01 de maio | 2022

Você já ouviu falar em TOD?

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Cláudia Caetano

O Transtorno Opositivo Desafiador — TOD — é descrito no DSM, como parte dos Transtornos de Comportamento Disruptivo, cujas características são comportamentos desafiantes, negativistas e desobedientes, principalmente diante figuras de autoridade. Fazem parte desse grupo também o TDAH — Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade — e o Transtorno de Conduta.

As causas do TOD não são conhecidas, mas segundo evidências, fatores genéticos e neurofisiológicos podem influenciar o desenvolvimento do transtorno. Assim como um ambiente familiar conturbado e ambíguo, no que se refere a educação dada pelos pais, pode contribuir para o surgimento do TOD.

Os sintomas do TOD costumam se manifestar na pré-escola, embora possam aparecer mais tarde, na adolescência. Como mencionado, os principais sintomas do transtorno incluem os seguintes comportamentos:

  • agressividade;
  • irritabilidade;
  • desafia regras e instruções;
  • discute com adultos frequentemente;
  • desobediência;
  • agitação;
  • incomoda os outros deliberadamente;
  • culpa terceiros pelos seus erros;
  • pode ser cruel e vingativo.

Como podemos ver, os comportamentos presentes no TOD prejudicam as habilidades sociais das crianças e podem fazê-las sentir-se mal e culpadas. Dessa forma, é muito importante buscar ajuda com médico, psicólogo e psicopedagogo para receber as orientações e tratamento adequados.

Uma criança com Transtorno Opositivo Desafiador irá exibir esses sintomas com mais frequência do que outras crianças, demonstrar problemas comportamentais por um período de pelo menos seis meses, ter problemas na escola e para fazer amizades como resultado direto do comportamento, além de ter seu funcionamento geral comprometido por seus comportamentos desafiadores.

A probabilidade de uma criança com TOD ter maiores dificuldades no final da adolescência e na idade adulta depende dos tratamentos e das circunstâncias ambientais. Geralmente, elas correm maior risco de ter depressão e abuso de substâncias, principalmente quando o TOD na infância for acompanhado por outros transtornos, como TDAH, depressão e  dificuldades de aprendizagem.

Em alguns casos, o diagnóstico de TOD pode se agravar até desenvolver um transtorno de conduta, que é um quadro mais grave de transtorno de comportamento. As pessoas com transtorno de conduta tendem a apresentar comportamento de violação da lei; destruição de propriedade e até crueldade com animais e pessoas.

É claro que uma criança com diagnóstico de TOD não irá fatalmente desenvolver o transtorno de conduta. No entanto, é importante acompanhar de perto o comportamento das crianças e buscar um tratamento adequado e eficaz.

Cláudia Caetano é professora e psicopedagoga.

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