20 de outubro | 2015

“Além do Tempo”, 150 anos depois

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Felipe (Rafael Cardoso) agora nos tempos atuais vive em Belarrosa uma cidade vinícula, e mais uma vez deverá lutar pelo amor de Lívia (Alinne Moraes) / João Cotta-RG

 

Nesta nova fase, Melissa (Paolla Oliveira) é casada com Felipe (Rafael Cardoso) e fará de tudo para não perder o marido para Lívia (Alinne Moraes) / João Cotta-RG

 


 

A novela “Além do Tempo” tem dado ótima audiência para a Globo e já é considerada um dos grandes sucessos dos últimos tempos. A primeira fase da trama foi de época, mas a partir dessa segunda-feira a novela dá um pulo no tempo de 150 anos.

“Além do Tempo” começou no Século XIX e agora passa a ser ambientada nos dias atuais. “O fim da primeira fase criará uma curiosidade grande. As pessoas vão querer ver o que vai acontecer com cada personagem e o que cada um vai trazer de novo”, aposta a autora Elizabeth Jhin. O diretor da novela, Rogério Gomes enfatizou: “A gente está contando uma história de amor e esta nova fase é uma consequência da primeira, elas não existiriam separadamente”.

Paolla Oliveira revelou que sua personagem volta transformada: “A princípio, a Melissa está bem diferente. Ela volta mais serena, cheia de bons sentimentos, mãe de família, trabalhando e cuidando de casa”. Alinne Moraes também falou sobre as diferenças entre a Lívia de 150 anos atrás e a atual: “A personagem da fase anterior era mais fechada, submissa, olhava muito pra baixo. Agora ela vem mais segura, mais tranquila, mais bem resolvida. Então é outra postura”. E Rafael Cardoso resumiu o sentimento de todo o elenco: “A história está muito bem construída. Ficamos apaixonados pelo que apresentaram pra gente e estamos fazendo com muito carinho”, arrematou o ator que interpretou o Conde Felipe Castellini, na primeira fase.

Após um salto no tempo e já em pleno Século XXI, os personagens voltam com os mesmos nomes, mas com trajetórias e estilos de vida diferentes. Naturalmente, eles não se reconhecem quando se encontram novamente, porém, a sensação de que já estiveram juntos em algum momento estará sempre ali. Cada um carrega em si, apesar da passagem de tempo, algo do seu passado.

De acordo com a autora, o futuro dos personagens, seja quando for, depende das atitudes deles no passado. “Quando escrevi ‘Além do Tempo’, que é uma história de amor que ultrapassa diversas gerações, tive a ideia de fazer uma novela diferente do formato  a que estamos acostumados, em dois momentos distintos. Como disse na época da estreia, em vez de mostrar como foi o passado dos personagens através de sonhos ou em cenas de flashback, quis contar e mostrar as histórias deles de fato. Depois, praticamente em uma nova novela, narrar como será a vida deles, após muitos anos”, explica a autora.

Para o diretor Rogério Gomes, realizar os dois momentos de “Além do Tempo” é um dos maiores desafios de sua carreira, da equipe de produção e do elenco. “O desafio é instigante e estamos com boas expectativas. Eu e a Beth (Elizabeth Jhin) já trabalhamos juntos em outras ocasiões e ela conhece a minha linguagem, assim como conheço a dela, o que facilitou bastante o nosso trabalho”, conta Rogério. O diretor ressalta ainda que haverá novos personagens como a Alice, interpretada por Klara Castanho, e Queiroz (Zé Carlos Machado), entre outros.

A nova fase de “Além do Tempo” começa, mais uma vez, com uma intensa e mágica troca de olhar entre Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso). No Século XIX, enquanto viveram em Campobello, eles tentaram viver o grande amor que sentiam um pelo outro, mas, por diversas circunstâncias, como o ciúme de Melissa (Paolla Oliveira), a relação familiar de Lívia com os Castellini e a amargura de Emília (Ana Beatriz Nogueira), não foi possível. Agora, nos dias atuais, os dois se encaram através do vidro de um metrô no Rio de Janeiro. No meio do caos e da correria, acontece mais um instante de magia, como se eles já se conhecessem há muitos e muitos anos e estivessem predestinados a se encontrar ali. Enquanto o metrô parte, de um lado fica Felipe, perturbado e atônito com a beleza e o olhar daquela mulher; e de outro, Lívia, que, enquanto o celular toca, também fica extremamente mexida e balançada com aquela situação.

Os dois se cruzam novamente quando Lívia vai a Belarrosa com Anita (Letícia Persiles), sua assessora e amiga, para saber mais informações sobre uma vinícola que está prestes a falir e que pode ser um bom negócio para a sua empresa. Sem imaginar o que vem pela frente, acaba encontrando com Felipe em uma festa tradicional da cidade, e o coração de ambos, mais uma vez, bate forte. A partir daí, eles encontrarão muitos obstáculos para ficar juntos, mas uma coisa é certa: os dois nasceram um para o outro.

No Século XXI, a trama vai se desenrolar em Belarrosa, cidade bem próxima do que era a tranquila Campobello, do Século XIX. Apesar do ar histórico e rural da região, Belarrosa prosperou muito com o tempo, principalmente por conta de seu movimentado mercado de vinhos, e hoje é um dos principais destinos turísticos do Brasil. Além da forte economia por causa da enocultura e do turismo, a região é repleta de paisagens suntuosas e de vinhedos que crescem com vigor.

A equipe de cenografia iniciou o planejamento para a nova fase da novela bem antes de a própria trama estrear. Em janeiro deste ano, a cenógrafa, Anne Bourgeois, começou a trabalhar no projeto para a cidade cenográfica que será usada apenas agora. Trata-se da fictícia Bellarosa, idealizada como se fosse um centro histórico tombado. Com uma grande rua para pedestres, tem cerca de 3.500 metros quadrados e conta com 20 prédios. Várias construções, como o bar do hotel, a agência de turismo e a loja de Zilda (Nívea Maria) têm cenários em seus interiores.

Na outra cidade cenográfica, também construída para esta nova fase, moram os personagens Massimo (Luís Melo) e Felipe. “É como se fosse um sítio nos arredores de Bellarosa, com características bem rurais”, explica Anne. A arquitetura das duas construções tem referência no sul do país, onde a novela é ambientada desde o começo. Os cenários em estúdio também são novos. E, ao todo, somam 41 ambientes.

Agora resta saber se este novo jeito de fazer novelas vai conquistar o telespectador que estava gostando da trama em um cenário de época.

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