24 de novembro | 2021

Em “A Vida Nunca Mais Será a Mesma”, Adriana Negreiros discute a cultura da violência e o estupro no Brasil

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MKT para Escolas

Escola tem cliente? Como seu maior cliente vê a escola que frequenta? Como os alunos estão enxergando a escola? É o que pretende responder o livro “MKT para Escolas”, lançado pelo consultor especialista em marketing educacional Leonardo Mendonça. Voltado a todos os profissionais que atuam com gestão de escolar, o livro se debruça na construção de estratégias de marketing para o dia a dia de uma instituição de ensino privada, ajudando-a a ser um negócio rentável por meio de metodologias como Customer Success e User Experience (UX) moldadas sob medida para as escolas e suas particularidades.  A linguagem simples e objetiva da obra desmistifica a equivocada premissa de que fazer marketing educacional custa muito caro. Ao contrário, o autor explica como, quando e por que utilizar cada ferramenta de marketing, sempre com o propósito adequado para que a escola seja saudável financeiramente, atraente para os colaboradores e alunos e com consolidada imagem projetada externamente. Assim como na relação mercadológica entre empresas e consumidores, em que manter um cliente custa cinco vezes menos do que conquistar um novo, o mesmo acontece com as instituições de ensino privada e os alunos. Impressões, sentimentos e imagens do usuário são importantes, gerando o encantamento de pais e alunos em todos os momentos da vida escolar. Com profundo conhecimento teórico e vivência dentro das instituições de ensino, ou “quilometragem de pátio”, como descreve o autor do prefácio, Wagner Kenji, especialista em reposicionamento de marcas educacionais, Leonardo Mendonça também apresenta o “Teste Gestômetro”. É uma ferramenta descontraída para que o gestor avalie quais processos e ações de marketing sua escola já pratica e, eventualmente, os pontos que ainda precisam ser melhorados. Mais do que o resultado, a intenção do autor é suscitar no leitor a percepção sobre o status em que se encontra o seu trabalho e o quão determinado está para implementar em sua escola ações de marketing coerentes, interligadas e íntimas com os resultados que se quer alcançar. O livro tem 100 páginas.

 

Robinson Crusoé: Edição Comentada e Ilustrada

“30 de setembro de 1659. Eu, pobre e desgraçado Robinson Crusoé, depois de naufragar em alto-mar durante uma tempestade terrível, cheguei à costa desta ilha desoladora e infeliz, que denominei ‘Ilha do Desespero’, sendo que o restante da tripulação do navio afogou-se, e quase morri”. Com uma prosa aparentemente despretensiosa, mas repleta de nuances, Daniel Defoe narra a vida atribulada de Crusoé a partir da decisão de abandonar o destino trivial no interior da Inglaterra para se tornar marinheiro. Após várias desventuras e uma crucial estada no Brasil, seu barco naufraga em meio a uma tempestade violenta, a tripulação morre e ele vai parar numa ilha deserta tendo apenas uma faca, um cachimbo e um pouco de tabaco, além de um formidável instinto de sobrevivência. Com disciplina, Crusoé aprende não apenas a construir uma canoa, fazer uma panela e assar pão, mas também a enfrentar seus medos, suas dúvidas e a solidão absoluta. Até que, depois de 24 anos excruciantes, ele descobre uma pegada humana na areia. Com 352 páginas, o livro é da Editora Clássicos Zahar.

 

A Vida Nunca Mais Será a Mesma

Por muito tempo, o estupro foi tratado de forma obscura, aos sussurros, como tabu ou excentricidade. E mais, foi extremamente resistente o pensamento de que as mulheres também eram culpadas pela agressão sexual que sofriam. No Brasil, um dos países com maior taxa de feminicídios do mundo, sensibilizar e alertar a sociedade para essa violência – não apenas a real, como também a simbólica – é algo urgente. Em “A Vida Nunca Mais Será a Mesma”, Adriana Negreiros discute a cultura da violência e o estupro no Brasil em suas mais variadas formas e expressões. Do delicado tema do abuso sexual de crianças por familiares ao estupro no casamento, chama a atenção o fato de que a agressão contra a mulher não se dá apenas no espaço público – os lares podem ser ambientes igualmente opressores, apartados da interferência do Estado.
Alternando depoimentos em primeira pessoa com casos verídicos de outras mulheres, noticiados na imprensa ou investigados por ela, Adriana constrói um livro tocante e, ao mesmo tempo, elucidativo. Com 304 páginas, o livro é da Editora Objetiva.

 

Estorvo – Edição Comemorativa de 30 Anos

‘Estorvo” foi lançado pela primeira vez em 1991. Recepcionado pela crítica de forma praticamente unânime, a estreia de Chico Buarque no romance foi um acontecimento nas mais diferentes esferas da cultura e deu início à longa carreira literária do autor. Em 2021, trinta anos depois, a Companhia das Letras relança este que é um de seus maiores sucessos, em uma edição especial com textos de Roberto Schwarz, Sérgio Sant’Anna, Marisa Lajolo e Augusto Massi. No livro, o leitor é mergulhado em um universo de delírio e digressões – característica que viria a ser reconhecida como recorrente na ficção buarquiana, assim como o cenário carioca – ao acompanhar o narrador em um nebuloso vagar pela cidade, após se deparar com um desconhecido em sua porta. A fuga do que não reconhece leva o homem a um incessante ziguezaguear por locais já conhecidos, como o sítio da família, a boutique da ex-mulher e o edifício de um velho amigo. Uma metáfora ao Brasil da época, “Estorvo” é um marco para a literatura brasileira e, passadas três décadas, se mantém atual, assim como a obra de Chico Buarque. O livro tem 208 páginas.

 

 

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