10 de janeiro | 2021

Vacinação no Brasil, em quem acreditar?

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“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver
prosperar a desonra, de tanto ver crescer a
injustiça. De tanto ver agigantarem-se os
poderes nas mãos dos maus, o homem
chega a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra e a ter
vergonha de ser honesto.”
Trecho do discurso proferido por Rui   

Barbosa no Senado Federal, em 1914..

GENTE, …

… a maioria do povo brasileiro que acredita que política é coisa apenas de bandido e não se preocupa com o aspecto social de modo amplo, possivelmente não está se atendo a uma situação que pode ser realmente digna de acontecer apenas em repúblicas de bananas.

MAIS DE NOVE MESES …

… depois de sua gestação plena no Brasil e embarcando numa segunda onda, ou gestação, a pandemia do novo coronavírus deixou expostas várias situações de nosso sistema político e das características de nossa própria população que, no computo geral, faz com que cheguemos à conclusão de que realmente vivemos numa republiqueta de bananas, atrasada e onde não se vislumbra uma evolução nem a médio prazo.

PRIMEIRO, FICA …

… claro que somos governados por uma maioria, um verdadeiro bando de mentirosos, que cria uma verdade para ser absorvida pelo público, bem distante daquela que realmente ocorreu.

O ATUAL MOMENTO …

… em que vemos grande parte dos países do mundo iniciando suas campanhas de vacinação, em nosso país o que temos é um jogo de cartas marcadas em que a disputa verdadeira não é para ver quem promoverá a imunização do povo brasileiro, mas quem sairá vencedor nas eleições de 2022.

O GOVERNO …

… federal, que já comprovou que é composto por um esquadrão de incompetentes e despreparados, teve, esta semana, seu ministro da Saúde vindo a público em entrevista coletiva que mais parecia um monólogo, pois ele mesmo fazia as perguntas e as respondia, querendo impor como verdade que o governo já comprou vacinas suficientes para imunizar a população há muito tempo, quando sequer tem estoque de agulhas e seringas para promover a vacinação.

EM SEU MONÓLOGO …

… em frente às câmeras, chegou ao despautério de dar aulas de jornalismo, taxando que a imprensa brasileira tem que se ater ao jornalismo informativo e deixar que a própria população exercite as outras duas formas que existem em qualquer manual de deco­dificação de notícias, o inter­pretativo e o opinativo.

DEMONSTROU …

… que milico tem que ir para a caserna, cuidar da defesa do país e não lidar com o povo como se a sua verdade medíocre fosse suficiente pa­ra impor conceitos chulos, imbecilidades grotescas.

MAS O QUE É PIOR, …

… já no monólogo coletivo, contou um monte de asneiras deixando claro para os que acompanham o dia a dia deste desgoverno que só veio a público para mentir deslava­damente que o governo federal está preocupado com a vacinação e que já tinha assinado contrato para a compra da coronavac, porque o governo de São Paulo, também de maneira teatral e politiqueira havia divulgado alguns dados positivos sobre a vacina chinesa que o Butantan está produzindo e que iria entrar com pedido de distribuição provisória na Anvisa.

POUCAS HORAS …

… depois, o exemplo de como não deve ser um ministro de governo, participou de “live” do outro exemplo de como não deve ser um presidente da república, demonstrando o seu “negacionismo científico” e, como um general marionete de capitão, passando para o grupo dos seguidores do anticristo alimento para continuar a defender teses estapafúrdias totalmente distanciadas da experimentação científica.

DE OUTRO LADO …

… o engomadinho es­pe­vi­tado governador de São Paulo construiu um grande cenário de salvador da pátria para anunciar que iria pedir o registro da sua vacina chinesa na Anvisa, apresentando dados simplistas sobre a sua eficácia, também não dissipando com clareza as dúvidas que ainda pairam sobre o imuni­zante, já que sua capacidade, principalmente em certas camadas da sociedade, já foi objeto de dúvidas.

DO OUTRO LADO …

… uma população cansada de ficar presa no curral, formada por dezenas de milhões de robôs formatados para trabalhar, trabalhar e trabalhar, sem entender o que está acontecendo e sendo bombardeada por fake news disparados pelo gabinete do ódio contra as vacinas e contra a própria importância da pan­de­mia que chegou esta semana aos 200 mil mortos.

José Salamargo … sem ser “negacionista”, mas também sem saber em quem acreditar, se no governo federal ou no estadual, esperando que os dois lados estejam mentindo bem menos do que a gente imagina e que toda população possa ser vacinada e imunizada o mais rápido possível para que todos possam descobrir um futuro em que o novo normal seja bem mais normal do que o que está se verificando atualmente.

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