“Não basta ver. É preciso enxergar o que dizem os símbolos da nossa
fala e escrita, transformá-los em imagens, tornar a codificá-los
para comparar com outros pensamentos, para poder
construir o próprio entendimento.
Você enxerga ou apenas vê?”.  Mestre Baba Zen Aranes.

OS DIAS PASSAM …

… correndo. A roda viva faz com que a maioria esmagadora, talvez até 90% da população brasileira, viva apenas para sobreviver em meio a um sistema escravagista que cultua a falsa liberdade, onde você pode fazer tudo, ir onde quiser, e falar o que quiser, mas só pode fazer, ir e falar aquilo que o seu rendimento pode sustentar.

OU SEJA, …

… não dá para ir a Paris quando e na hora que quiser, como os 5 ou 10% do topo da pirâmide, detentores do vil metal. Talvez, você, caro leitor, não possa nem curtir o final de semana no litoral de vez em quando. Precisa planejar e economizar por anos a fio para poder ficar alguns dias como “farofeiro” em alguma praia poluída, dormindo em verdadeiros pombais (pequenos apartamentos cheios de beliche, tudo junto e misturado).

AÍ O MEU QUERIDO …

… conterrâneo vai dizer. “Ah! Mas eu posso falar o que eu quiser, principalmente agora, nas redes sociais. Sou livre para manifestar meu pensamento quando e onde quiser”.

É, PAPUDO? …

… Pois vou te provar que a coisa não é bem assim.

PRIMEIRO, …

… que pra manifestar um pensamento, uma opinião, você tem que ter um mínimo de capacidade de reflexão para compor a sua própria verdade, senão, você nada mais vai ser que o chamado “boi de piranha”. Vai repetir os absurdos que os “espertos” sopram pra você nos Whats, Faces, Instagrans e Tik Toks da vida.

ORA, CARA PÁLIDA, …

… se você não consegue ler e interpretar um texto, tem preguiça de pesquisar na própria internet para saber a veracidade dos fatos, e, pior ainda, acha uma besteira ficar comparando e procurando o que dizem os que já pensaram sobre o assunto para poder criar a sua própria verdade, o que você é?

NÃO FIQUE …

… bravo, mas não dá para vê-lo de forma diferente que um “papagaio de pirata”, que repete apenas o que os outros dizem, sem saber e nem entender realmente o que está a vomitar como se fosse uma opinião inquestionável.

AÍ, LEVADO …

… pelo som do berrante dos capatazes, os contratados pelos dominadores para propagar falsas verdades e fazer com que nós vivamos para comer grama e caminhar para o abatedouro, sem saber nem como e nem o porquê, nos contentamos com o celular novo, o carrinho com mais de 10 anos de uso, a casinha de três cômodos 3×3 e o trabalho, pois quem não trabalha é vagabundo (ora, os 10% donos da grana trabalham? E se trabalham, o que fazem? Ficam pensando em formas de enganar o gado?).

AO FINAL …

… depois de longos mais de 30 anos dividindo um dia de 24 horas pela metade em que passamos a serviço da escravidão, oito dormindo, mais de duas fazendo os afazeres de casa e algum pouco tempo coçando o saco, pois ninguém é de ferro, poderemos usufruir da farta aposentadoria, que na média não chega a R$ 1,4 mil (é de R$ 1.349,05 (um mil, trezentos e quarenta e nove reais e cinco centavos, segundo o site conexão trabalho) e mal dá para pagar os remédios que temos que tomar por ter passado tantos anos expostos as agruras da escravidão.

MAS FICA O …

… alento, conseguimos comprar, nestas sofridas décadas, uma casinha de COHAB e criar os filhos. Um conseguiu até fazer faculdade, mas o coitado não consegue emprego. O outro trabalha que nem um louco, é auxiliar de pedreiro. Aí, é só esperar a morte chegar.

EPA? MAS …

… você consegue enxergar pelo menos quem é você? Por que você fez tudo isso? E o porquê de você não ter tido as mesmas oportunidades que os 10% cento abonados que fizeram você agradecer todos os dias o que você foi ou deixou de ser?

AH! MAS SÓ …

… para complementar e contrariar. Neste período todo, nem o seu sagrado direito de opinar sobre o que você quiser foi garantido, pois quando você xingou na internet um riquinho, acabou sendo condenado, pois o advogado que te defendeu gratuitamente não tinha o mesmo conhecimento que o do seu opositor que ganhou muito mais do que você conseguiu em um ano apenas para de ferrar. E o juiz, parece que te olhava com desdém e também não ia muito com a tua cara de mestiço descendente de várias etnias, portanto, um “vira-lata”.

José Salamargo, chegando à conclusão que não deveria ter se desgarrado do rebanho. Era melhor ter aceito tudo isso passivamente e apenas usufruído da farta aposentadoria de menos de R$ 1,4 mil reais e agradecer todos os dias a sorte que teve de ter sobrevivido até aqui. Não xinga … Se controle … Conforme-se.