenas da região e dos integrantes da Unijava (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari).

TAMBÉM EM NOTA, …

… a Unijava afirmou que “não concorda com o desfecho da Polícia Federal que afirma não haver mandante para o crime que culminou na morte de Dom e Bruno”.

SEGUNDO O …

… Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a área em que a dupla navegava é “palco de disputa entre facções criminosas que se destacam pela sobreposição de crimes ambientais, que vão do desmatamento e garimpo ilegal a ações relacionadas ao tráfico de drogas e de armas”.

O NOBRE LEITOR …

… deve estar se perguntando, porque este ser que teima em procurar chifre em cabeça de cavalo (que petulância) está querendo comparar o caso em que quase morreu queimado enquanto dormia, com o provável assassinato do indigenista e do jornalista internacional?

SIMPLESMENTE …

… por existirem dois pontos que podem se tornar coincidentes e ocorrer tanto lá como ocorreu aqui, claro, com as devidas proporções, já que lá o jornalista era estrangeiro (estava há muitos anos no Brasil e amava a Amazônia) e aqui apenas um jornalistazinho totalmente desconhecido do resto do Estado, do País e do mundo, que ama uma cidadezinha de 55 mil habitantes e dedicou sua vida a ela, denunciando abusos, evitando situações escabrosas.

ALIÁS, …

… sem comparações, mas será que teria sido dada a mesma importância para o fato recente se fosse só o indigenista e não o jornalista inglês que tivesse morrido? Para você pensar na cama.

MAS, VOLTANDO …

… ao tema, sem sair do teorema, a primeira coincidência do caso nacional com o caso local é que parece existir um acordo tácito entre todos os que trabalham nas investigações de casos políticos (seja por vontade própria ou por ingerência superior), para que não se chegue aos mandantes.

OUTRO PONTO, …

… que também pode ficar patente lá, como ficou aqui, é que, embora se esteja totalmente estampado que o crime é político e grave, pode ficar restrito aos crimes comuns. Lá, como homicídio qualificado e aqui apenas como incêndio criminoso.

MAS, PIOR AINDA, …

… é que tanto lá como cá, não dá para diminuir a influência negativa total do atual mandatário, o presidente Jair Bolsonaro e seus asseclas e o seu ideário destruidor de qualquer concepção política lógica, que leva ao dualismo político extremo, à violência e à barbárie, como os fatos que ocorreram lá e cá.

José Salamargo, realmente preocupado com o futuro, em razão das situações apontadas que estão chegando a pontos nunca antes imaginados e, ainda, com a disseminação de subterfúgios para que armas e mais armas sejam despejadas nas mãos, principalmente dos correligionários do presidente.

E o pior é a reflexão sobre o que poderá resultar de tudo isso, onde, sem dúvidas, não se pode descartar a tese principal delas que é do surgimento de uma nova sociedade baseada na chamada lei do talião, onde predomina o chamado “olho por olho, dente por dente”, que quase sempre resulta em muita violência e morte jamais vistas nesta nação, principalmente diante do clima de ódio despertado pelo esquema político do presidente e seus milicianos.

 

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