09 de março | 2014

Será que o nosso carnaval foi tão calmo que não teve nenhuma ocorrência policial?

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GENTE, …

… tem dia que, saindo do estado zumbi que este colunista vive, após ser contaminado pela nossa juventude que não quer mais saber de pensar (e segundo o filósofo René Descartes, a única prova de nossa existência é que pensamos), que, ao refletir, dá pra sentir me­do da situação de total desrespeito ao Estado Democrático de Di­reito.

É, COMO SE …

… vivêssemos uma realidade virtual em que tudo é bonito, tudo é maravilhoso e por detrás das câ­meras, nas reuniões secretas, nas caladas da noite, nas sombras, na penumbra, ou mesmo à luz do dia, mas escondido, as coisas andassem totalmente ao contrário.

NA REALIDADE …

… virtual vivemos um mundo maravilhoso imposto na marra, ou seja, através de técnicas usadas nos tempos da ditadura militar, ou mesmo pelo ministro da propaganda de Hitler, o grande Goebels, por exemplo e na realidade concreta, naquela que não conseguimos chegar, pois não refletimos, não pensamos, não questionamos e, portanto, nos contentamos com as aparências, com aquilo que nos mostra o lado oficial das coisas.

NÃO É PORQUE …

… não exista quem denuncie, que não tenha coisas erradas para serem condenadas; não é porque não existe processo que não ocorram crimes. As leis, no mundo virtual são maravilhosas, mas no mundo concreto foram feitas para os ladrões de galinha, pois os verdadeiros bandidos agem como se não existisse.

TODO MUNDO …

… tem certeza que a máquina pública serve para seus comandantes enriquecerem. Todo mundo sabe que a grande maioria, ou a quase totalidade, deixou a quase falência, a quase pobreza e após algum tempo passou a viver em verdadeiros paraísos. Compram até propriedades em nomes de laranja e riem nas costas dos idiotas que teimam em acreditar que lei foi feita para ser cumprida.

SE NÃO COMPRAM, …

… põem medo naqueles que deveriam por dever de ofício denunciar ou julgar. E transitam livremente pela zona de impunidade sem medo de matar criancinhas que torcem o pé e ficam dias tomando analgésico até morrerem; muito menos com aqueles que não têm remédio e nem dinheiro para comprar e se não morrem em pouco tempo, abreviam suas vidas em razão do descuido que por lei não poderia existir.

NÃO PERCEBEM …

… também que milhares de jovens estão indo cada vez mais rapidamente para o caminho sem volta da falta de perspectiva de vida e mesmo da falta de formação, via educação de péssima qua­lidade que não consegue tirar a criança e o adolescente de seu estado “zumbizante”, de quase acefalia, ou de obliteração, ou seja, de preguiça mental mesmo, pois recebem milhares de informações ao mesmo tempo e têm preguiça de processar, de questionar, portanto, de tentar ver além do mero e oficialesco mundo virtual.

E CONTINUAM …

… festejando o sucesso de sua perversa opulência e luxúria às custas do sofrimento e até da morte lenta daqueles a que deveriam proporcionar a igualdade de oportunidades prevista no Estado de Bem Estar Social.

MAS SAINDO …

… da verdade concreta e voltando para o mero mundo virtual que conseguimos enxergar, vamos aos quase fatos, ou fatídicos atos que somos obrigados a conviver.

UMA DESSAS …

… coisas que estão se tornando inadmissíveis e até certo ponto vão contra uma das cláusulas pétreas de nossa constituição que é a liberdade de imprensa, parecem ocorrer constantemente em nossa cidade, mas, pelo que se sente, atingiu um ponto que se faz necessário a intervenção de quem de direito.

EM TESE, …

… em razão do direito que a população tem de ser informado, que é contraposto pelo direito à privacidade dos particulares, a polícia, de modo geral, não pode sonegar informações à imprensa e, por conseguinte, à população, das ocorrências criminais registradas na cidade.

MAIS UMA VEZ, …

… em tese e com base na interpretação de nossa constituição que é considerada “A Constituição Cidadã”, as ocorrências policiais teriam que ficar à disposição para a consulta de qualquer um, principalmente para a imprensa a quem caberia a decisão de publicar o que de direito, sendo responsabilizada pelos excessos que vier a cometer.

POR ESTA INTERPRETAÇÃO …

… não caberia à polícia julgar se esta ou aquela ocorrência cabe ser divulgada ou não, pois aí, estar-se-ia instaurando a famosa tesoura da censura que não pode ser exercida por ninguém, sob pena de se tolher a liberdade de imprensa e, principalmente, da população de ser informada.

A IMPRENSA, …

… é quem tem a incumbência profilática de fazer valer o princípio da publicidade no direito penal, ou seja de dar conhecimento à população dos fatos ocorridos, de seguir os ditames limitadores da legislação constitucional. Se, em seu trabalho, praticar algum crime, será responsabilizado por ele, mas até que isso ocorra, ou seja, que a imprensa cometa o crime de imprensa, ele não existe e não cabe ao policial julgar e decidir o que pode ser divulgado ou não. Isso é censura e censura cheira a ditadura.

