18 de outubro | 2020

Tem muitos candidatos prometendo o céu mas disseminando o inferno que pode matar ou aleijar

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“Eu enceno o papel do salvador. Você daquele
que vai se beneficiar da salvação. Mas quando
as cortinas se fecharem e tiver que voltar
para a realidade sentirá a navalha cortando
sua própria carne, sem saber que está apenas
pagando o ingresso da peça teatral
que achou que era de graça.

Mestre Baba Zen Aranes

QUE EM ÉPOCA DE ELEIÇÃO …

… as pessoas se transformam em chapeuzinhos vermelhos, sempre propensas a ser enganadas pelos lobos maus que pululam pelas ruas, ou seres propensos a cair no conto do vigário, da carochinha, dentre outros, acho que ninguém duvida. Pelo menos aqueles que têm um mínimo de neurônios fazendo sinapse constantemente.

MAS, COM CERTEZA, …

… o que está acontecendo atualmente transcende tudo isso. É mortal.

EM PLENA PANDEMIA, …

… chegam vídeos e mais vídeos para este colunista, mostrando festas regadas a muito churrasco e bebidas à vontade, promovidos por candidatos, sem máscara, sem distancia­mento, e abraçando, beijando e apertando a mão de todos, para venderem as suas promessas “incum­príveis”, totalmente fora da realidade, mas passíveis de alimentar o sonho de dias melhores de um povo criado para ser animal de produção.

SE ANTES …

… esse momento era esperado com ansiedade por quem quer sempre levar vantagem (mas está rifando seu futuro por migalhas), como uma oportunidade de se locupletar com a bebida e a comida que pensa que é de graça, mas cuja conta virá estratosférica no futuro, em forma de má administração, de falta de remédios, de falta de médicos, de falta de emprego, da continuidade de uma vida cada vez mais difícil e depressiva.

HOJE, NO ENTANTO, …

… esta conta pode vir bem mais rapidamente e de forma mortal.

NÃO VAI MATAR …

… pela fome, pela falta de remédio ou de médicos, mas pode ceifar a vida pelo transmitir do vírus maca­bro que, em grande per­cen­tual, se não mata, deixa sequelas para o resto da vida e que podem se transformar em um pesadelo interminável de sofrimento real.

É QUE ESTES …

… seres imbecis, ignorantes e assassinos estão fazendo campanha como se não estivéssemos ainda vivendo momento preo­cu­pante da pande­mia, com os países onde ele chegou mais cedo já vivendo a chamada segunda onda e com a cidade ainda tendo que enterrar pelo menos um de seus cidadãos a cada dois dias, sem contar as dezenas de outras mortes que ocorrem por outras causas que não tem como falar que mesmo que indiretamente também têm relação com o vírus mortal.

É SÓ COMPARAR …

… a página deste jornal onde são publicados os falecimentos dos últimos dias. Se no passado eram três ou quatro por semana, agora são dezenas. O que mudou? Estamos vivendo a pandemia! Se ela não estivesse aí, teríamos todos estes mortos, principalmente pessoas idosas? Eis a questão! No ano passado não tínhamos. Os números eram infinitamente inferiores. Portanto … tem muito mais gente sendo assassinada pelos imbecis do que dizem os números oficiais.

AGORA, COMO …

… acreditar que se o candidato, ou os candidatos que não estão levando a sério as medidas preventivas e espalhando a morte pela cidade por serem imbecis, desprovidos de massa encefálica, jegues, jumentos, burros, idiotas e assassinos, terão condições de administrar ou criar leis para um município que está passando por um momento crucial de sua existência em que pode caminhar para o progresso ou virar uma cidade fantasma, com milhares de apartamentos, casas de temporadas sem ter quem ocupar, sem indústrias, sem empregos e viver uma verdadeira distopia provocada pela fome? É simples assim.

UMA CIDADE …

… governada por bandidos xucros, como vai reagir se tivermos uma segunda onda, ou uma nova pandemia por outro vírus ainda pior? Você decide!

GRANDE PARTE, …

… com certeza, vai continuar se embebedando e aproveitando as migalhas que são lançadas ao chão, vendendo a alma, o corpo, a própria vida, para estes demônios que não têm noção do tamanho do mal que representam e que um dia também terão que pagar, acertar as contas, seja aqui, ou no inferno, seja diretamente, ou vendo o sofrimento de seus descendentes.

José Salamargo … chegando no estágio crucial do reflexivo Simão Baca­marte, personagem de “O Ilusionista”, de Machado de Assis, que, ao final, após achar que todos são loucos menos ele, dá alta para toda uma cidade internada em seu manicômio e se interna.

Socorro … me internem numa cabana à beira do rio Guaporé … pois não consigo mudar o destino deste povo que amo … não consigo me fazer entender … estou cansado de ver triunfar tantas nulidades … mas, com certeza, mesmo vendo prosperar a desonra, sentindo o crescer da injustiça, ver agigan­ta­rem-se os poderes nas mãos dos maus… ainda não desanimei da virtude, nem estou rindo da honra e, principalmente, ainda não tenho vergonha de ser honesto. Continuo acreditando que o amor incondicional, aquele que o filósofo de Nazaré pregou, um dia vai imperar… Enquanto isso, patrocinem o final dos meus dias com a criação de uma aldeia Aran­tos­­télica, uma tribo com os meus e aqueles que quiserem viver sem ódio no meio da selva amazônica … claro, em área em que as bestas do inferno não estejam promovendo queimadas …

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