31 de março | 2013

Será que as telhas que cobririam o estacionamento da rodoviária saberiam voar?

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PARECE …

… que foi ontem. Mas já se vão apenas 33 anos da primeira edição deste semanário. Esta é a edição de número 2102 publi­cada neste quase meio século de existência.

FORAM MUITAS, …

… as batalhas. Foram muitos os momentos em que os problemas pareciam insolúveis. Foram muitas as vezes em que o sentimento de cansaço e de falta de esperança de que Olímpia poderia mudar e crescer quase se abateram sobre o dorso platônico do colunista.

MAS, AO …

… contrário de desistir, este caçador de moinhos de vento, junto com seus vários escudeiros, mesmo com ameaças, perseguições, verdadeiros trabalhos de bastidores visando desestruturar as bases da empresa e, principalmente, calar a boca de seu editor, continuou, conseguiu romper a barreira do tempo; passaram-se mais de três décadas e as milhares de residências de Olímpia continuam a receber este pequeno mas ins­tigante pedaço de papel cheio de letrinhas que tentam traduzir os fatos, mas, principalmente, sempre com a intenção de não deixar que sua população seja dominada pela lavagem cerebral que todos os ditadores sempre querem impingir, como forma de dominação.

FOI DIFÍCIL …

… fazer uma sociedade inteira, acostumada aos velhos chavões dos tempos da ditadura, como “fale bem de sua cidade”, entender que a realidade não poderia continuar a ser viciada, manipulada para varrer toda a sujeira para debaixo do tapete.

O PRIMEIRO …

… processo veio poucos anos depois. Depois vieram outros. Levando o jornalista, sempre em busca do conhecimento, já chegando aos 40, buscar uma escola de direito para evitar os riscos de se atingir alguém, para entender melhor seus deveres, para poder lutar mais pelos próprios direitos da cidade que o viu nascer.

JÁ SÃO 33 ANOS …

… de existência, de circulação ininterrupta, mas, com certeza, seja de papel, ou seja eletrônico, ainda vai continuar por mais algumas dezenas de anos, só de sacanagem …

O COLUNISTA, …

… no entanto, faz questão de parabenizar todos os que colaboraram para que este jornal chegasse até aqui e perdoem aqueles que não forem lembrados: Alfre­do Baiochi Neto, Alberto Carlos Gomes Lomba, Valter Carucce, Or­lan­do Rodrigues da Costa, José Leal, Sueli Damion, Genival Aparecido da Silva, Sergio José Mar­tinussi, Luiz Alberto Tófoli, Oscar Albergaria Prado, Willian Antônio Zanolli, Luiz dos Santos (in me­morian), Marilei Barsalho, Ivo de Souza, Fábio Prado, André Luiz Spinelli Martinussi, Andreza Mar­tinussi Pinto, Wilson Canevarolo, João Rodrigues Ferreira, Marcos Francisco da Costa, Antonio Car­los Beltrame, Leonardo Concon, Eduardo Lucas Lopes, Paulo de Tarso Pereira, Cristiano Albertino, Homero Rayel Constantino, Ho­mero Rayel Constantino Júnior, Wallace Delamanha Santana, Mar­­cial Ramos, Cibele Ondei Ro­drigues, Luciana Ondei Rodri­gues, Luciane Alves, Silvio Facet­to, Adilson Hipólito, entre muitos outros, obrigado, obrigado, obrigado, a história agradece. Ah!, as mulheres do colunista (Sofia, Sueli, Bruna e agora o pedacinho de gente, Nicole) também estiveram presentes diutur­na­men­te nesta jornada.

DEIXANDO …

… de lado os “obas obas” de mais um aniversário, vamos aos fatos que aconteceram, ou estão para acontecer, nesta terra de São João Batista, que hoje abriga gentes de tudo quanto é região do país, é um fuxico só.

E AGORA TEM …

… se verificado uma verdadeira guerra de bastidores, pelos postos de poder gerados pelo turismo local.

TEM GENTE ATÉ …

… denunciando o Thermas ao DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral. É mole?

TEM GENTE, …

… que não está nem aí para a coisa e mesmo sabendo que as coisas estão encaminhadas e o Thermas está em estado adiantado para obter a sua licença definitiva, fica lançando dúvidas e querendo colocar lenha na fogueira.

