06 de julho | 2020

A Chegada do Novo Coronavírus no Brasil

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A Chegada do Novo Coronavírus no Brasil
Para Fernando Reinach, o relaxamento das medidas de distanciamento social em São Paulo representa o término da primeira batalha dos brasileiros contra o Sars-CoV-2 — e a vitória foi do vírus. Começa, então, a segunda batalha, a partir da qual poderemos observar o estrago que ele vai fazer tendo se libertado de parte das amarras que dificultavam sua difusão. A chegada do novo coronavírus no Brasil reúne 27 crônicas publicadas por Reinach no jornal “O Estado de S. Paulo” entre os dias 8 de fevereiro e 30 de maio de 2020. São relatos, comentários, previsões e manifestações de desespero, raiva e esperança, publicados agora em sua extensão original, geralmente mais longa. Sempre a par das pesquisas mais sérias e importantes da ciência mundial, o biólogo tem mão de escritor, calejada por anos de prática que já lhe rendeu dois livros de grande sucesso. Fascinado pela simplicidade dos vírus e por como conseguem se aproveitar da maquinaria celular para se reproduzir, Reinach argumenta que eles são os únicos seres vivos que podem levar a humanidade a abandonar sua arrogância destrutiva, exercida sem pudor sobre o resto dos habitantes deste planeta. O que o H1N1 e o HIV não conseguiram, o Sars-CoV-2 está conseguindo. Disponível em e-book, o livro tem 96 páginas é da Editora Companhia das Letras.

 

Daqui a Cinco Anos
Onde você se vê daqui a cinco anos? Dannie Kohan sabe exatamente o futuro que deseja e o que deve fazer para conquistá-lo. Depois de arrasar na entrevista para seu emprego dos sonhos em um dos maiores escritórios de advocacia de Nova York e de ser pedida em casamento pelo namorado, ela vai dormir com a certeza de que está no caminho certo para realizar todos os seus planos. Quando acorda, entretanto, ela está em um apartamento diferente, com outro anel de noivado no dedo e um homem que nunca viu antes ao seu lado. A televisão mostra que é a mesma noite — 15 de dezembro –, mas cinco anos no futuro. Depois de uma hora intensa e chocante nesse cenário, Dannie acorda de novo, de volta ao presente, como se nada tivesse acontecido. Profundamente abalada e sem entender o que houve, ela decide acreditar que foi apenas um sonho, por mais realista que tenha sido. E parece funcionar. Isto é, até quatro anos e meio depois, quando Dannie encontra o homem que viu naquela noite inusitada. Ao mesmo tempo divertida e emocionante, “Daqui a Cinco Anos é uma história sobre lealdade, amor, amizade e a natureza imprevisível do futuro. Disponível em e-book é da Editora Paralela.

 

Verissimo Antológico
Lemos as crônicas de Luís Fernando Verissimo desde os anos 1970, mais precisamente desde 19 de abril de 1969, quando ele estreou na coluna Informe Especial no Zero Hora. Desde então, não parou mais: escreveu para inúmeros jornais e revistas, como “Veja”, “O Globo” e “O Estado de S. Paulo”, e suas crônicas formaram — e continuam formando — gerações de brasileiros. Da estreia em plena ditadura militar, passou pela redemocrati- zação, viveu a revolução digital e as polarizações ideológicas e culturais que dominam o cenário sociopolítico nos últimos anos — e sempre produzindo textos oportunos e relevantes pela precisão do olhar, capacidade de síntese e pioneirismo das ideias. Às crônicas reunidas neste volume foram acrescidos alguns contos, justamente porque na obra de Verissimo essa é uma fronteira por vezes difícil de demarcar. A divisão dos textos é cronológica, década a década, mas a leitura pode ser randômica, ao gosto do freguês. E quem optar por seguir as datas esperando encontrar um ainda "embrionário" cronista se surpreenderá. Luís Fernando Verissimo estreou "pronto", e ao longo desses anos o exercício praticamente diário da escrita só consolidou e aprimorou seu talento. Celebrar esse formidável escritor, essa é a intenção de “Verissimo Antológico”. Disponível em e-book, o livro tem 728 páginas é da Editora Objetiva.

 

Os Irmãos Tanner
Publicado originalmente em 1907, “Os Irmãos
Tanner” 
inaugurou uma série de três romances que, juntamente com uma prosa curta sem paralelo, inscreveram na história da literatura em língua alemã o nome do suíço Robert Walser. Sua coleção de admiradores declarados é tão nobre quanto extensa e inclui, entre outros, Franz Kafka, Thomas Mann, Walter Benjamin, W. G. Sebald, Susan Sontag e J. M. Coetzee. Com forte componente autobiográfico, o livro acompanha a história do jovem Simon Tanner, que tem quatro irmãos e perambula por quartos alugados, pelas ruas da cidade grande e pela paisagem campestre suíça, ora em longas e ociosas caminhadas, ora no exercício de pequenos empregos – que vão do trabalho como serviçal para uma dama ao de funcionário numa fábrica, passando por temporadas sempre fugazes como ajudante de livreiro, empregado num escritório de advocacia, bancário ou escrevente. Ele não sabe muito bem o que fazer da vida, nem mesmo se quer de fato fazer alguma coisa dela. Com 288 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

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