19 de julho | 2015

Esconder ocorrências da imprensa: operação tartaruga ou desmando

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GENTE, COMO …

… ser humano é frágil. Como é frágil esta carcaça que muitos acreditam ser um mero invólucro, um monte de massa aquosa, sem consistência nenhuma e que pode apodrecer, deixar de existir em situações insignificantes.

O TODO, …

… no entanto, é um mecanismo complexo cheio de nervos e órgãos que fazem com que nos movimentemos e consigamos tentar ser humanos e nos possibilita até exercitar o chamado humanitarismo.

ALÉM DOS …

… incidentes, acidentes e outros entes do próprio viver, pois a transcendência (no sentido mais atual do mundo científico que diz que daqui a 20 anos a tecnologia vai se desenvolver tanto que o homem poderá escolher se morre ou vive eternamente) ainda está longe, 99% em razão das próprias decisões do ser, este corpo às vezes fica bichado e aí entram as drogas com seus efeitos colaterais que acabam corrigindo aqui e estragando ali.

ESTE SER …

… em decomposição e atacado pelo vontade de aproveitar o atual momento de busca pelo nirvana e o cada vez mais composto kit de sobrevivência ao caos, em conjunto com o tentar celebrar a própria vida a cada minuto junto com suas várias mulheres e o seu mais novo amor, este ser resolveu recentemente tentar corrigir alguns percalços para poder continuar vestido para viver.

APÓS ORIENTAÇÕES …

… de seu amigo fiel, irmão e camarada Nilton Martines e com as ponderações da encantadora Suelem Mazer Laraia, responsável direta pela própria possibilidade de se chegar ao momento crucial, ao transformar um elefante em um orangotango e mantê-lo com suas manifestações do organismo controladas, começou a ir atrás de alguém com habilidade para resolver internamente os problemas de um corpo atacado pela gula, pela bebida e pela boemia solitária de um divagador do universo.

NILTÃO, …

… começou então a pesquisar entre seus amigos qual teria a incumbência de abrir as entranhas de um animal gigantesco e tentar curar este mal gorduroso que faz o sujeito definhar.

DEPOIS DE …

… marchas e contramarchas o médico olimpiense encaminhou seu elefarantes amigo para o rio-pretense Francisco Parra ver se tinha solução.

JÁ SE VÃO …

… mais de dois anos que este ser quase humano, após dezenas de exames, ouviu do cirurgião que precisava dar um jeito de emagrecer um pouco e tratar um tal de fígado que estava envolto em banha.

AÍ ENTROU …

… em ação este anjo da medicina chamado Suelem que conseguiu controlar os efeitos e fazer com que este ser, ao fazer os exames para uma nova tentativa, recebesse a notícia de que não havia mais gordura envolvendo este verdadeiro laboratório pessoal.

TUDO CERTO, …

… tudo pronto, era só preciso ter “culhões” para ser cortado e ajustado, ou seja, para que se operasse a correção dos acidentes de percurso.

NUMA TERÇA-FEIRA, …

… chuvosa, este animal de tromba, mas sem trombos, muda o circo para Mirassol, no hospital do HB Saúde onde o grande Francisco mostrou toda a sua maestria na “Operação Transforma Elefante”.

ENCONTROU …

… alguma dificuldade. Também gente, operar estômago de metro e ainda o encontrar colado ao pâncreas, não é fácil. Haja destreza. Valeu grande Francisco.

GENTE, …

… com tanto assunto rodando por aí, e vocês aguentam histórias pessoais deste tamanho? Será que este colunista se acha o grande “Sisi”, o Si Achando?

MAS, SÓ …

… pra concluir (hihihihihihi) deu tudo certo gente, embora não seja fácil o “day after”, com banquetes de 50 ml de caldos, líquidos e pastosos por 60 dias. Mas já está tudo normal, e sem ter que tomar mais de uma dezena de remédios por dia.

MAS, SAINDO …

… do polo norte e se dirigindo para o polo sul, tem coisas que acontecem que a gente não consegue entender sob a luz da lógica e da razão, é preciso tentar entender a lógica ditatorial, a lógica daqueles que pensam que são intocáveis e, principalmente de uma grande parcela da sociedade que está ingressando nas raias do radicalismo, do achar que a verdade é a que eles professam, e não conseguem enxergar que cada um vê as coisas de um jeito, portanto, cada tem a sua própria, que nunca é a mesma de outrem.

O CARO LEITOR …

… desta coluna, uns quatro ou cinco que têm coragem de dispensar alguns minutinhos para pensar conjuntamente em conjunto com este ex mamute que está se transformando em leopardo ou leão, devem ter acompanhado recentemente o caso em que policiais de Olímpia se acharam no poder de agir como juízes e punir três meninas que jogaram ovo na viatura de uma polícia com humilhação pública.

DETIVERAM …

… as garotas, colocaram-nas sentadas de maneira a representar que estavam presas e gravaram um vídeo com elas mostrando arrependimento do que tinham feito e, que é mais grave ainda, postaram na internet.

