08 de julho | 2012

Chile: Um País Pra Lá de interessante!

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O Chile consegue juntar no mesmo mapa paisagens tão diferentes quanto o Deserto de Atacama, ao norte, considerado o mais seco do mundo, e as geleiras e fiordes da Patagônia, a um passo da Antártida. Não há turista que resista às belezas naturais do país. Animais e lindas paisagens enchem os olhos dos visitantes

 

A capital Santiago fica na região central do país e é o ponto de partida natural para as atrações na cordilheira ou na costa. Como nenhuma outra capital do mundo, a cidade tem o privilégio de estar a apenas 1 hora de carro de estações de esqui e a menos de 2 horas da praia

 

 O Chile, no sentido norte-sul, é um país tão extenso quanto o Brasil. Mede perto de 4 300 quilômetros de um extremo a outro, em linha reta, atravessando 38 paralelos, superando ligeiramente a distância que separa o Oiapoque do Chuí. De leste a oeste, ao contrario, aparece espremido entre o Oceano Pacífico e as fronteiras com a Argentina e a Bolívia, acomodando-se num corredor apertado com largura média de apenas 250 quilômetros, pouco mais do que a metade do percurso entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Esse formato extravagante, porém, que garante ao país o título informal de território mais comprido do planeta, é só a primeira, e a mais óbvia, de suas muitas peculiaridades.

Como uma amostra profunda do continente sul-americano, o Chile consegue juntar no mesmo mapa paisagens tão diferentes quanto o Deserto de Atacama, ao norte, considerado o mais seco do mundo, e as geleiras e fiordes da Patagônia, a um passo da Antártida. E ainda é capaz de unir esses contrastes com uma formidável fileira de montanhas que acompanha caprichosamente a forma longilínea do país – a Cordilheira dos Andes, surgida há 100 milhões de anos de um abrupto movimento da crosta terrestre, e que até hoje continua sendo retocada pela natureza, como nos lembram os tremores de terra e as erupções vulcânicas, que de vez em quando acontecem por lá.

Banhado pelas águas geladas do Pacífico, o litoral chileno também é uma inesgotável fonte de surpresas e belas paisagens.

Com 5 milhões de habitantes, quase um terço da população do Chile, Santiago fica na região central do país e é o ponto de partida natural para as atrações na cordilheira ou na costa. Como nenhuma outra capital do mundo, a cidade tem o privilégio de estar a apenas 1 hora de carro de estações de esqui e a menos de 2 horas da praia. Mas essa localização estratégica, que praticamente obriga os visitantes do Chile a iniciar a viagem pela capital, também permite que eles saiam da cidade tão rapidamente quanto entraram.

Na região central, onde fica Santiago, o clima é do tipo mediterrâneo, com estações bem definidas e temperatura variando de 0 grau, em julho, à máxima de 30 graus, em janeiro. Já o norte do país é árido e o sul bastante chuvoso.

Ao visitar o Chile, mesmo no verão leve alguns agasalhos, porque em qualquer região do país pode esfriar à noite. No inverno, um bom casaco, botas, luvas, cachecol e até galochas são indispensáveis. Se for para o Sul, inclua na bagagem um sobretudo impermeável: não há guarda-chuvas que resista aos ventos fortes que costumam acompanhar as chuvas na região.

O Chile tem atrações para o ano todo. A temporada de esqui vai de junho a outubro, enquanto Santiago e a região dos lagos, por causa das chuvas no inverno, ficam mais aprazíveis exatamente no resto do ano. Em Viña del Mar, o período mais badalado vai do final de dezembro à fevereiro.

O Parque Nacional Puyehue, localizado ao sul do Chile, quase na divisa de Bariloche, na Argentina, é um paraíso dos esportes ao ar livre e faz parte da belíssima região dos Lagos e Vulcões. Apesar disso, ainda é pouco conhecido pelos brasileiros, já que a maioria procura o país apenas por suas estações de esqui.

Na região pode-se praticar esqui aquático no Lago Puyehue, caminhadas nas inúmeras trilhas existentes nos três setores do Parque Nacional, cavalgadas, pesca esportiva no rio Gol Gol e até arborismo, esporte que consiste no deslocamento por copas de árvores através de cabos.

Para os atletas mais radicais, nada melhor do que escalar o vulcão El Caule, com direito a acampamento selvagem pelo caminho, e trilhas de mountain bike com altos graus de dificuldade. Todas as atividades são feitas com o acompanhamento de guias locais.

Caminhadas por lugares exóticos como a Ilha de Picton, uma das principais reservas ecológicas do Sul do Chile, podem render surpresas, tais como o encontro de trincheiras utilizadas pelos soldados na Guerra das Malvinas ou uma cabana abandonada por um ex-caçador de lobos marinhos.

O Tratado da Antártica destinou ao Chile parte da região gelada próxima ao Pólo Sul uma estreita faixa de terra, que se esgueira entre a Cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico, espalha-se por pequenas ilhas e enormes geleiras, tendo como centro a cidade de Punta Arenas. A distância de Santiago, a capital, até Punta Arenas é de três horas de avião.

Em Puenta Arenas o céu é carregado e torna tudo em volta cinza, inclusive o mar, mas o monocromático da paisagem é quebrado pelos telhados e fachadas coloridos das casas de madeiras. O visitante é recebido com frutos do mar. A cozinha do lugar tem um sabor incomparável. A temperatura no verão é de 10ºC e no inverno é de 2ºC. Tudo muito facilmente explicável: a cidade fica na extremidade do continente e o limite sul da região é a Antártica.

Uma das estrelas do lugar é a Geleira Agostini, ou Ventisquero Agostini, como é chamada por lá. Para explorá-la é preciso muito cuidado e um colete salva-vidas. O lugar é fantástico, melhor ainda se ocorrer uma pequena avalanche e pedras de gelo saem limpinhas da encosta, livres do sal e sob medida para uma dose de uísque.

Imperdível é Puerto Williams. É a parte mais austral do planeta, na verdade trata-se de uma base naval rodeada de um vilarejo coberto de neve. A vida em Puerto Willians guarda boas surpresas. Os bares são aquecidos por rústicos, mas poderosos, fogões de lenha, de onde fumegam a especialidade do lugar: empanadas de carne, uma espécie de pastel de forno, acompanhadas de um refrigerante também típico, o Pap, feito à base de papaia, uma fruta que não tem nada do mamão que a gente conhece no Brasil.

O Parque Nacional Torres del Paine está localizado na Região de Magalhães ao sul da Patagônia chilena. É considerado um dos parques mais impressionantes do sul do Chile, e um dos lugares prediletos dos amantes da natureza. Fundado como parque no final da década de 1950, foi declarado Reserva da Biosfera pela UNESCO em 1978. Tem uma área de aproximadamente 242.000 hectares, na qual se encontra a cadeia montanhosa Del Paine, com as mundialmente famosas Torres del Paine e os não menos conhecidos Cuernos del Paine. Lagos, rios, cascatas e glaciares estão em perfeita harmonia no parque.

Ficou com água na boca? Então não perca tempo! Procure seu agente de viagens, faça as malas e vá se aventurar por este magnífico país.

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