12 de agosto | 2021

As mulheres contra as doenças cardíacas

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Os exames preventivos são importantes para
detectar anormalidades e tratamento precoce

Desde os primeiros meses do ano passado, a nossa atenção está completamente voltada ao novo coronavírus e suas variantes. De um modo geral, estamos tão focados na Covid-19 que praticamente não nos lembramos de outras necessidades de nossa saúde, como por exemplo, os exames preventivos.

Uma dessas necessidades é darmos atenção ao nosso coração. Infelizmente, os problemas cardíacos atingem homens e mulheres de igual maneira. Não são mais privilégio dos homens.  As cardiopatias são a principal causa de morte em mulheres, superando a mortalidade por câncer, segundo afirmam os médicos especialistas na área.

Historicamente falando, até meados do Século XX somente a população masculina era submetida a avaliações cardiológicas.

Foi quando as ideias feministas ganharam força, quando o estilo de vida da mulher começou a se transformar, adotando hábitos até então reprimidos, como o uso de álcool, fumo, e a disputar o mercado de trabalho com o homem que a mulher começou a apresentar e conviver com os fatores de risco que até então pareciam ser “privilégio” da população masculina.

Foi criada uma cultura na qual a prevalência das doenças cardiovasculares era maior nos homens, o que de fato acontecia até 40 ou 50 anos atrás, quando se iniciou a escalada feminina.

Um dos principais fatores de risco modificáveis para a doença da artéria coronária (DAC) é a alteração ou anormalidade nos níveis de gordura no sangue (colesterol, triglicérides), chamada dislipidemia. Ensaios clínicos demonstraram uma importante diminuição na incidência de eventos cardiovasculares ao reduzir os níveis de LDL-colesterol (o colesterol ruim), resultando, nos últimos 20 anos, em redução expressiva na mortalidade por DAC em homens. Esse benefício, no entanto, não foi evidenciado em mulheres, cuja ocorrência de DAC continua aumentando.

Segundo especialistas, as mulheres devem começar a se submeter a exames cardiológicos por volta dos 40 anos. A partir desta idade, e também após a menopausa, iniciam-se alterações importantes no metabolismo feminino que predispõe as mulheres que são portadoras de fatores de risco a uma maior possibilidade de desenvolver doença cardiovascular.

Com a queda no nível do estrógeno, perde-se a proteção natural feminina às doenças do coração. Outros fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares são hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade e fatores psicossociais, os quais têm maior impacto no período pós-menopausa.
Assim, neste caso, a prevenção, que contempla a realização de exames periódicos, alimentação saudável e exercícios físicos ainda é o melhor remédio.

 

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