O ENTENDIMENTO …

… deste jornalista é o de que nenhum cidadão, nenhuma autoridade, nenhum policial militar, nenhum político pode se achar ou se postar acima das leis, senão o que impera é o despotismo, o arbítrio, a ditadura, a exceção, a violência, o terror.

E O PIOR É …

… que não demorou muito para vir retaliação, como nos velhos tempos da ditadura militar.

ALIÁS …

… foi justamente a Polícia Militar.

MAS, SÓ PRA …

… o vídeo ganhou repercussão em Olímpia após a veiculação dele na página do blogueiro Concon no facebook informando  que a página de onde foi postado originariamente teria sido a de nome: “Eu nasci para ser polícia”.

MAS, NA PÁGINA …

… do blogueiro local estava escrito: "Eu falo … Ser um babaca na frente de uma viatura vazia e estacionada é fácil … Difícil é segurar o rojão quando a polícia pega".

ORA, SENHORES …

… este tom ameaçador só dá mostras de que a polícia é a própria justiça, como se não houvesse leis, como se não houvesse promotoria (encarregada constitucionalmente de fiscalizar o cumprimento das leis), como se não houvesse judiciário (encarregado de julgar).

APÓS O FATO …

… as coisas começaram a se complicar não só para este jornal que este colunista edita, mas também para outros membros da imprensa que buscam diariamente as informações na sede da Políica Militar.

ESTE COLUNISTA …

… vai nominar a atitude do comando da Cia Militar como “Operação Tartaruga”, já que eles não estão negando acesso aos Boletins de Ocorrências, apresentam alguns sem importância e, ao depois, dizem que os outros não podem ser divulgados, quer dizer, censuram a imprensa de Olímpia, simplesmente simples assim.

SE ESTIVESSEM, …

… cometendo este ato esdrúxulo apenas contra os veículos que este colunista é responsável, tudo bem, pois tomaríamos medidas diretas (ainda existem leis, e um grande número de pessoas honestas querendo que sejam aplicadas), mas parece que a coisa está se dando no geral.

TODOS ESTÃO …

… pagando por um ato desse jornalista? Pagando por algo lícito e democrático que foi estampado nesta coluna recentemente. Ora senhores, isso me cheira a ditadura, reacionarismo, atitude antidemocrática.

ESTE É O …

… engano que comete o comando da Polícia Militar local. Quem está pagando é a população que tem o direito de ser informada e a própria corporação.

NÃO DEIXAR …

… disposição da imprensa ou censurar as ocorrências policiais é um ato truculento, próprio da época da ditadura militar.

O PRINCÍPIO …

… publicidade e outros princípios constitucionais e infraconstitucionais garantem o direito de o jornalista ter acesso a este mecanismo oficial de registro de infração.

A ARGUMENTAÇÃO …

… do comando local é a de que existem portarias internas da PM dando condições de que sejam colocadas apenas as que os censores militares locais entendam que tenham que ser.

ORA SENHORES, …

… a atitude do comando é simplesmente embasada no mesmo conceito que levou os policiais a constrangerem publicamente três menores de idade. Se acham no direito de decidir, de julgar, mesmo tendo apenas o poder de coibir.

POR QUE SERÁ …

… que ninguém na cidade esta semana, por exemplo, ficou sabendo de um tiroteio entre dois prováveis traficantes, parecendo filme de gangues? Teve gente que viu e postou no Facebook.

SÓ NÃO SE …

… transformou a cidade em um túmulo, ou a cidade virtual que os nossos governantes querem que pareça ser sem sê-lo, porque a Polícia Civil local, diferentemente da Militar, age de forma democrática e como a lei e a constituição mandam que seja. Deixa as ocorrências registradas na delegacia à disposição da imprensa e coloca um carimbo naquelas que entendem não devam ser publicadas. O jornalista é que decide se vai publicar ou não. Se publicar e der problema ele é que responderá pelo fato.

GENTE …

… este colunista já enfrentou diversas situações difíceis e não se curvou e não se curva diante de ninguém, pois entende que todos estamos num mesmo patamar, buscando evoluir o melhor possível, mas esta situação é insustentável e tem que ser revertida.

EM NOME …

… das empresas que é responsável jornalisticamente, este colunista vai tomar suas providências políticas e estudar medidas jurídicas, pois entende que não pode aceitar triunfar o desmando e a barbárie que, sem dúvidas pode causar consequências inimagináveis. E colunista não está afirmando isso à toa. É só estudar um pouco da história recente para ver onde isso pode levar principalmente em tempos de tecnologia avançada em que todo mundo resolveu manifestar o mero achismo, sem pesquisar, sem procurar se qualificar, aprender, para poder emitir opinião abalizada.

José Saramago – não acreditando que coisas como esta possam estar acontecendo na cidade em que nasceu, cresceu e um dia vai ser enterrado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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