ESTE COLUNISTA …

… não é partidário de aco­bertar coisas erradas, mas também não é a favor de que se façam denúncias baratas, sem fundamento, que possam colocar em risco, mesmo que momentaneamente,  o turismo local.

A SITUAÇÃO …

… de Olímpia hoje no DNPM, segundo informações, não se resume mais a apenas os dois poços que são utilizados pelo Thermas. Tem também um poço já perfurado pelo Hot Beach, mas que, embora já esteja em condições de jorrar águas quentes do Aquífero Guarani, ou Arenito Botucatu (o rio subterrâneo de águas quentes que passa em nosso subsolo), ainda não teria autorização para uso.

TAMBÉM EXISTIRIA …

… um outro pedido de lavra, ou seja de perfuração e utilização de um outro poço em um outro empreendimento que está para ser lançado no prolongamento da Au­rora Forti Neves.

O PIOR É QUE, …

… tem uma outra pessoa, que provavelmente seria um investidor da região de Goiás, que teria entrado com vários pedidos de licença de exploração do rio subterrâneo e até de lavra de diamante (não porque aqui existisse tal pedra preciosa, mas para ter direitos sobre uma extensão maior de terreno).

ACONTECE …

… que, em razão das várias denúncias de exploração irregular destas águas quentes que teriam chegado a Brasília, os fiscais do departamento (DNPM) teriam vindo fiscalizar os poços já abertos na cidade (o de dentro do Thermas, o antigo da Petrobrás, e o da Ferrasa – Hot Beat).

QUANTO AO …

… poço da Ferrasa, o colunista não conseguiu obter informações sobre o que aconteceu e nem o que os técnicos constataram, já que além de não ter conseguido contato com os responsáveis, pelo adiantado da hora em que o jornalista tomou conhecimento da informação, o poço perfurado no final da rua João Pereira dos Santos é totalmente fechado com muros e cerca elétrica.

NO POÇO DA …

… Petrobrás, que ainda é aproveitado pelo Parque Aquático Ther­mas dos Laranjais, ao que se informa, não houve nenhuma manifestação contrária e nem foi lacrado ou interditado (como queriam os denunciantes); o mesmo ocorreu com o poço que existe dentro do próprio parque aquático.

OS FISCAIS …

… chegaram a vistoriar também se o Thermas estaria cedendo água para o Resort, pois isto também teria sido motivo de denúncias que chegaram ao departamento em Brasília.

PARA TRISTEZA …

… dos denunciantes, segundo o informante deste colunista, também não teria sido constatada nenhuma irregularidade.

MORAL DA …

… história, não foi desta vez que a guerra pelo poder de alguns que pensam apenas no próprio umbigo conseguiu tirar dos trilhos o nosso atual bonde da história, o cavalo arreado que passa, ou seja, o turismo.

SEM TERMINAR …

… mas quase acabando, chegando ao fim, um leitor perguntou ao colunista se este sabia qual seria a razão da cobertura do estacionamento dos ônibus da rodoviária estar sem ser colocada por tanto tempo, já com suas telhas acumulando sujeira e mato.

CLARO, …

… sem poder ir direto na fonte (já que o governo Eugênico não dá informações para esta Folha), temos que correr pelas beiradas.

PRIMEIRO, …

… ainda “in modus especu­lan­dus”, a possibilidade seria a de que a mudança de direção da Prodem teria atrapalhado a situação.

MAS, AO DEPOIS, …

… pela dialética socrática, saindo pelas ruas da Olímpia ateni­ense, chegou-se a um conceito pró­prio de Sherlock Holmes: elementar meu caro Watson, as telhas podem voar.

TRADUZINDO,…

…de acordo com um observador mais estudado, veio a especulação de que alguém teria aler­tado aos dirigentes que a tal cobertura, ao ser colocada da maneira em que estava previsto, não suportaria a pressão do vento, mesmo não atingindo velocidades espantosas e, mesmo sem asas, acabariam voando, podendo provocar ferimentos ou mesmo estragos materiais. Será.

José Salamargo … perguntando, refutando, tentando enxergar mesmo sem olhar, estabelecer conceitos, buscar a essência, a realidade para transcender aos fragmentos, chegar próximo da universalidade.

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