16 de março | 2020

“Bodas de Papel” cumpre com excelência sua missão social

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Bodas de Papel
Parece uma briga de casal, mas não é. O primeiro capítulo do livro “Bodas de Papel” registra o momento em que Michelle desiste de cometer suicídio após revelar ao namorado, Michel, seu diagnóstico de câncer maligno. Com a descoberta recente de uma gravidez, foi o primeiro movimento do bebê que salvou a sensível personagem segundos antes de desistir da vida. Escrita pelo jornalista Daniel Moraes, a obra volta ao passado para contar a história de amor e superação do casal até o momento em que a crise acontece. Com a apresentação dos personagens, o leitor descobre que Michelle é uma jovem universitária de 23 anos concentrada nos estudos e determinada a ter uma brilhante carreira profissional. Apesar do foco, ela se rende à paixão: Michel é um jovem sedutor que, de tão perfeito, parece irreal. A vida do casal muda quando uma gravidez indesejada é descoberta e, junto a ela, um diagnóstico de câncer uterino maligno. Além de emocionar e provocar diferentes sensações aos leitores, “Bodas de Papel” cumpre com excelência sua missão social: ao falar sobre câncer ginecológico, o autor apresenta ao público informações sobre causas e tratamentos da doença, além de reforçar a importância de exames preventivos periódicos. Narrada em terceira pessoa, a obra publicada pela Editora Rouxinol mostra a força do amor e revela as imprevisibilidades da vida. Uma verdadeira lição de superação sobre uma história que poderia muito bem ser real. O livro tem 282 páginas.

 

O Jovem Hitler
Biógrafos normalmente deixam em segundo plano a história de Hitler na Primeira Guerra Mundial. Censores nazistas fizeram de tudo para suprimir os fatos de sua juventude, e, para a maioria das pessoas, seu papel na Grande Guerra permanece obscuro. Quando jovem, ninguém diria que Adolf Hitler seria o futuro líder da Alemanha, conquistador da Europa e exterminador dos judeus. Sem ambições acadêmicas e com poucos amigos, ele era teimoso e obstinado, considerado excêntrico e sem habilidades sociais. Então, quais combinações de traços, circunstâncias e eventos o moldaram para que se tornasse quem se tornou? As respostas estão nas experiências de sua juventude, em Linz, Viena e Munique, e como um jovem soldado na Grande Guerra. Quando Hitler foi para a guerra, em 1914, com 25 anos, embarcou no que mais tarde definiria como "a experiência mais estupenda da vida". Ao fim da guerra, na cama de um hospital e temporariamente cego pelo gás de mostarda, ele abriu os olhos em um novo e terrível mundo: a Alemanha havia sido derrotada e o Kaiser estava foragido. Hitler, porém, nunca aceitou esses eventos. A guerra foi uma marca dolorosa em sua personalidade, e dela nasceu a determinação para a vingança contra os "criminosos" que assinaram o armistício, contra os socialistas que ele acusava de esfaquear o exército pelas costas e, mais violentamente, contra os judeus. De Paul Ham, o livro tem 304 páginas e é da Editora Objetiva.

 

Ah, Se Eu Soubesse
A chegada de um filho é um momento singular na história de qualquer casal. O amor pelo bebê é grandioso: muda a vida para sempre, altera prioridades e exige responsa- bilidade. Criar, educar, proteger e amar são verbos que passarão a ser conjugados de forma especial. Embora sejam experiências repletas de expectativa, a maternidade e a paternidade não são “um conto de fadas”! Por isso, ao esperar o bebê, papai e mamãe precisam de preparação e de uma dose de realidade, para que as mudanças inerentes à nova fase não gerem frustrações à vida conjugal. Em “Ah, Se Eu Soubesse! Coisas que Aprendi Só Depois de Ter Filhos”, Gary Chapman e Shannon Warden, duas autoridades em aconselhamento familiar, compartilham sabedoria adquirida ao longo dos anos. Para amenizar possíveis erros e indicar caminhos na sublime tarefa de criar um filho, ambos trazem à tona histórias, princípios e dicas para que os leitores saibam agir adequadamente em diferentes situações. Lançado pela Editora Mundo Cristão, o livro tem 192 páginas.

 

Heidegger / Wittgenstein
Se levarmos em conta a trajetória intelectual de José Arthur Giannotti, professor emérito da Universidade de São Paulo, e a natureza espinhosa da discussão proposta no livro, “Heidegger / Wittgenstein” é uma obra combativa, a começar pelo título. De um lado do ringue, Heidegger, costumei- ramente associado a uma vertente fundacionista da Filosofia, na qual a pergunta pelo ser – por seu significado, por seu fundamento – tem papel proeminente. Do outro, Wittgenstein, para quem a pergunta pelo fundamento deve ser urgentemente substituída pelas condições em que se dá, se for o caso, a pergunta acima. Os confrontos esperados e as surpreendentes proximidades de ambos os filósofos trazem, por mérito do autor, novos problemas e desdobramentos, que giram em torno de dois polos básicos do que denominamos, por conforto, "filosofia ocidental": lógica e ontologia. Dos muitos méritos do livro, um deles parece sobressair, talvez o mais simpático – o convite para que participemos dessas disputas, cuja regra primeira é: não há perdedores. Com 488 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

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