22 de dezembro | 2021

Alérgicos, atenção redobrada no Natal!

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As ceias natalinas, que representam a união em muitos lares, poderão gerar um verdadeiro pesadelo para quem já sofre com as incômodas alergias. Segundo alguns estudos realizados por órgãos competentes, o leite bovino, soja, amendoim, ovo, castanhas, trigo, peixes e frutos do mar são os alimentos responsáveis por 90% dos casos de alergia alimentar. E as mesas de Natal, como todos sabem, são repletas de muitas destas comidas detestadas pelo sistema imunológico dos alérgicos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), inclusive, afirmam que 35% das pessoas ao redor do mundo já apresentam algum tipo de alergia, percentual que deverá estar muito atento a essas delícias natalinas para não transformar a festa familiar em um problema grave de saúde.

O leite de vaca, presente em diversos pratos das celebrações de final de ano, como no caso da rabanada, é o maior causador dos quadros de alergia alimentar. A caseína, proteína do leite bovino, é uma das principais responsáveis pelo problema. Funciona assim, o sistema imunológico identifica a substância como estranha ao organismo, resultando em uma hipersensibilidade imunológica. A reação dá origem a variados sintomas gastrointestinais e respiratórios que precisam de socorro imediato.

Especialistas alertam que não é só a alergia alimentar que pode se manifestar pela ingestão do leite bovino. A intolerância alimentar, que já afeta mais de 100 milhões de brasileiros, é outro processo desencadeado pelo alimento. A intolerância é provocada pela lactose, o açúcar do leite. Pessoas intolerantes à lactose não possuem a lactase, enzima capaz de digerir a substância. É importante não confundir alergia com intolerância, já que os agentes causadores e os sintomas são distintos.

O ovo, outro alimento que tem presença garantida nas ceias como nos bolos, nos fios de ovos e no bacalhau à portuguesa, é outro vilão dos pacientes com alergia. Ele possui ovalbumina e ovomucoide, duas proteínas presentes na clara – que frequentemente geram reações adversas. Especialistas recomendam que os alérgicos não comam nenhuma parte do alimento, já que há um contato direto entre a gema e principalmente a clara.

Alergistas destacam a preocupação com o camarão. Segundo afirmam, os frutos do mar, crustáceos e moluscos são a principal causa de reação alérgica grave (choque anafilático) entre os brasileiros. Existem pacientes que sequer podem estar no mesmo ambiente onde é servido um prato contendo o alimento, já que o camarão pode liberar no ar toxinas altamente irritantes e perigosas aos alérgicos.

As castanhas, nozes e amêndoas também têm sua presença garantida no Natal. Ricos em proteína, esses frutos são outros grandes causadores dos sintomas alérgicos, que poderão ser desde uma diarreia ou cólicas abdominais até reações respiratórias como rinite ou sinusite. E tem mais, eczemas de pele e urticárias são muito comuns durante processos alérgicos.

Muito consumidos no Natal, os vinhos branco e tinto, assim como as cervejas, são outros que não são nada bem-vindos pelos alérgicos. O processo de fermentação, parte importante na produção dessas bebidas alcoólicas, dá origem a grandes volumes de leveduras e bactérias, facilitando a fabricação de histamina pelo organismo. A histamina, por sua vez, é um composto orgânico produzido pelo sistema imunológico que funciona como um mediador inflamatório e é responsável pelos mais variados tipos de processos alérgicos.

Assim como no caso do suco de uva, essas bebidas apresentam ainda altas concentrações de sulfitos, um grupo de compostos conhecido por causar inúmeros sintomas de alergias como espirros, coriza e tosse. Presentes ainda em azeitonas, vegetais em conserva e frutos do mar como lulas e polvos, os sulfitos também podem causar reações cutâneas ou diarreia.

 

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