21 de dezembro | 2014

Os revezes que Eugênio sofre em começo de final de mandato

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Do Conselho Editorial

Em que pese a contínua venda da idéia de um governo sólido e confiante no seu destino, por parte da mídia comprometida até o pescoço com a administração de Eugênio José, o que se observa nas entrelinhas dos acontecimentos desfavoráveis é que Geninho tem colhido derrotas e mais derrotas.

Além de questões que não foram totalmente resolvidas da festa do peão e que continuam incomodando os bastidores, outras se avolumam e devem trazer futuras fortes dores de cabeça ao futuro prefeito desempregado.

A questão da Máfia do Asfalto que vagarosamente vai abraçando vários agentes políticos da região, e na qual consta investigação contra Eugênio, pode ser uma delas.

O fato de ter sido bloqueado o pagamento da parte construída do que seria a Nova ETA, obra paralisada que pelo correr da carruagem e da investigação poderá trazer ou não muitos transtornos, muitos abacaxi pérolas para Eugênio descascar com alto nível de acidez, que permite visualizar que aquilo que poderia ser uma boca rica e farta, venha a ser ou não, no futuro, um depósito de importunas aftas.

A questão relativa a frente de trabalho que Geninho resolveu empurrar com a barriga, por que se tratava de ano eleitoral, e acreditou nos que advogavam a idéia no mínimo rocambolesca que o Ministério do Trabalho não tinha legitimidade para fazer nada além da função fiscalizadora, virou um pepino indigesto e gigantesco que terá que ser consumido na mesa da Polícia Federal.

O que era a devolução ao INSS da ordem de quase quinze milhões que não foram recolhidos e que se transformou depois de acordo com o Instituto em pouco mais de dois milhões, se transformou em investigação para apurar responsabilidades.
Por mais que Geninho tente jogar para a população que a culpa do ocorrido deve ser debitada ao Governo de Luiz Fernando Carneiro, quando pisa no terreno da realidade percebe, que votou a favor da implantação da Frente de Trabalho quando vereador.

Mais que isto, manteve a frente em seu governo, se negou a fazer um ajuste de conduta, que manteria a frente em funcionamento e não teria trazido dores de cabeça, como parece vai trazer agora, e optou por utilizar seus conhecidos métodos prosaicos para lidar  com o mundo.

Por conta própria ou aconselhado por seus pares, já que era ano eleitoral, levou com a ajuda dos vereadores de sua base, a questão até depois do pleito, mantendo desta maneira os empregos e os virtuais eleitores, avaliando que o Ministério do Trabalho quedaria inerte diante de sua estratégia Genial.

Enganou-se mais uma vez, e terá de responder por isto, que poderá culminar em muita dor de cabeça, já que gerou enorme prejuízo ao município e alguém terá que responder por isto, e este alguém presume-se que será, ou serão, os gestores da coisa pública, na qual ele, o ex prefeito, o Secretário de Assistência Social, seu vice, e a, ou as, ex- secretarias se encaixam perfeitamente bem no perfil.

Tempos bicudos e difíceis parece estar se desenhando para Eugênio José e outros que caminham para o anonimato a menos de dois anos.

E nestas situações todas que vão brotando da máquina pública administrada sem muito zelo ou preocupação com o poder de coerção da máquina do estado, confiante da tal impunidade, saltou para o mundo jurídico mais uma situação que cheira a coisas do absurdo pelo texto que exibe.

A cidadã Monique Coradini prestou um concurso, passou em primeiro lugar, foi reprovada em um teste psicológico, não pode assumir o cargo.

Uma série de equívocos comprometeram a lisura do concurso, de acordo com a decisão do Juiz de primeira instância, e sobrou para Eugênio a decisão, com direito a recurso, que o obriga a nomear a pretendente ao cargo, e a indenizá-la por danos morais.

Não para por ai, a decisão remete os autos para o Ministério Público para investigar possível cometimento de crime de improbidade administrativa por parte do gestor público.

Mais uma indigesta melância para Eugênio deglutir depois de devorar uma feijoada, o que com quase absoluta certeza, pelos indícios demonstrados e comprovados, poderá lhe trazer incômodos que se arrastarão por anos afora pelas prateleiras dos judiciários e pelas mesas dos advogados constituídos para defesa.

Futuro muito incerto, para alguém que sabidamente daqui a pouco estará assistindo da platéia como um simples mortal o jogo sujo do poder se desenvolvendo de forma a sempre aniquilar aquele que pode representar risco.

E neste aspecto, Eugênio representa risco enorme, daqui a seis anos, se não ficar inelegível poderá pleitear o cargo novamente através da disputa eleitoral.

Quem tem memória sabe e bem o esforço desenvolvido nos bastidores e as claras por Eugênio para tornar inelegíveis Rizzati e Carneiro, este mesmo esforço, se não for alcançado pela justiça será desenvolvido pelo seu sucessor.

E como lembrou um ditador de primeiro mandato, é o prefeito que está sentado nos documentos e ele pode dar destinação a estes documentos quando desejar, eles não fogem da prefeitura, nem da Câmara.

Razão pela qual, diante das prováveis dificuldades que encontrará no futuro, se estas previsões se derem, é que Eugênio se mobiliza para fazer seu substituto, mas nem nisto os ventos parece não soprar a seu favor.

Seu favorito já levou um revés na eleição da presidência e direção da mesa da Câmara, foi tosquiado, o que indica que sua figura não aproxima, divide, o que pode ser indício de que as dificuldades podem ser maiores do que Geninho está pensando.

Ou, talvez, como nas outras situações desnecessárias que se envolveu por conselho dos próximos ou teimosa caturrice esteja insistindo na mesma fórmula que no depois demonstra que sua especialidade é sempre optar pelo pior caminho, no fundo passa a impressão de ser um menino muito mimado que não gosta de ser contrariado ou apenas um semeador de ventos que adora colher tempestades.

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