ESTE JORNALISTA …

… tinha ouvido aqui e ali, os reclamos de alguns profissionais que militam no setor do noticiário policial, mas nunca tinha tomado co­nhecimento no mundo concreto, ou seja, concretamente, fora do mundo virtual que reina nesta cidade, de fato tão notório, como o ocor­rido na última noite de carnaval.

VOCÊS NÃO …

… acharam estranho que o carnaval em Olímpia tenha sido mais calmo e tranquilo até que os das cidades pequenas da comarca?

NÃO TEVE UMA …

… ocorrência sequer nas proxi­mi­dades das praças Matriz e Rui Barbosa, mesmo com tanto barulho, burburinho falando de brigas, drogas e até o grande número de sirenes que foram ouvidas todos os dias?

ORA, SENHORES, …

… é óbvio que numa cidade com 50 mil habitantes e com pelo menos mais 15 mil visitantes, alguma coisa tenha ocorrido e que ou não foi registrado, ou as ocorrências não apareceram para divulgação.

E O PIOR É QUE …

… este colunista estava defronte sua residência na David de Oliveira, na madrugada de quarta-feira e viu quando um tumulto (pancadaria) generalizado ocorreu na esquina da David de Oliveira com a São João, exatamente defronte ao palanque montado para os shows e bailes populares.

MINUTOS DEPOIS …

… várias viaturas da polícia militar surgiram no local e o tumulto acabou sendo contido, mas, segundo informações de pessoas que subiam a David de Oliveira e contaram para o jornalista, alguns jovens teriam tentado se agredir e teria havido até lesão corporal.

OUTROS AFIRMARAM …

… que teria sido brigas entre duas gangues. E teve até quem dissesse que alguns jovens teriam querido agredir policiais. Outros afirmaram que teria sido uma briga entre os próprios policiais.

O QUE REALMENTE …

… aconteceu, só Deus é quem sabe, pois não foi divulgado nada pela imprensa, ou seja, aconteceu no mundo real, no mundo verdadeiro, mas no oficial não.

O PIOR …

… é que a desinformação às vezes é pior do que a própria informação, pois as pessoas passam a ter o direito de pensarem o que quiser, por exemplo, até que foi briga entre policiais, o que a gente sabe que é praticamente impossível acontecer.

ESTE COLUNISTA, …

… por exemplo, poderia, ao refletir sobre os fatos, pensar que por Eugênio ter o seu líder político, o deputado Rodrigo Garcia, como secretário do governo do Estado, poderia este ter influenciado o comando da Polícia Militar local para não divulgar nenhuma ocorrência de carnaval para não arranhar a imagem da realização do seu governo que foi o próprio carnaval popular.

AGORA, QUEM …

… vai conseguir provar o que verdadeiramente aconteceu? Você, o que acha que aconteceu? Já que não existe informação oficial, podemos divagar à vontade e até achar que foi o “Bin Laden” que ressuscitou e está querendo derrubar o governo do Imperador Ge­nioso. Ou pensar também é proibido nesta ditadura “MaluRo­drigue­Ge­niana”? Hein? Hein? Hein? Hein?

OUTRO FATO QUE …

… insiste em azucrinar o pensar deste zumbi “elefarantônico” é a manifestação que ocorreu ontem, sexta-feira, de funcionários públicos municipais contra os míseros pouco mais de 4% que Don Eugênio quer repassar para os pobres coitados.

SERÁ QUE …

… conseguiria manter seus quase 100 comissionados calados repassando somente o mesmo aumento para eles? Eram 96, mas já tem outros três cargos em comissão com exigência apenas de ensino médio ganhando R$ 3 mil por mês aprovados recentemente na Câmara, enquanto os professores municipais ganham R$ 1,6 mil. Será que é para construir tartarugas? Hein? Hein? Hein?

ACONTECE …

… que para os “comissionados”, os correligionários, os amigos do rei, que ganham muito mais que a maioria dos funcionários de carreira, existem outras formas de se aumentar sem dizer que reajustou. E não tem nem planta genérica dos comissionados (Ah, ta chegando a hora … de receber o carnê do IPTU e não teve ninguém questionando o direito deste povo que vive levando lambada); mas é muito parecido com o reajuste que Eugênio enfiou goela abaixo de “nosotros” pobre mortais.

OU SEJA, …

… no caso da tarifa de água foi através da tal da reestruturação do sistema de cobrança e no governo Eugênio tivemos que engolir à seco, dizem, até mais de 100% de reajuste.

NO CASO …

… dos quase 100 asseclas Genio­sos (não no sentido de sequaz do Houaiss, mas no sentido de correligionários) tiveram uma reestru­turação no final do ano passado e agora já têm outra tramitando na Câmara, ao que se informa, abran­gendo tanto os co­mis­sio­nados co­mo os sofridos e sempre pisoteados funcionários públicos municipais que estudaram, fizeram concurso público e ganham verdadeiras misérias, com­parados ao amigos do rei, os comissionados.

 

José Salamargo … quase desistindo de pensar, pois se penso, existo. Mas, pior ainda fica quando penso, pois deixo de existir e passa a existir o meu pensamento. Ai, hajam asas para voar …

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